Bruxismo em Paralisia Cerebral.
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Ranger os dentes à noite e apertá-los durante o dia formam um problema progressivo que o paciente freqüentemente não nota e só é apercebido se prestar atenção na própria tensão muscular ou se o rangido noturno é escutado por outrem. O diagnóstico geralmente é feito depois que surgem algumas complicações como desgastes nos dentes, dores na musculatura mastigatória, estalidos nas articulações, perdas ósseas na mandíbula e maxila, travamento das articulações temporomandibulares etc.
É freqüentemente observado em pacientes com paralisia cerebral, nos quais o desgaste grave das superfícies oclusais leva à perda da dimensão vertical, sendo um sério problema para esses indivíduos. A falta de atenção para esse hábito para-funcional acarretará hipertrofia de masseter, cefaléia e comprometimento da articulação temporomandibular. Um dos recursos utilizados para minimizar essa condição é o bloqueio de músculos mastigatórios com emprego de toxina botulínica, como descrito por Manzano.
Embora sabido que o efeito é temporário, e a duração variável de três a seis meses, não deixa de ser um recurso a ser considerado.
O uso de placas miorrelaxantes para casos de bruxismo neurológico deve ser pautado na relação custo/benefício. Indivíduos convulsivos, sem controle cervical, tetraparéticos, talvez necessitem de outra forma de controle.
Imagem Ilustrativa: Getty Image
Texto: Vinícius Graton
Proprietário e moderador do NutriçãoSadia. Nutricionista e Pós-Graduando se especializando em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário do Triângulo. Disponibilizo-me p/ pesquisas/publicações de artigos científicos.
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