Coleta Seletiva e Reaproveitamento de Alimentos
Atualmente, um dos maiores problemas ambientais que atinge a população é a produção excessiva de lixo, seja qual for sua origem. As principais causas relacionadas a este crescimento são o aumento populacional, consumo de produtos industrializados, ausência de políticas preventivas, etc. Frente a isso, a sociedade tem se mostrado consciente e vem se organizando para combater este problema, sendo que a coleta seletiva é uma das principais medidas que vem sendo tomadas com tal preocupação ambiental/geográfica, sanitária, social, econômica e educativa.
A coleta seletiva pode ser definida como a separação do lixo orgânico (úmido) do lixo reciclável (seco), que pode ser realizada nas próprias residências pela população, visando a melhoria da qualidade de vida e redução dos impactos ambientais. Em pesquisa realizada pela Ciclosoft, em 2006, foi observado que no Brasil hoje 327 prefeituras operam programas de coleta seletiva. Segundo o IBGE (2003), o Brasil possui 5.563 municípios, ou seja, a coleta seletiva ocorre em menos de 6% das cidades do país.
Entender a importância é o primeiro passo, mas saber praticar é um desafio maior. Ao contrário do que muitos imaginam, a relação custo/benefício de um projeto de reciclagem bem gerenciado pode apresentar resultados positivos. Dentre os benefícios que podem ser alcançados com a coleta seletiva podemos citar a economia de energia, redução da poluição, geração de empregos, melhoria da qualidade de vida da população, diminuição da extração de recursos naturais, etc. Além disso, quando participamos deste programa estamos contribuindo para reciclagem de alimentos, uma alternativa barata e prazerosa considerada um dos caminhos para o combate à fome e a miséria.
Juntamente com a coleta seletiva é preciso conscientizar a população quanto ao desperdício e reaproveitamento de alimentos. A alimentação é a base da vida e dela depende o estado de saúde do ser humano. O desconhecimento dos princípios nutritivos dos alimentos, bem como o seu não aproveitamento, ocasiona o desperdício de toneladas de recursos alimentares. Atualmente, a alimentação alternativa, isto é, o aproveitamento total dos alimentos, serve para diminuir os gastos com alimentação e dar de comer a quem não tem recursos. O Brasil é um dos maiores produtores de frutas do mundo, mas quase a metade do que aqui é produzido se perde, cujas principais causas são os problemas de colheita, a falta de embalagens específicas a cada fruta, seu transporte e conservação, e principalmente seu desperdício promovido pelo intermediário e pelo consumidor final. A quantidade de frutas que é desperdiçada no Brasil é equivalente ao que produzem juntos Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Peru.
É importante ressaltar que as perdas não ocorrem somente em plantações, transporte e armazenamento inadequado, mas também no preparo incorreto dos alimentos. Algumas atitudes praticadas pela maioria da população como, por exemplo, cozinhar os legumes sem a casca, podem em longo prazo contribuir para que o volume de lixo aumente. Hoje o desperdício total de alimentos no Brasil, não contando o que é desprezado em residências, é de aproximadamente 9 bilhões de toneladas/ano.
Esse quadro pode ser revertido principalmente através da educação. Como o problema no nível macroeconômico é de difícil solução por envolver diversas variáveis, deve-se iniciar essa educação no ciclo básico das escolas, sejam públicas ou não que podem trabalhar de uma forma diferenciada ligada à nutrição. Com o restante da população é necessário que seja feito um trabalho de conscientização, tanto em residências como em estabelecimentos comerciais, visando o aumento do número de pessoas e entidades envolvidas.
Como sugestão para iniciarmos a mudança de comportamento necessária a preservação do planeta, podemos utilizar menos embalagens de plásticos no mercado ou outro local de compras, preferir embalagens e sacolas de papel e outros materiais recicláveis, preferir alimentos que sejam produzidos na sua região e que não levaram muito tempo no transporte, comprar apenas as quantidades que serão realmente utilizadas, planejar a lista de compras para evitar o desperdício e, conhecer mais sobre o melhor preparo e armazenamento dos alimentos.
A colaboração com este e outros programas educacionais é importante para preservar a natureza e garantir um futuro melhor para o nosso planeta e para a humanidade.
Referências Bibliográficas
Jornal da Unicamp. Campinas, n.162, maio de 2001.
Santos ASF, Agnelli JAM, Manrich S. Tendências e desafios da reciclagem de embalagens plásticas. Ciência e Tecnologia 2004; 14(5): 307-12.
Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN). Disponível em www.asbran.org.br Acesso em 27 de abril de 2007.
A coleta seletiva pode ser definida como a separação do lixo orgânico (úmido) do lixo reciclável (seco), que pode ser realizada nas próprias residências pela população, visando a melhoria da qualidade de vida e redução dos impactos ambientais. Em pesquisa realizada pela Ciclosoft, em 2006, foi observado que no Brasil hoje 327 prefeituras operam programas de coleta seletiva. Segundo o IBGE (2003), o Brasil possui 5.563 municípios, ou seja, a coleta seletiva ocorre em menos de 6% das cidades do país.
Entender a importância é o primeiro passo, mas saber praticar é um desafio maior. Ao contrário do que muitos imaginam, a relação custo/benefício de um projeto de reciclagem bem gerenciado pode apresentar resultados positivos. Dentre os benefícios que podem ser alcançados com a coleta seletiva podemos citar a economia de energia, redução da poluição, geração de empregos, melhoria da qualidade de vida da população, diminuição da extração de recursos naturais, etc. Além disso, quando participamos deste programa estamos contribuindo para reciclagem de alimentos, uma alternativa barata e prazerosa considerada um dos caminhos para o combate à fome e a miséria.
Juntamente com a coleta seletiva é preciso conscientizar a população quanto ao desperdício e reaproveitamento de alimentos. A alimentação é a base da vida e dela depende o estado de saúde do ser humano. O desconhecimento dos princípios nutritivos dos alimentos, bem como o seu não aproveitamento, ocasiona o desperdício de toneladas de recursos alimentares. Atualmente, a alimentação alternativa, isto é, o aproveitamento total dos alimentos, serve para diminuir os gastos com alimentação e dar de comer a quem não tem recursos. O Brasil é um dos maiores produtores de frutas do mundo, mas quase a metade do que aqui é produzido se perde, cujas principais causas são os problemas de colheita, a falta de embalagens específicas a cada fruta, seu transporte e conservação, e principalmente seu desperdício promovido pelo intermediário e pelo consumidor final. A quantidade de frutas que é desperdiçada no Brasil é equivalente ao que produzem juntos Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Peru.
É importante ressaltar que as perdas não ocorrem somente em plantações, transporte e armazenamento inadequado, mas também no preparo incorreto dos alimentos. Algumas atitudes praticadas pela maioria da população como, por exemplo, cozinhar os legumes sem a casca, podem em longo prazo contribuir para que o volume de lixo aumente. Hoje o desperdício total de alimentos no Brasil, não contando o que é desprezado em residências, é de aproximadamente 9 bilhões de toneladas/ano.
Esse quadro pode ser revertido principalmente através da educação. Como o problema no nível macroeconômico é de difícil solução por envolver diversas variáveis, deve-se iniciar essa educação no ciclo básico das escolas, sejam públicas ou não que podem trabalhar de uma forma diferenciada ligada à nutrição. Com o restante da população é necessário que seja feito um trabalho de conscientização, tanto em residências como em estabelecimentos comerciais, visando o aumento do número de pessoas e entidades envolvidas.
Como sugestão para iniciarmos a mudança de comportamento necessária a preservação do planeta, podemos utilizar menos embalagens de plásticos no mercado ou outro local de compras, preferir embalagens e sacolas de papel e outros materiais recicláveis, preferir alimentos que sejam produzidos na sua região e que não levaram muito tempo no transporte, comprar apenas as quantidades que serão realmente utilizadas, planejar a lista de compras para evitar o desperdício e, conhecer mais sobre o melhor preparo e armazenamento dos alimentos.
A colaboração com este e outros programas educacionais é importante para preservar a natureza e garantir um futuro melhor para o nosso planeta e para a humanidade.
Referências Bibliográficas
Jornal da Unicamp. Campinas, n.162, maio de 2001.
Santos ASF, Agnelli JAM, Manrich S. Tendências e desafios da reciclagem de embalagens plásticas. Ciência e Tecnologia 2004; 14(5): 307-12.
Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN). Disponível em www.asbran.org.br Acesso em 27 de abril de 2007.
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