Consumo de carne defumada aumenta a mortalidade em mulheres com câncer de mama
Um alto consumo de carne de churrasco ou defumada pode aumentar o risco de mortalidade após um diagnóstico de câncer de mama, conclui um novo estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute.
Os pesquisadores usaram dados de 1.508 mulheres que participaram do Long Island Breast Cancer Study Project. As mulheres foram entrevistadas após o primeiro diagnóstico de câncer de mama primário invasivo ou in situ em 1996 e 1997, e novamente cerca de cinco anos depois. Parte das avaliações incluiu consumo de carne grelhada/assada e defumada, tanto antes quanto depois do diagnóstico.
Após uma mediana de 17,6 anos de seguimento, houve 597 mortes, incluindo 237 que foram especificamente por câncer de mama.
O consumo elevado de carnes grelhadas/assadas e defumadas antes do diagnóstico foi associado a um risco aumentado em 23% de mortalidade por todas as causas (hazard ratio, HR, 1,23; intervalo de confiança, IC, de 95%, 1,03-1,46).
Além disso, entre as mulheres que mantiveram o alto consumo de carne grelhada/assada e defumada após o diagnóstico, o risco de mortalidade por todas as causas foi elevado em 31% (HR, 1,31; IC de 95%, 0,96-1,78).
O alto consumo foi definido como acima da mediana (44 vezes por ano antes do diagnóstico e 36 vezes por ano após o diagnóstico) e foi comparado com baixo consumo nas análises multivariáveis.
O estudo incluiu quatro tipos de carnes grelhadas/assadas e defumadas, que foram analisadas de forma coletiva e individual: carne bovina, cordeiro e carne suína grelhadas/assadas; carne bovina, cordeiro e carne suína defumada, como bacon ou presunto; aves e peixes grelhados/assados; e aves e peixes defumados, como peru defumado ou salmão defumado.
Outras associações foram observadas no estudo, mas nenhuma das estimativas foi significativa. No entanto, a equipe destacou um outro achado: a mortalidade específica por câncer de mama era menor entre as mulheres com qualquer consumo de aves e peixes defumados antes e após o diagnóstico (HR, 0,55; IC de 95%: 0,31-0,97).
Mas, no geral, os autores concluíram que comer grandes quantidades de carne preparada nestas três formas pode não ser aconselhável para mulheres com câncer de mama.
“Essas carnes são uma fonte ‘prevalente’ de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) carcinógenos. Os HAPs são um grupo de mais de 100 produtos químicos diferentes, formados quando a carne, incluindo carne bovina, suína, peixe ou aves, é cozida usando métodos de alta temperatura, como fritar ou grelhar diretamente sobre uma chama aberta, e que também são gerados no processo de defumação”, explicam os autores.
Referência
Parada H Jr, Steck SE, Bradshaw PT, et al. Grilled, Barbecued, and Smoked Meat Intake and Survival Following Breast Cancer. J Natl Cancer Inst. 2017; 109(6).
Os pesquisadores usaram dados de 1.508 mulheres que participaram do Long Island Breast Cancer Study Project. As mulheres foram entrevistadas após o primeiro diagnóstico de câncer de mama primário invasivo ou in situ em 1996 e 1997, e novamente cerca de cinco anos depois. Parte das avaliações incluiu consumo de carne grelhada/assada e defumada, tanto antes quanto depois do diagnóstico.
Após uma mediana de 17,6 anos de seguimento, houve 597 mortes, incluindo 237 que foram especificamente por câncer de mama.
O consumo elevado de carnes grelhadas/assadas e defumadas antes do diagnóstico foi associado a um risco aumentado em 23% de mortalidade por todas as causas (hazard ratio, HR, 1,23; intervalo de confiança, IC, de 95%, 1,03-1,46).
Além disso, entre as mulheres que mantiveram o alto consumo de carne grelhada/assada e defumada após o diagnóstico, o risco de mortalidade por todas as causas foi elevado em 31% (HR, 1,31; IC de 95%, 0,96-1,78).
O alto consumo foi definido como acima da mediana (44 vezes por ano antes do diagnóstico e 36 vezes por ano após o diagnóstico) e foi comparado com baixo consumo nas análises multivariáveis.
O estudo incluiu quatro tipos de carnes grelhadas/assadas e defumadas, que foram analisadas de forma coletiva e individual: carne bovina, cordeiro e carne suína grelhadas/assadas; carne bovina, cordeiro e carne suína defumada, como bacon ou presunto; aves e peixes grelhados/assados; e aves e peixes defumados, como peru defumado ou salmão defumado.
Outras associações foram observadas no estudo, mas nenhuma das estimativas foi significativa. No entanto, a equipe destacou um outro achado: a mortalidade específica por câncer de mama era menor entre as mulheres com qualquer consumo de aves e peixes defumados antes e após o diagnóstico (HR, 0,55; IC de 95%: 0,31-0,97).
Mas, no geral, os autores concluíram que comer grandes quantidades de carne preparada nestas três formas pode não ser aconselhável para mulheres com câncer de mama.
“Essas carnes são uma fonte ‘prevalente’ de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) carcinógenos. Os HAPs são um grupo de mais de 100 produtos químicos diferentes, formados quando a carne, incluindo carne bovina, suína, peixe ou aves, é cozida usando métodos de alta temperatura, como fritar ou grelhar diretamente sobre uma chama aberta, e que também são gerados no processo de defumação”, explicam os autores.
Referência
Parada H Jr, Steck SE, Bradshaw PT, et al. Grilled, Barbecued, and Smoked Meat Intake and Survival Following Breast Cancer. J Natl Cancer Inst. 2017; 109(6).
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