Chá de erva doce e seus mistérios - Sua origem seus benefícios


Mais uma vez vamos tentar mostrar as diferenças entre três plantas que a população brasileira fez a maior confusão, que são: erva-doce, funcho e anis estrelado. A erva-doce é conhecida em outros países como anis, ou anis verde. Somente no Brasil ela é conhecida como erva doce. Esta planta quando começa a lançar suas primeiras folhas estas se parecem com as folhas da salsinha, depois quando inicia-se o lançamento do pendão floral as folhas novas vão se modificado, parecendo cada vez mais com as folhas do funcho, ou seja vão se estreitando e afilando. E as inflorescências são do tipo umbela, como todas plantas desta família. As sementes também são muito parecidas com as do funcho, só que estas são maiores, e um pouco mais claras. Pode ser destas muitas semelhanças que a população acabou confundindo estas plantas. E a confusão com o anis estrelado vem provavelmente pela semelhança dos nomes, já que as plantas são muito distinta uma da outra. O aroma destas três plantas são parecidos e são usados de maneira intensa pelas pessoas. A erva-doce era conhecida desde a muito tempo, e já era empregada por povos muito antigos. Os faraós tinham um apego muito grande por suas sementes, e as carregavam para seus sarcófagos. Já os romanos em seus bacanais usavam o hidromel, que é uma mistura de água e mel fermentado onde era aromatizado com a erva doce.

A origem da erva doce é um mistério, pois ela é encontrada em praticamente todos os continentes e nunca em estado selvagem, e sim cultivada. Mas atualmente a erva doce é muito cultivada em escala comercial na Alemanha, França, Itália, Bulgária, Turquia, Grécia, Portugal, Rússia, Chile, México, Argentina, Peru e em alguns outros países, principalmente ao redor do Mediterrâneo. Esta planta já é bem aclimatada no Brasil, mas mesmo assim chegamos a importar cerca de 300 toneladas ao ano.

A parte mais importante da planta sem dúvida são suas sementes, tanto para fins culinários quanto extração de óleos essenciais. Mas suas folhas frescas também podem ser utilizadas na culinária doméstica, principalmente para conferir aquele sabor característico da erva-doce, mas com uma intensidade mais suave.

A parte química mais importante da erva-doce é sem dúvida o seu óleo essencial. A produtividade do óleo está em torno de 2,5 a 5%, ou seja de 100 kg de sementes secas com a destilação poderá se obter cerca de 2,5 a 5 kg de óleo essencial puro. Este normalmente é de coloração amarelo pálido rico em anetol. Além do óleo as sementes possuem açucares, amido, substâncias resinosas, pectina, ácidos orgânicos entre outros.

A grande aplicação da erva-doce no Brasil é para problemas gastro-intestinais. Muito empregada para cólicas em crianças. Possui uma ação carminativa muito boa, facilitando a eliminação de gases e diminuindo as contrações. Possui também uma ação digestiva, podendo ser tomada logo após as refeições.

Texto: Ademar Menezes Junior - Engenheiro Agrônomo - De Oficina de Ervas
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