Prevenir a osteoporose com vitamina D

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel vital para a absorção do cálcio e para a formação de ossos fortes, saudáveis e resistentes a fracturas, sendo um componente essencial do tratamento da osteoporose.

Existem várias medidas que contribuem para a prevenção e tratamento da osteoporose, tais como, a adopção de um estilo de vida saudável e o tratamento com medicamentos. São importantes, a restrição de bebidas alcoólicas, de café e de tabaco, o aporte adequado de cálcio, a prática de exercício físico e, de forma muito relevante, a suplementação com vitamina D.

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel vital para a absorção do cálcio e para a formação de ossos fortes, saudáveis e mais resistentes a fracturas, sendo um componente essencial do tratamento da osteoporose.

Existem duas formas de vitamina D: a vitamina D2 (ergocalciferol – de origem vegetal) e a vitamina D3 (colecalciferol – de origem animal) que são formas inactivas, as quais são posteriormente convertidas no fígado e nos rins, na hormona activa, o calcitriol que exerce as suas funções no nosso organismo.

A vitamina D tem várias funções sendo as mais importantes relacionadas com a manutenção dos valores normais do cálcio no sangue e a regulação do metabolismo e saúde dos ossos.

Um dos papéis fundamentais da vitamina D é assegurar que o organismo absorve o cálcio nos intestinos. Um estudo recente mostrou que as mulheres com osteoporose pós-menopáusica que tenham níveis adequados de vitamina D absorvem mais 65% do cálcio que ingerem. O cálcio isolado não é suficiente para manter os ossos fortes e prevenir fracturas, sendo que a suplementação com vitamina D ajuda a reduzir a perda de massa óssea e o risco de fractura nas pessoas com osteoporose. Além disso, a vitamina D também melhora a força muscular e o equilíbrio, ajudando a prevenir quedas, que são tão frequentes sobretudo nas pessoas mais idosas.

A vitamina D tem ainda outras funções ímpares exercidas a nível da psoríase cutânea, em doenças auto-imunes, na Diabetes, na Hipertensão arterial e em algumas doenças oncológicas, actualmente em investigação.



Fontes de vitamina D

Estima-se que aproximadamente 80% da quantidade necessária de vitamina D no organismo humano provenha da exposição solar. Isto porque quando exposta aos raios ultravioleta, a pele sintetiza esta vitamina, que é depois armazenada na gordura corporal. No entanto, a quantidade de vitamina D que se produz por exposição solar varia com o tipo de pele, sendo menor nas peles morenas, com o tempo de exposição, com a ocasião do dia, a estação do ano, a localização geográfica, o uso de protectores solares, a poluição, entre outros.

O próprio envelhecimento vai reduzindo a capacidade das pessoas sintetizarem vitamina D por exposição ao Sol.

Sabe-se que para a optimização da produção de vitamina D, o organismo humano pode necessitar de uma exposição solar diária de aproximadamente duas horas na face e nos membros superiores.

Assim, os indivíduos que não usufruem de uma exposição solar adequada, aqueles que apresentam défices na síntese cutânea (os mais idosos), os que têm pele mais morena, o período do Inverno e o uso de protectores solares, necessário para a prevenção do cancro da pele, mas que reduzem drasticamente a produção de vitamina D, necessitam de outras fontes.

A outra fonte possível provém dos alimentos. No entanto, ao contrário do cálcio, a vitamina D existe naturalmente em poucos alimentos que são os seguintes: óleos de fígado de peixe, alguns peixes como a sardinha, o arenque, o salmão e a sarda e os ovos. O leite e os seus derivados têm naturalmente pequenas quantidades de vitamina D.

Assim, a exposição solar e a alimentação normal diária, normalmente são insuficientes para assegurar o aporte das quantidades adequadas de vitamina D que são, de acordo com recomendações europeias, de pelo menos 400 UI de vitamina D (ou colecalciferol).



Quais são as consequências de valores inadequados de vitamina D?

Quando os valores de vitamina D no organismo são baixos ocorre uma redução da absorção do cálcio nos intestinos, ausência de supressão de uma hormona (hormona paratiroideia) que é responsável pelo aumento da destruição óssea, diminuição da massa óssea e aumento do risco de fracturas.

Os casos de deficiência grave causam raquitismo nas crianças, que se caracteriza por deformidades ósseas, atraso do crescimento e baixa estatura e fraqueza e atrofia muscular graves e nos adultos uma doença denominada osteomalacia, na qual as pessoas têm fracturas espontâneas e dores e fraqueza muscular generalizada.

Em casos menos graves, mesmo assim pode haver um aumento do risco de quedas e de fracturas por osteoporose.

As mulheres com osteoporose pós-menopáusica estão actualmente em risco de terem valores baixos de vitamina D. Verificou-se, em estudos recentes, que mais de metade destas têm valores inadequados de vitamina D, com as consequências nefastas na regulação do cálcio e na saúde dos seus ossos.

Deste modo, assegurar o nível adequado de vitamina D no organismo contribui para manter os ossos saudáveis, bem como o tecido muscular e, posteriormente, reduzir o risco de aparecimento de osteoporose e as consequentes fracturas.
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