Avaliação Antropométrica e Nutricional da Gestante

AVALIAÇÃO ALIMENTAR

Recordatório 24 h

Questionário de freqüência alimentar

História dietética
(avaliar o consumo de calorias, proteínas, vitaminas e minerais que atendem as necessidades da gestação)



AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA

Pode ocorrer alguns erros de interpretação por falta de normas estabelecidas para gestantes para algumas das provas, com necessidade de maior conhecimento da relação de certos nutrientes para estados pré-gravídicos e gravídicos.

  • Dosagens de nutrientes formadores de sangue (agentes hematológicos) para detectar a anemia - dosagem de hemoglobina e níveis de hematócrito.
  • Dosagens de ferro sérico, ferritina, protoporfirinas, hemácias livres e CTLF ajudam a avaliar mais especialmente a deficiência de ferro.
  • Provas de níveis de vitaminas e minerais, incluindo as hidrossolúveis, tiamina, riboflavina, niacina, vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), iodo e outros minerais são importantes durante a gestação.
  • As provas rotineiras para o açúcar urinário e os corpos cetônicos farão a triagem para o diabetes latente ou glicosúria gestacional.
  • Albumina sérica, pois o volume sanguíneo na gestação expande 50%, resultando numa diminuição de hemoglobina, níveis séricos e de albumina, proteínas séricas e vitaminas hidrossolúveis.

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Índice de massa corpórea (IMC):

A avaliação antropométrica de gestante é utilizada para avaliar riscos de baixo peso ao nascer, mortalidade perinatal, neonatal e infantil, além da duração da lactação.

A partir da identificação do peso e da altura pré gestacionais, pode-se calcular o IMC e estabelecer uma previsão de ganho de peso total para a gestante de acordo com a National Academy of Sciences.

Quando a idade gestacional é desconhecida, recomenda-se que a mãe adquira um mínimo de 1Kg mensal durante o segundo e o terceiro trimestre. Quando não é possível identificar o peso pré gestacional pode-se estabelecer o peso esperado para a altura de acordo com idade gestacional.

CALCULOS PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DA GESTANTE:

Período normal da gestação 38 - 40 semanas
Para cálculos utilizar 40 semanas

Ganho de peso gestacional atual (GPGA): ganho de atual respectivo ao período da gestação.

PAG = peso atual gestacional
PPG = peso pré gestacional

GPGA = PAG - PPG

Velocidade do ganho de peso atual:

PA - PPG = X Kg

X + nº de sem. Gestacional = peso em Kg / sem.

Velocidade do ganho de peso futuro:
PIF = peso ideal final

PIF - PA = X kg
X + nº sem. Gestacional restantes = peso em kg por semana

Peso ideal atual - como calcular
- No gráfico encontra-se o ponto médio da faixa B (normal0, na linha horizontal acho o % correspondente e na linha vertical a idade gestacional.
- utiliza-se o % encontrado no gráfico e traça-se uma linha entre o % e a altura da gestante.

Peso ideal final (pré-parto)
- No nomograma traçar uma linha entre a altura cm, coluna da esquerda com a % de 120 da 3ª coluna (ou 120% e 130%), encontrando na coluna do meio o peso em kg.

Estado Nutricional Atual
- Traça linha entre altura e peso atual encontra % correspondente.
- Lança a % encontrada no gráfico, encontrar a linha horizontal da % com a linha vertical correspondente à idade gestacional (nº de um atual da gestação).
- Verificar a faixa que encontra-se.
Obs: A % de adequação aumenta, pois sua altura é a mesma, só aumenta o peso.

Estado Nutricional pré-gestacional (ENPG)
EN antes da fecundação
Altura X peso pré-gestacional

Peso Ideal pré-gestacional (PIPG)

Altura X 100% de adequação = peso

CURVA DE ROSSO

OMS adota a curva de avaliação da condição nutricional da gestante ou também chamada de curva de ROSSO que permite realizar o acompanhamento da gravidez quanto ao seu ganho de peso e adequação para peso X estatura e idade gestacional a cada semana da gestação.

A adequação da relação peso / estatura em comparação com o padrão é obtida por meio do uso do nomograma e gráfico construídos a partir das publicações de Jellipe (66). Este instrumento permite identificar a gestante com risco de desnutrição, o acompanhamento da gestação e avaliar o estado nutricional.

Interpretação do nomograma e curva de ROSSO:
a) % de PI / altura <> 120 = GP acima do esperado

Curva ascendente campo B = GP adequado
Curva campo A = risco para desnutrição
Curva campo C = sobrepeso
Curva campo D = obesidade

Quando localizada na divisória, assumir a categoria inferior.

ROSSO: tamanho do recém nascido é influenciado pelo peso e altura da mãe.

Gestante de baixo peso - maior chance de recém nascido de baixo peso.
Gestante com sobrepeso - morbi-mortalidade materna e perinatal.

CASOS ESPECIAIS

A) Adolescentes: a curva de rosso não considera as importantes alterações quanto ao crescimento e desenvolvimento dessa faixa etária, podendo subestimar os aumentos ponderais. Recomenda-se adicionar 1kg ao peso sugerido como ideal.

B) Alta estatura (> 1.75m); recomenda-se aumento ponderal de:
- mães obesas: 7.5 a 10.5 kg
- mães eutróficas: 10.5 a 13.5 kg
- mães abaixo do peso: 13.5 kg
ou calcula-se o peso ideal como se a gestante tivesse 1.75m e acrescenta-se ao peso 500g a cada cm de altura que exceda.

C) Baixa estatura (<>

D) Pesos extremos
- PPG acima de 135% ® 7.5 a10.5 kg
- Muito baixo peso ® quando na 10ª a 12ª sem de gestação for inferior a 80% do padrão ® 15 a 17kg
- Para obesidade recomenda-se ganho de peso mínimo.

Ganho de peso segundo Kravosec (1991)

PERÍODO

1º Trim. 1kg
2º Trim. 300 a 500g/sem. (1.2 a 2.0 kg/mês)
3º Trim. 200 a 350g/sem. (0.8 a 1.4 kg/mês)


MASSA CORPORAL ADIPOSA E PROTÉICA

  • PCT
  • CB
  • CMB
  • CBM
  • AMB
  • AAB

PADRÃO DE REFERÊNCIA

  • Gomes e Waterlow = ultrapassadas, usar distribuição de percentis.
  • Padrão NCHS para perímetro cefálico.
  • Padrão Santo André - Classe IV (só S. P.): é necessário que se compare com o padrão a mesma metodologia.


Referências Bibliográficas

BABIAK, Regina Maria Vilela. Introdução ao Diagnóstico Nutricional. São Paulo: Editora Atheneu, 1997.

BODINSKI. Dietoterapia Princípios e Prática. São Paulo: Editora Atheneu, 1993.

GUEDES, D. P., GUEDES, J. E. R. P., Controle do Peso Corporal. Composição Corporal, atividade física e nutrição. Paraná: Editora Midiograf, 1998.

MAHAN, L. K., ARLIN, M. T., Krause. Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. 8ª ed. São Paulo: Editora Roca Ltda, 1995.

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