Dicas para mães de primeira viagem

No primeiro filho, a gente acorda antes de ele chorar.

No segundo, após ele chorar.


No terceiro, a gente acorda de manhã e pergunta: ‘alguém chorou ontem à noite?’


Em resumo, o terceiro filho, na maioria das vezes, apresenta menos problemas respiratórios na infância e adolescência do que o primeiro. Isso porque o primeiro traz muita insegurança. Pensamos que filho “quebra” e pecamos com vários excessos – por medo, deixamos de lado muita coisa importante e realmente essencial.

Aqui vão respostas para algumas perguntas típicas de mães de primeira viagem:


Podemos dar mel de abelha para crianças com menos de 1 ano?

Não. O mel de abelha é um alimento maravilhoso e possui características fantásticas, mas um percentual dele pode conter esporos da bactéria Clostridium botulinum. Esta forma, embora tenha a bactéria viva, não representa perigo para pessoas maiores de 1 ano, pois elas já possuem uma flora microbiana formada em seu organismo, o que impediria a transformação destes esporos em formas ativas da bactéria.

No entanto, ninguém nasce com essas bactérias no organismo. A criança tem o que chamamos de “careca microbiana” – ou seja, nenhuma bactéria. O que parece bom, mas não é.

As primeiras bactérias do bebê vêm da mãe – e, por isso, dizemos que o parto normal é melhor do que a cesárea, porque contamina “positivamente” a criança. Essas bactérias demoram cerca de um ano para se instalarem totalmente – ou seja, no primeiro ano de vida a criança possui uma resistência muito baixa.

Não havendo “inimigos” para combater os esporos de C. botulinum, o microorganismo irá se desenvolver, produzir toxina (veneno) e levar ao Botulismo Infantil, podendo acarretar até no chamado SMS (Síndrome da Morte Súbita).

Portanto, não, não devemos dar mel para crianças menores de 1 ano. Após esta idade, a recomendação é total.


Crianças podem engatinhar no chão?

Sim. O contato da criança com bactérias, desde que o chão esteja limpo e seco, é positivo, pois a presença de microorganismos, quando não-patogênicos, é benéfica. Isso porque irá estimular o sistema imunológico e aumentar a resistência das crianças.

Podemos colocar talheres na nossa boca e logo em seguida na da criança?

Não aconselho de modo algum! Cada um com suas bactérias. Podemos apresentar vários microrganismos patogênicos em nossa saliva (vírus da herpes, fungos da candidíase e bactérias da gastrite e da cárie). Do mesmo modo não deve ser feito o que algumas mães costumam: levar chupetas até a sua própria boca depois que elas caem no chão e então oferecer para a criança -- até parece que existem bactérias maternas!


Como lavar chupetas, mordedores e mamadeiras?

Lavar em água corrente, sempre. Em primeiro lugar, mergulhar em um litro de água morna, adicionando cerca de 10 gotas de detergente neutro. Depois, deixar os objetos por 5 a 10 minutos para macerar (amolecer a sujeira). Com cuidado, lavar com água, detergente, esponja ou escova, e enxaguar em água abundante. Por fim, mergulhar em água fervente por 5 minutos, deixar secar no escorredor e guardar em recipientes plásticos com tampa.


Como limpar bichinhos de pelúcia?
Em um balde, misture dois litros de água e quatro colheres de sabão em pó. Deixar fazer bastante espuma. Com uma esponja, do lado amarelo, pegar somente a espuma e passar no bichinho como se estivesse penteando, por todo ele. Passar um pano seco, colocar em um saco plástico e levar para o freezer, por 8 horas (o procedimento eliminará os ácaros). Retirar e está pronto. Repetir esta operação de 15 em 15 dias

Lembre-se, higiene é uma coisa, excesso é outra.

Higiene é lavar as mãos e tomar banho. Excesso é criar o filho em uma verdadeira “redoma de vidro” – o que poderá acarretar em problemas sérios respiratórios no futuro.

O bom senso é fundamental. Na dúvida, é sempre bom consultar um especialista.

Fonte: G1 - Globo.com
Dr. Bactéria
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