Óleo de gergelim reduz estresse oxidativo

O óleo de gergelim atenuou os efeitos da gastrite aguda induzida por etanol em ratos, reduzindo a peroxidação lipídica e mantendo os níveis normais de glutationa e óxido nítrico na mucosa gástrica.

Para tanto, os autores conduziram uma cirurgia em ratos machos da raça Wistar, que consistiu em uma pequena incisão no estômago e inserção de solução isotônica contendo ácido gástrico artificial ou solução de etanol acidificado. Três horas após a sutura, foram retiradas amostras do estômago para análise.

Para avaliar a ação do óleo de gergelim, os ratos foram divididos em seis grupos com seis ratos cada (n=36). Os grupos I e IV receberam soro fisiológico; os grupos II e V receberam óleo mineral (OM) e os grupos III e VI receberam óleo de gergelim (OG). Os três tipos de suplementação foram administrados oralmente na mesma quantidade - 8ml/Kg de peso corpóreo – 1 hora antes da operação gástrica. Nos ratos dos grupos I, II e III foi aplicado ácido gástrico artificial e os ratos dos grupos IV, V e VI receberam etanol acidificado.

“O óleo de gergelim tem ação antioxidativa importante, pois contém alguns antioxidantes como sesamina, tocoferol e sesamolina. Os principais componentes de ácidos graxos do óleo de gergelim são o ácido oléico (w-9; 39,9%) e o ácido linoléico (w-6; 42,3%)”, dizem os autores.

Os resultados mostraram que a concentração sérica de etanol aumentou em todos os ratos que receberam solução de etanol acidificado. Nem o OM nem o OG foram capazes de diminuir esta concentração, comparados com os ratos que receberam soro fisiológico.

O etanol acidificado elevou significativamente os níveis de peroxidação lipídica e causou potente redução da glutationa e óxido nítrico da mucosa gástrica. O tratamento com OM e soro fisiológico não foi efetivo para reduzir o estresse oxidativo. Entretanto, o OG foi capaz de reduzir a peroxidação lipídica e evitar grandes perdas de glutationa e óxido nítrico (p<0,05).

A redução da peroxidação lipídica leva à atenuação da injúria causada na mucosa gástrica, induzida por agentes ulcerogênicos, como o etanol e drogas anti-inflamatórias não-esteróides.

A glutationa é uma substância importante do sistema de defesa celular. Seu aumento na mucosa gástrica pode ser resultado da modulação por óxido nítrico.

“A proteção gástrica do OG não é resultado de interferência da absorção do etanol pelo estômago. É possível que os óleos formem uma barreira física entre a mucosa e os ácidos gástricos, entretanto, apenas o OG mostrou um efeito protetor potente no estômago com etanol acidificado. Sendo assim, o OG pode atenuar os danos da mucosa gástrica através da redução da peroxidação lipídica”, concluem os autores.

Referência(s)
Hsu DZ, Chu PY, Liu MY. Effect of sesame oil on acidified ethanol-induced gastric mucosal injury in rats. JPEN. 2009;33(4):423-7.
Fonte: NUTRITOTAL - http://www.nutritotal.com.br/



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