Pimentas, uma ardênia irresistível!


Pimenta malagueta, biquinho, dedo-de-moça. Qual é a sua preferida?

Ingrediente bastante comum na culinária brasileira, os diversos tipos de pimentas contém poucas calorias, possui um ardor que vem dos capsaicinóides (substâncias que não tem ardor ou sabor, mas agem nas células nervosas da boca causando a sensação de ardência), principalmente concentrados nas nervuras brancas e nas sementes, podendo ser removidos para produzir um sabor mais suave.

As pimentas são mais nutritivas que os pimentões e aquelas do tipo vermelho, geralmente possuem maior valor nutricional que as verdes. Constituem, também, boa fonte de antioxidantes; em 1 colher de sopa de pimenta, são encontradas vitaminas A (cerca de 70% da recomendação) e C (mais que 100%). As pimentas contém bioflavonóides, pigmentos vegetais que parecem prevenir o câncer e a capsaicina, que pode atuar como anticoagulante. Além do pimentão (Capsicum annuum var. annuum), são cultivados no Brasil diferentes tipos de pimentas pertencentes às quatro espécies domesticadas: C. annuum (jalapeño), C. baccatum (dedo-de-moça), C. frutescens (malagueta) e C. chinense (de-cheiro, bode, cumari-do-Pará). Geralmente a pimenta-do-reino em pó é usada como tempero de carnes, aves e peixes, enquanto a pimenta-malagueta e a pimenta do cheiro, são conservadas em uma mistura de azeite e vinagre.

Benefícios
Inconvenientes
Excelente fonte de vitamina A e C. Requerem um manuseio cuidadoso durante o preparo para evitar irritação da pele e dos olhos.
Podem aliviar congestão nasal.
Podem agravar as hemorróidas.
Podem prevenir coágulos sangüíneos que causam ataque cardíaco e derrame cerebral.


Existem controvérsias quanto ao real papel da pimenta na saúde. Estudos experimentais concluíram que a ingestão da pimenta vermelha diminui o desejo subsequente de se ingerir proteínas, carboidratos e gorduras, efeito que provavelmente está relacionado com o estímulo aumentado do sistema nervoso simpático. Como o aumento na atividade do sistema nervoso simpático afeta o comportamento de ingestão alimentar, a adição da pimenta vermelha (capsaicin) à dieta pode reduzir o desejo de comer.

BRAY (1993) propôs que o estímulo da atividade do sistema nervoso simpático afeta a ingestão alimentar. Além disso, RABEN et al. (1996) demonstraram a associação entre a liberação pós-prandial de noradrenalina e o apetite. De modo similar, RUSSEK et al. (1987) demonstraram que as catecolaminas, especialmente a adrenalina, tem efeito anorético que pode ser devido à modificação no metabolismo hepático. Tem sido demonstrado ocorrer um pico no aumento dos níveis de catecolaminas imediatamente após a ingestão da pimenta vermelha (LIM et al., 1997). Outra função da pimenta é o estímulo à salivação, neutralizando, desta forma, os ácidos da saliva, protegendo dentes, gengivas e a mucosa do estômago contra ulcerações provocadas pela acidez e consumo de álcool. Apesar dos benefícios da pimenta vermelha, é importante ressaltar que a ingestão excessiva pode provocar efeitos contrários aos esperados, sendo prejudiciais ao sistema digestório.

Matéria elaborada pela Equipe RGNutri - www.rgnutri.com.br
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