Epilepsia - Fisiopatologia e Conduta Dietoterápica
Texto redigido por: Vinícius Graton - Nutricionista se especializando em Nutrição Clínica (2010).
Epilepsia
A epilepsia é um desarranjo permanente do sistema nervoso presumivelmente causado por uma descarga subida, excessiva e desordenada de neurônios cerebrais. É estimado que 2,3 milhões de indivíduos nos EUA tenham epilepsia e 14% destes tenham menos de 15 anos de idade. Há relatos de que os custos médicos diretos para as pessoas com atividade contínua de convulsões sejam de 55% maior do que os custos médicos para todas as pessoas com epilepsia (Mandel e cols., 2002).
Fisiopatologia
A maioria das convulsões começa no inicio da vida, mas um ressurgimento dos eventos epilépticos ocorre após os 60 anos. A primeira ocorrência de uma convulsão em adultos deve levar à investigação de uma causa. Um estudo clinico normalmente não revela nenhuma anormalidade anatômica e a causa do ataque pode permanecer desconhecida (idiopática).
As convulsões antes dos 2 anos de idade são normalmente causadas por defeitos de desenvolvimento, lesões de nascimento ou uma doença metabólica. A história médica é o componente-chave para sugerir mais caminhos de investigação diagnóstica, especialmente em crianças. Um eletroencefalograma pode ajudar a delinear a atividade da convulsão e é mais útil na localização de convulsões parciais complexas.
Tratamento Médico
Determinar o tipo da convulsão é a chave para executar a terapia eficaz. As convulsões generalizadas são normalmente tratadas com valproato ou finitoína. Estes fármacos são difíceis de se usar porque interagem com outras drogas metabolizadas no fígado e têm propensão a causar dano hepático.
O metabolismo da fenitoína tem uma cinética incomum: assim sendo, os níveis tóxicos podem ser atingidos com ajustes muito pequenos da posologia. A gabapentina foi introduzida recentemente e está rapidamente ganhando popularidade devido à sua segurança e facilidade de uso.
A carbamazepina ou fenitoína normalmente pode controlar as convulsões parciais. A falha do controle da convulsão pode levar à consideração da cirurgia de convulsão.
O uso fenobarbital é normalmente evitado, pois tem sido associado a quociente de inteligência (QI) diminuído em crianças.
As medicações usadas na terapia anticonvulsivante podem alterar o estado nutricional do paciente. O fenobarbital, a fenitoína e a primidona interferem na absorção intestinal de cálcio aumentando o metabolismo de vitamina D no fígado. A terapia a longo prazo com estas drogas pode levar à osteomalacia em adultos ou raquitismo em crianças. A suplementação com vitamina D é essencial. A suplementação com ácido fólico interfere no metabolismo de fenitoína, de modo que Lee contribui para as dificuldades em se atingir níveis terapêuticos. Por esta razão, a suplementação esporádica com ácido fólico deve ser evitada. A fenitoína e o fenobarbital estão ligados primariamente à albumina na corrente sanguínea. Os níveis séricos diminuídos de albumina na desnutrição ou com a síntese reduzida de albumina secundaria à cirrose avançada limitam a quantidade de droga que pode ser ligada. Isto resulta em maior concentração de droga livre e possível toxicidade com a administração de uma posologia padrão.
Qual a importância da nutrição no tratamento da epilepsia?
A nutrição é importante para a epilepsia porque pode ajudar no controle das crises epilépticas. Dessa maneira, a adoção de uma dieta cetogênica é uma opção de tratamento não farmacológico para essa condição clínica, principalmente em crianças e adolescentes.
Terapia Nutricional
A dieta cetogênica tem efeitos colaterais mínimos e pode ser curativa. Apesar de ser inicialmente exigente, ela controlará completamente a epilepsia em um terço das crianças cujas convulsões são incontroláveis de outro modo. Para o outro terço das crianças, a dieta ou diminuirá marcantemente a freqüência de convulsões ou permitirá que as medicações sejam reduzidas.
A dieta é desenvolvida para criar e manter um estado de Cetose. Apesar do seu mecanismo de ação não ser claramente compreendido, o efeito benéfico na epilepsia pode ser causado por alteração no metabolismo neural, pela qual o corpo cetônico se comporta como um neurotransmissor inibitório, produzindo assim um efeito anticonvulsivante sobre o corpo.
A desidratação leve é importante com esta dieta para prevenir a diluição do nível de cetonas que circulam em qualquer momento (Berryman, 1997).
Na abordagem tradicional, uma vez que a cetose esteja estabelecida, a ingestão calórica é reassumida numa proporção de 4:1 quilocalorias de gordura para proteína e carboidrato. Para uma criança, as quilocalorias são calculadas para fornecer 75% das quilocalorias necessárias como lipídeo. A proteína é calculada para fornecer a ingestão apropriada para o crescimento (cerca de 1g/kg/dia). Os carboidratos são adicionados para compor a porção restante de necessidades de energia de proteína e carboidrato (normalmente uma quantidade mínima a insignificante).
Os líquidos também são cuidadosamente controlados – cerca de 65ml/kg/dia, mas recomenda-se não exceder 2L/dia (Kinsman e cols., 1992). Um suplemento de múltiplas vitaminas e cálcio é recomendado para garantir que a dieta seja nutricionalmente completa; este deve ser fornecido numa forma sem açúcar.
O início da dieta cetogênica é intenso. Além disso, a dieta pode parecer não palatável assim como complexa, fazendo com que seja difícil atingir a adesão. Para ser bem-sucedida, a criança pode se beneficiar das técnicas de comportamento enquanto os pais com maior freqüência necessitam de suporte psicossocial substancial. A rigorosidade necessária durante a fase de acompanhamento irá variar e é afetada pelo estado de saúde do paciente, crescimento, desenvolvimento e nível de ansiedade do cuidador. Para a criança cuja epilepsia é controlada com a dieta, segui-la é muito mais fácil do que lidar com as convulsões devastadoras e lesões associadas. Felizmente, a duração da dieta é limitada; ela pode ser normalmente suspensa após 2 a 3 anos.
O que é e para que serve a dieta cetogênica?
A dieta cetogênica é caracterizada por elevada quantidade de gordura, pouca quantidade de carboidrato e ingestão de proteína de até 1g/kg/peso corpóreo, para preservar o crescimento e a incorporação de massa muscular. Esse tratamento dietético é utilizado em crianças que sofrem de epilepsia, um transtorno neurológico, em casos de difícil controle, que não tiveram sucesso com o tratamento medicamentoso.
O objetivo da dieta cetogênica é controlar as crises epilépticas, mantendo o paciente em constante estado de cetose (excessiva produção de corpos cetônicos no sangue e na urina), além de causar uma alteração no balanço de eletrólitos, de fluidos e na concentração de lipídios cerebrais. É nessa condição metabólica que as crises são controladas.
Em condições normais, o sistema nervoso depende de glicose como fonte de energia. No caso da dieta cetogênica, a glicose não está tão disponível pelo fato de ser ingerido pouco carboidrato. Portanto, na falta de glicose, o cérebro utiliza os corpos cetônicos, provenientes da degradação dos ácidos graxos. Esse processo é o mesmo que ocorre no jejum, por isso, também ajuda no controle das crises, mas seu uso prolongado (mais que cerca de 36 horas) é inviável. Por se tratar de um tratamento dietoterápico fora dos padrões normais, o paciente necessita de uma supervisão especializada, próxima e freqüente dos profissionais de saúde, em especial do nutricionista.
O atuação do Nutricionista frente a pacientes epilépticos é de extrema importância para todo o tratamento.
Referências Bibliográficas
Mandel A et al: Medical costs are reduced when children with intractable epilepsy are successfully treated with the ketogenic diet, J Am Diet Assoc 102:396, 2002.
Freeman JM et al: The epilepsy diet treatment: an introduction to the ketogenic diet, ed 2, New York, 1996, Demos.
Kinsman SL et al: Efficacy of the ketogenic diet for intractable seizure disorders: reviw of 58 cases, Epilepsia 33:1132, 1992
Ramos AMF, Gabbai AA, Cintra IP. Impacto nutricional da dieta cetogênica em crianças com epilepsia de difícil controle. Pediatria (São Paulo) 2004;26(4):230-9. Disponível em: http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1081.pdf. Acessado em 23/09/2005.
Tome A, Amorim STSP, Mendonça DRB. Ketogenic diet in the treatment of intractable epilepsy in children: mothers view. Rev. Nutr. 2003;16(2):203-210. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732003000200007. Acessado em 22/09/2005.. Acessado em 23-09-05.
Ramos AMF, Rizzutti S. Dieta cetogênica: uma alternativa para a epilepsia refratária. São Paulo: Lemos Editorial, 2004.
Rizzutti S, Ramos ANF, Cintra IP, Muskat M, Gabbai AA. Assessment of serum biochemistry, nutritional status and adverse effects of children with refractary epilepsy using the ketogenic diet. Rev Nutr Campinas. 2006; 19(5):573-79.
Vasconcelos MM, Azevedo PMC, Esteves L, Brito AR, Olivaes MCD, Herdy GVD. Dieta cetogênica para epilepsia intratável em crianças e adolescentes: relato de seis casos. Rev Assoc Med Bras. 2004; 50 (4):380-5.
Nordli DR, Kuroda MM, Carrol J. Experience with the ketogenic diet in infants. Pediatrics. 2001, 108(1):129-33.
Peterson SJ, Tangney CC, Pimentel-Zablah EM, Hjelmgren B, Booth G, Berry-Kravis E. Changes in growth and seizure reduction in children on ketogenic diet as a treatment for intractable epilepsy. J Am Diet Assoc. 2005; 105(5):718-25.
Epilepsia
A epilepsia é um desarranjo permanente do sistema nervoso presumivelmente causado por uma descarga subida, excessiva e desordenada de neurônios cerebrais. É estimado que 2,3 milhões de indivíduos nos EUA tenham epilepsia e 14% destes tenham menos de 15 anos de idade. Há relatos de que os custos médicos diretos para as pessoas com atividade contínua de convulsões sejam de 55% maior do que os custos médicos para todas as pessoas com epilepsia (Mandel e cols., 2002).
Fisiopatologia
A maioria das convulsões começa no inicio da vida, mas um ressurgimento dos eventos epilépticos ocorre após os 60 anos. A primeira ocorrência de uma convulsão em adultos deve levar à investigação de uma causa. Um estudo clinico normalmente não revela nenhuma anormalidade anatômica e a causa do ataque pode permanecer desconhecida (idiopática).
As convulsões antes dos 2 anos de idade são normalmente causadas por defeitos de desenvolvimento, lesões de nascimento ou uma doença metabólica. A história médica é o componente-chave para sugerir mais caminhos de investigação diagnóstica, especialmente em crianças. Um eletroencefalograma pode ajudar a delinear a atividade da convulsão e é mais útil na localização de convulsões parciais complexas.
Tratamento Médico
Determinar o tipo da convulsão é a chave para executar a terapia eficaz. As convulsões generalizadas são normalmente tratadas com valproato ou finitoína. Estes fármacos são difíceis de se usar porque interagem com outras drogas metabolizadas no fígado e têm propensão a causar dano hepático.
O metabolismo da fenitoína tem uma cinética incomum: assim sendo, os níveis tóxicos podem ser atingidos com ajustes muito pequenos da posologia. A gabapentina foi introduzida recentemente e está rapidamente ganhando popularidade devido à sua segurança e facilidade de uso.
A carbamazepina ou fenitoína normalmente pode controlar as convulsões parciais. A falha do controle da convulsão pode levar à consideração da cirurgia de convulsão.
O uso fenobarbital é normalmente evitado, pois tem sido associado a quociente de inteligência (QI) diminuído em crianças.
As medicações usadas na terapia anticonvulsivante podem alterar o estado nutricional do paciente. O fenobarbital, a fenitoína e a primidona interferem na absorção intestinal de cálcio aumentando o metabolismo de vitamina D no fígado. A terapia a longo prazo com estas drogas pode levar à osteomalacia em adultos ou raquitismo em crianças. A suplementação com vitamina D é essencial. A suplementação com ácido fólico interfere no metabolismo de fenitoína, de modo que Lee contribui para as dificuldades em se atingir níveis terapêuticos. Por esta razão, a suplementação esporádica com ácido fólico deve ser evitada. A fenitoína e o fenobarbital estão ligados primariamente à albumina na corrente sanguínea. Os níveis séricos diminuídos de albumina na desnutrição ou com a síntese reduzida de albumina secundaria à cirrose avançada limitam a quantidade de droga que pode ser ligada. Isto resulta em maior concentração de droga livre e possível toxicidade com a administração de uma posologia padrão.
Qual a importância da nutrição no tratamento da epilepsia?
A nutrição é importante para a epilepsia porque pode ajudar no controle das crises epilépticas. Dessa maneira, a adoção de uma dieta cetogênica é uma opção de tratamento não farmacológico para essa condição clínica, principalmente em crianças e adolescentes.
Terapia Nutricional
A dieta cetogênica tem efeitos colaterais mínimos e pode ser curativa. Apesar de ser inicialmente exigente, ela controlará completamente a epilepsia em um terço das crianças cujas convulsões são incontroláveis de outro modo. Para o outro terço das crianças, a dieta ou diminuirá marcantemente a freqüência de convulsões ou permitirá que as medicações sejam reduzidas.
A dieta é desenvolvida para criar e manter um estado de Cetose. Apesar do seu mecanismo de ação não ser claramente compreendido, o efeito benéfico na epilepsia pode ser causado por alteração no metabolismo neural, pela qual o corpo cetônico se comporta como um neurotransmissor inibitório, produzindo assim um efeito anticonvulsivante sobre o corpo.
A desidratação leve é importante com esta dieta para prevenir a diluição do nível de cetonas que circulam em qualquer momento (Berryman, 1997).
Na abordagem tradicional, uma vez que a cetose esteja estabelecida, a ingestão calórica é reassumida numa proporção de 4:1 quilocalorias de gordura para proteína e carboidrato. Para uma criança, as quilocalorias são calculadas para fornecer 75% das quilocalorias necessárias como lipídeo. A proteína é calculada para fornecer a ingestão apropriada para o crescimento (cerca de 1g/kg/dia). Os carboidratos são adicionados para compor a porção restante de necessidades de energia de proteína e carboidrato (normalmente uma quantidade mínima a insignificante).
Os líquidos também são cuidadosamente controlados – cerca de 65ml/kg/dia, mas recomenda-se não exceder 2L/dia (Kinsman e cols., 1992). Um suplemento de múltiplas vitaminas e cálcio é recomendado para garantir que a dieta seja nutricionalmente completa; este deve ser fornecido numa forma sem açúcar.
O início da dieta cetogênica é intenso. Além disso, a dieta pode parecer não palatável assim como complexa, fazendo com que seja difícil atingir a adesão. Para ser bem-sucedida, a criança pode se beneficiar das técnicas de comportamento enquanto os pais com maior freqüência necessitam de suporte psicossocial substancial. A rigorosidade necessária durante a fase de acompanhamento irá variar e é afetada pelo estado de saúde do paciente, crescimento, desenvolvimento e nível de ansiedade do cuidador. Para a criança cuja epilepsia é controlada com a dieta, segui-la é muito mais fácil do que lidar com as convulsões devastadoras e lesões associadas. Felizmente, a duração da dieta é limitada; ela pode ser normalmente suspensa após 2 a 3 anos.
O que é e para que serve a dieta cetogênica?
A dieta cetogênica é caracterizada por elevada quantidade de gordura, pouca quantidade de carboidrato e ingestão de proteína de até 1g/kg/peso corpóreo, para preservar o crescimento e a incorporação de massa muscular. Esse tratamento dietético é utilizado em crianças que sofrem de epilepsia, um transtorno neurológico, em casos de difícil controle, que não tiveram sucesso com o tratamento medicamentoso.
O objetivo da dieta cetogênica é controlar as crises epilépticas, mantendo o paciente em constante estado de cetose (excessiva produção de corpos cetônicos no sangue e na urina), além de causar uma alteração no balanço de eletrólitos, de fluidos e na concentração de lipídios cerebrais. É nessa condição metabólica que as crises são controladas.
Em condições normais, o sistema nervoso depende de glicose como fonte de energia. No caso da dieta cetogênica, a glicose não está tão disponível pelo fato de ser ingerido pouco carboidrato. Portanto, na falta de glicose, o cérebro utiliza os corpos cetônicos, provenientes da degradação dos ácidos graxos. Esse processo é o mesmo que ocorre no jejum, por isso, também ajuda no controle das crises, mas seu uso prolongado (mais que cerca de 36 horas) é inviável. Por se tratar de um tratamento dietoterápico fora dos padrões normais, o paciente necessita de uma supervisão especializada, próxima e freqüente dos profissionais de saúde, em especial do nutricionista.
O atuação do Nutricionista frente a pacientes epilépticos é de extrema importância para todo o tratamento.
Referências Bibliográficas
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732003000200007. Acessado em 22/09/2005.. Acessado em 23-09-05.
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Rizzutti S, Ramos ANF, Cintra IP, Muskat M, Gabbai AA. Assessment of serum biochemistry, nutritional status and adverse effects of children with refractary epilepsy using the ketogenic diet. Rev Nutr Campinas. 2006; 19(5):573-79.
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