Artes Marciais

A luta é uma atividade praticada há tempos, muito antes do surgimento dos jogos Olímpicos.

Atualmente, existem diversas modalidades de lutas esportivas que integram os Jogos Olímpicos, como a luta greco-romana, jiu-jitsu, luta livre, judô, karatê, tae-kwon-do, esgrima e boxe.

As lutas consideradas mais antigas são: boxe e luta greco-romana. Ambas são caracterizadas por golpes executados principalmente pelos braços e são dependentes da força de tronco e peso, sendo o equilíbrio e a estabilidade princípios mecânicos importantes no desempenho dos movimentos. Já o jiu-jitsu caracteriza-se por uma luta de contato, que requer força e agilidade nas pernas e troncos.

O karatê, que é uma luta de origem japonesa, proporciona grande condicionamento cardio-vascular e muscular. É uma atividade que desenvolve a coordenação motora e a mobilidade das articulações, exigindo o aprendizado de estratégias.

A esgrima difere-se das demais lutas, pois não exige contato físico entre os adversários e nem um desenvolvimento excessivo de massa muscular, necessita sim de muita velocidade, agilidade, precisão e flexibilidade. A prática da esgrima requer cuidados específicos com a hidratação devido a roupa ser de tecido resistente e espesso, cobrindo todo o corpo evitando a troca de calor e a termoregulação.

Para a prática do boxe é necessário além de boa aptidão física, um controle psicológico muito rigoroso, é uma modalidade que exige resistência física, força muscular e domínio da dor.

A capoeira é uma luta originada no Brasil e é caracterizada por envolver ritmo (som do berimbau), agilidade, flexibilidade e resistência. A capoeira possui duas vertentes principais, a capoeira de angola e a capoeira original, sendo que na primeira a velocidade não é necessária, característica fundamental da segunda vertente.

Um aspecto fundamental para a prática de todas as modalidades é a manutenção do peso corporal, uma vez que a maioria delas apresenta categorias divididas por peso.

O ideal para um atleta de luta é ter peso elevado atribuído à massa muscular desenvolvida, que permitirá força para o ataque ao mesmo tempo em que fornecerá estabilidade contra os golpes dos adversários. Por esses motivos, é ideal que se mantenha uma dieta balanceada de acordo com o gasto energético total.

De acordo com a Diretriz da Sociedade Brasileira da Medicina do Esporte, quando se deseja a modificação da composição corporal às custas de redução da massa gorda, em geral, propõe- se a redução da ingestão calórica com a escolha de alimentos de baixa densidade energética, isto é, pobres em gordura e moderados em calorias. Estudos mostraram, que em atletas, a redução de 10 a 20 % na ingestão calórica total promove alteração na composição corporal, com redução de massa corporal de gordura, não induzindo à fome e fadiga, como ocorre com dietas de muito baixo valor calórico e pobres em gordura. Portanto, a redução drástica da gordura dietética pode não garantir a redução de gordura corporal e ocasionar perdas musculares importantes.

Em relação às necessidades diárias de nutrientes, estima-se que a ingestão de carboidratos deve corresponder de 60/70% do aporte calórico diário, atendendo à demanda de um treinamento esportivo. Para os atletas de força a proteína tem papel importante no fornecimento de "matéria prima" para a síntese de tecido, sendo de 1,4 a 1,8g/kg de peso as suas necessidades diárias. Para a ingestão de gordura recomenda-se 30% ou menos do valor calórico total da dieta, sempre com moderação na gordura saturada.

Lembramos que a hidratação para todos os esportes é de fundamental importância para a manutenção da temperatura corporal e bom transporte de substâncias importantes para todo o corpo humano. A desidratação pode levar à fadiga.


Matéria elaborada pela Equipe RGNutri

Bibliografia:
- Nutrição, Saúde e Performance, 2003.
- Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva.

Imagem Ilustrativa: Flickr
Créditos: NutriçãoSadia. Tecnologia do Blogger.