Fibras Solúveis e Prebióticos
Fibras Solúveis e Prebióticos
As fibras da dieta estão incluídas na ampla categoria dos carboidratos. Elas podem ser classificadas como solúveis e insolúveis, podendo ser fermentáveis ou não-fermentáveis. As fibras solúveis são normalmente fermentadas rapidamente, enquanto as insolúveis são lentamente ou apenas parcialmente fermentadas (PUUPPONEN-PIMIÃ et a., 2002).
A extensão da fermentação das fibras solúveis depende de sua estrutura física e química. A fermentação é realizada por bactérias anaeróbicas do cólon, levando à produção de ácido lático, ácidos graxos de cadeia curta e gases. Conseqüentemente, há redução do pH do lúmen e estimulação da proliferação de células epiteliais do cólon (CARABIN & FLAMM, 1999).
A nova definição de fibra da dieta sugere a inclusão de oligossacarídeos e de outros carboidratos não-digeríveis. Deste modo, a inulina e os frutooligossacarideos (FOS), denominadas de frutanos ou prebióticos, são fibras solúveis e fermentáveis, as quais não são digeríveis pela a-amilase e por enzimas hidrolíticas, como a sacarase, a maltase e a isomaltase, na parte superior do trato gastrintestinal (CARABIN & FLAMM, 1999).
A inulina e os FOS são os principais prebióticos encontrados nos alimentos. A inulina é encontrada em mais de 36.000 plantas e é sua reserva da energia. Está presente em quantidades significativas nos vegetais tais como alcachofras, raízes da chicória, aspargos, alho-poró, cebolas, alho e trigo. Os FOS são produzidos a partir da inulina fermentada por bifidobacterias (microorganismos presentes na flora intestinal).
Estas fibras extraídas dos vegetais podem ser acrescidas em outros alimentos, com a finalidade de também melhorar a função intestinal. No entanto, as fibras têm ação diferente dos alimentos probióticos, já que são constituídas por diferentes estruturas, com propriedades diversas, as quais geralmente não são digeridas e nem absorvidas, mas são fermentadas por algumas das bactérias benéficas presentes na flora intestinal, propiciando sua proliferação. Os alimentos adicionados por essas estruturas específicas das fibras são chamados de prebióticos. O grande desenvolvimento nas técnicas de utilização das fibras alimentares tem descoberto muitas formas de uso. A inulina tem sido explorada como substituto de gordura em sorvetes, oferecendo os benefícios intestinais e na saúde, além de retirar o alto teor de gordura dos alimentos. Já os frutooligossacarídeos podem ser empregados em vários tipos de alimentos, por não influenciarem no sabor e agregam as fibras, auxiliando na flora intestinal.
Benefícios
Os prebióticos podem apresentar funções importantes no trato gastro intestinal como:
- estimular crescimento flora saudável
- favorecer a imunidade
- atuar na prevenção da diarréia patogênica e constipação
- diminuir metabólitos tóxicos e das enzimas patogênicas no cólon
- reduzir o colesterol sérico
- favorecer a absorção e produção de nutrientes (B1,B2,B3,B6,B9 e B12)
- melhorar a tolerância à lactose
Recomendações
O consumo de 5 a 20g/dia (durante 15 dias) pode produzir alterações benéficas na composição da flora intestinal.
De acordo com a ADA, 1999, a recomendação de FOS é em média 3 a 10g/dia, com o objetivo de melhorar a saúde gastrointestinal, reduzir a pressão arterial, apresentar efeitos benéficos no metabolismo lipídico e na redução colesterol sérico. Podem ser observados efeitos adversos em doses superiores a 30g/dia (CAUSEY et al, 2000).
A figura abaixo mostra a ação dos prebióticos e probióticos na microbiota intestinal:
Referências Bibliográficas:
BIELECKA, M.; BIEDRZYCKA, E.; MAJKOWSKA, A. Selection of probiotics and prebiotics for synbiotics and confirmation of their in vivo effectiveness. Food Res. Int., Amsterdam, v.35, n.2/3, p.125-131, 2002
CARABIN, I.G.; FLAMM, W.G. Evaluation of safety of inulin and oligofructose as dietary fiber. Regul. Toxicol. Pharmacol., New York, v.30, p.268-282, 1999.
PUUPPONEN-PIMIÄ, R.; AURA, A.M.; OKSMAN-CALDENTEY, K.M.; MYLLÄRINEN, P.; SAARELA, M.; MATTILA-SANHOLM, T.; POUTANEN, K. Development of functional ingredients for gut health. Trends Food Sci. Technol., Amsterdam, v.13, p.3-11, 2002.
ROBERFROID, M.B. Concepts in functional foods: the case of inulin and oligofructose. J. Nutr., Bethesda, v.129, suppl.7, p.1398S-1401S, 1999.
ZIEMER, C.J.; GIBSON, G.R. An overview of probiotics, prebiotics and synbiotics in the functional food concept: perspectives and future strategies. Int. Dairy J., Amsterdam, v.8, p.473-479, 1998.
http://www.nutrociencia.com.br
http://www.aleixomkt.com.br/biblioteca/NUTRICLIN/PARTE_3_FIBRAS.pdf
fonte: Equipe rgnutri
As fibras da dieta estão incluídas na ampla categoria dos carboidratos. Elas podem ser classificadas como solúveis e insolúveis, podendo ser fermentáveis ou não-fermentáveis. As fibras solúveis são normalmente fermentadas rapidamente, enquanto as insolúveis são lentamente ou apenas parcialmente fermentadas (PUUPPONEN-PIMIÃ et a., 2002).
A extensão da fermentação das fibras solúveis depende de sua estrutura física e química. A fermentação é realizada por bactérias anaeróbicas do cólon, levando à produção de ácido lático, ácidos graxos de cadeia curta e gases. Conseqüentemente, há redução do pH do lúmen e estimulação da proliferação de células epiteliais do cólon (CARABIN & FLAMM, 1999).
A nova definição de fibra da dieta sugere a inclusão de oligossacarídeos e de outros carboidratos não-digeríveis. Deste modo, a inulina e os frutooligossacarideos (FOS), denominadas de frutanos ou prebióticos, são fibras solúveis e fermentáveis, as quais não são digeríveis pela a-amilase e por enzimas hidrolíticas, como a sacarase, a maltase e a isomaltase, na parte superior do trato gastrintestinal (CARABIN & FLAMM, 1999).
A inulina e os FOS são os principais prebióticos encontrados nos alimentos. A inulina é encontrada em mais de 36.000 plantas e é sua reserva da energia. Está presente em quantidades significativas nos vegetais tais como alcachofras, raízes da chicória, aspargos, alho-poró, cebolas, alho e trigo. Os FOS são produzidos a partir da inulina fermentada por bifidobacterias (microorganismos presentes na flora intestinal).
Estas fibras extraídas dos vegetais podem ser acrescidas em outros alimentos, com a finalidade de também melhorar a função intestinal. No entanto, as fibras têm ação diferente dos alimentos probióticos, já que são constituídas por diferentes estruturas, com propriedades diversas, as quais geralmente não são digeridas e nem absorvidas, mas são fermentadas por algumas das bactérias benéficas presentes na flora intestinal, propiciando sua proliferação. Os alimentos adicionados por essas estruturas específicas das fibras são chamados de prebióticos. O grande desenvolvimento nas técnicas de utilização das fibras alimentares tem descoberto muitas formas de uso. A inulina tem sido explorada como substituto de gordura em sorvetes, oferecendo os benefícios intestinais e na saúde, além de retirar o alto teor de gordura dos alimentos. Já os frutooligossacarídeos podem ser empregados em vários tipos de alimentos, por não influenciarem no sabor e agregam as fibras, auxiliando na flora intestinal.
Benefícios
Os prebióticos podem apresentar funções importantes no trato gastro intestinal como:
- estimular crescimento flora saudável
- favorecer a imunidade
- atuar na prevenção da diarréia patogênica e constipação
- diminuir metabólitos tóxicos e das enzimas patogênicas no cólon
- reduzir o colesterol sérico
- favorecer a absorção e produção de nutrientes (B1,B2,B3,B6,B9 e B12)
- melhorar a tolerância à lactose
Recomendações
O consumo de 5 a 20g/dia (durante 15 dias) pode produzir alterações benéficas na composição da flora intestinal.
De acordo com a ADA, 1999, a recomendação de FOS é em média 3 a 10g/dia, com o objetivo de melhorar a saúde gastrointestinal, reduzir a pressão arterial, apresentar efeitos benéficos no metabolismo lipídico e na redução colesterol sérico. Podem ser observados efeitos adversos em doses superiores a 30g/dia (CAUSEY et al, 2000).
A figura abaixo mostra a ação dos prebióticos e probióticos na microbiota intestinal:
Referências Bibliográficas:
BIELECKA, M.; BIEDRZYCKA, E.; MAJKOWSKA, A. Selection of probiotics and prebiotics for synbiotics and confirmation of their in vivo effectiveness. Food Res. Int., Amsterdam, v.35, n.2/3, p.125-131, 2002
CARABIN, I.G.; FLAMM, W.G. Evaluation of safety of inulin and oligofructose as dietary fiber. Regul. Toxicol. Pharmacol., New York, v.30, p.268-282, 1999.
PUUPPONEN-PIMIÄ, R.; AURA, A.M.; OKSMAN-CALDENTEY, K.M.; MYLLÄRINEN, P.; SAARELA, M.; MATTILA-SANHOLM, T.; POUTANEN, K. Development of functional ingredients for gut health. Trends Food Sci. Technol., Amsterdam, v.13, p.3-11, 2002.
ROBERFROID, M.B. Concepts in functional foods: the case of inulin and oligofructose. J. Nutr., Bethesda, v.129, suppl.7, p.1398S-1401S, 1999.
ZIEMER, C.J.; GIBSON, G.R. An overview of probiotics, prebiotics and synbiotics in the functional food concept: perspectives and future strategies. Int. Dairy J., Amsterdam, v.8, p.473-479, 1998.
http://www.nutrociencia.com.br
http://www.aleixomkt.com.br/biblioteca/NUTRICLIN/PARTE_3_FIBRAS.pdf
fonte: Equipe rgnutri
Post a Comment