Ingestão de Selênio e prevenção do risco de Câncer de Bexiga

Segundo resultados de um estudo publicado na edição de setembro da Câncer Epidemiology, Biomakers & Prevention, revista da Associação Americana para Pesquisa do Câncer, a ingestão de selênio está associada à diminuição do risco de cancro de bexiga. Quanto menor os níveis de selênio maiores seriam os riscos de se desenvolver câncer de bexiga, segundo a investigadora Núria Malats, MD, Ph.D., líder da Epidemiologia Genética e Molecular do Grupo Câncer do Programa de Genética Humana.

O selênio é um micronutriente essencial, possuindo cerca de 25 proteínas, chamado selenoproteins. A maioria destes selenoproteins são enzimas com propriedades antioxidantes que previnem o dano celular provocado pelos subprodutos do metabolismo do oxigênio, de acordo com Malats. As principais fontes deste micronutriente são os alimentos vegetais cultivados em solos ricos em selênio. Assim como os animais que pastam nestes solos onde se alimentam de plantas ricas em selênio. São também peixes como bacalhau, sardinha, atum, corvina, assim como ostras, carpa, pargo, farinha de trigo integral, castanha do pará, germe de trigo, salmão, fígado de boi e farelo de arroz.

Os pesquisadores observaram um efeito protetor significativo do selênio, principalmente entre as mulheres. Embora os resultados sugiram um efeito benéfico da ingestão de selênio sobre o risco de câncer de bexiga, ainda são necessários mais estudos para se confirmar tais resultados, afirmou a pesquisadora Malats. Estes resultados fornecem uma pista valiosa para se entender melhor o papel do selênio na prevenção do câncer de bexiga.

O passo seguinte da pesquisa é abordar a relação dose-resposta. Enfrentar essa relação é de suma importância para a saúde pública, definindo as doses diárias recomendadas de selênio e redirecionando-as para os subgrupos da população.

Texto: Dr. Vinícius Graton Costa - Nutricionista.
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