Entenda o real significado da Quaresma

A palavra Quaresma é originária do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV. A quaresma tem seu início na Quarta-Feira de Cinzas e seu término ocorre na quarta-feira da semana santa, para o início do Triduo Pascal.

Quaresma também quer dizer quarenta dias. Este é um período reservado para a reflexão, a conversão espiritual, ou seja, o católico tenta aproximar-se de Deus visando o crescimento espiritual. Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.

A Igreja Católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.

A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício. Oficialmente – pela lei da Igreja-, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios podem ser escolhidos livremente e são, geralmente, baseados em privação de algo de que se goste muito – não comer doces, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas – ou em atitudes de caridade, como visitar um asilo ou destinar parte do salário para algum projeto beneficente. A verdadeira Quaresma, com os quarenta dias de jejum e abstinência de carne, data do início do século IV. O jejum consistia originariamente numa única refeição tomada à tardinha; por volta do século XV tornou-se uso comum o almoço ao meio-dia. No entanto, com o correr dos tempos, verificou-se que era muito penosa a espera de vinte e quatro horas e foi-se, por isso, introduzindo o hábito de se tomar alguma coisa à tarde, e logo mais também pela manhã, costume que vigora ainda hoje. O jejum atual, portanto, consiste em tomar uma só refeição diária completa, na hora de costume: pela manhã, ao meio-dia ou à tarde, com duas refeições leves no restante do dia.

A Igreja prescreve, além do jejum, também a abstinência de carne, que consiste em não comer carne ou derivados, em alguns dias do ano, que variam conforme determinação dos bispos locais. No Brasil são dias de jejum e abstinência a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira santa – início e final da Quaresma.

Referencias: Redação Nutritotal, Rgnutri
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