Coenzima Q10

Adaptação: Dr. Vinícius Graton Costa
Uma substância natural, química, semelhante a vitamina e produzida pelo corpo, mas essa produção decresce à medida que a idade avança. Após os 30 anos a quantidade fabricada pelo organismo é tão pequena que o nutriente se tornará essencial, pois suas células não obtêm a quantidade suficiente de Coenzima Q-10.

Ela está sendo apontada pelos cientistas como um poderoso antioxidante novo e seu uso indicado para melhorar o funcionamento cardíaco. Pode evitar e tratar as cardiopatias. A cardiomiopatia - um enfraquecimento possivelmente fatal do músculo cardíaco - deixa o coração muito fraco para bombear o sangue necessário, deixando o doente incapacitado e candidato a transplante de coração. Uma pesquisa sobre CoQ10, iniciada em 1957, descobriu que no sangue dos cardiopatas há 25% menos CoQ10 do que nos indivíduos sadios. A Coenzima Q-10 tem sido usada em muitos países para tratar de doenças crônicas relativa ao envelhecimento, principalmente para os cardíacos. No Japão e na Europa é aprovada para o tratamento de insuficiência cardíaca congestiva. Em Israel os hospitais também a administram a pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.

O Dr. Robert Atkins, no seu livro A Revolução do Vitanutriente, cita que três estudos separados demonstraram que após administrarem Coenzima Q10 a milhares de pessoas com insuficiência cardíaca, obtiveram uma melhora de 75% na função pulmonar, do edema e das palpitações, sem efeitos colaterais. Nada na cardiologia tradicional chega perto desse tipo de sucesso. Não sei explicar o motivo de CoQ10 não fazer parte do tratamento de rotina de todos os pacientes cardíacos.

Propriedades e Mecanismo de ação

A principal área de pesquisa e avaliação crítica foi a das cardiomiopatias, onde os efeitos benéficos da terapia com CoQ10 de melhora da função cardíaca são particularmente evidentes em casos de insuficiência cardíaca congestiva, isquemia do miocárdio, anginapéctoris e hipertensão arterial. Outras áreas de uso potencial incluem doenças periodontais, disfunções do sistema imunológico, diabetes mellitus e distrofias musculares.

A CoQ10 representa a medicina ortomolecular na sua verdadeira acepção. Ela é biossintetizada no tecido humano, mas a necessidade orgânica desse cofator essencial também pode ser suprida por meios dietéticos (encontrada na carne de vaca, sardinha, espinafre e no amendoim). A CoQ10 é um nutriente ou agente terapêutico quase perfeito, devido à sua baixa toxicidade e porque a suplementação com CoQ10 não provoca perturbações maiores no metabolismo da CoQ10 endógena. Por último, ela pode ter efeitos extraordinários sobre o resultado do tratamento de uma série de graves condições mórbidas.

Algumas das propriedades biológicas da CoQ10 podem explicar seu papel biológico: Cofator essencial da produção celular de energia. A CoQ10 é um componente essencial da cadeia respiratória mitocôndria na da célula e desempenha um importante papel na produção de ATP, principal fonte de energia celular. A CoQ10 pode ser de grande valia para pacientes com grave insuficiência, ajudando-os a dar uma guinada dinâmica em seu estado geral. Necessária para o uso eficiente de oxigênio.

A CoQ10 também parece controlar o fluxo de oxigênio intracelular. Podemos compreender sua ação como uma diminuição da hipóxia e do impacto da isquemia sobre o coração em condições de aporte insuficiente de oxigênio. Propriedades antioxidantes. Foi constatado que a CoQ10 desempenha um papel antioxidante inespecífico na célula e pode diminuir o dano potencial de radicais livres resultantes da peroxidação de ácidos graxos insaturados na célula.

Tais propriedades biológicas se refletem em ganhos nutricionais e benefícios para as condições gerais de saúde, particularmente nos seguintes aspectos:

- Melhora a produção de energia e a performance física. Os atletas, particularmente os de faixa etária mais avançada, podem ser beneficiados com o uso da CoQ10.

- Melhora a função cardiovascular, regenerando tecidos lesados, e promove a melhora de distúrbios do sistema cardiovascular como a hipertensão arterial.

- Previne e cura doenças periodontais. Estudando o tratamento das doenças periodontais com CoQ10, descobriram que o tecido gengival afetado era deficiente em CoQ10, enquanto o tecido saudável dos mesmos pacientes não apresentava essa deficiência.

- Estimula o sistema imunológico. A CoQ10 estimula o sistema imunológico enfraquecido ou comprometido, melhorando não somente produção de anticorpos e de linfócitos T, mas também como aumentando a atividade fagocitária. Incrementa o fluxo energético intracelular.

- Neutraliza os radicais livres. É parte importante do sistema de defesa antioxidante da célula. A CoQ10, além de servir como cofator da produção de energia, funciona como um antioxidante tão eficaz quanto a vitamina E no tecido cardíaco, mas menos eficiente em tecido hepático. Este estudo sugere que a suplementação de CoQ10 deve ser incluída em qualquer programa antioxidante abrangente.

- Retarda o processo de envelhecimento. A propriedade anti-envelhecimento pode ser devida à capacidade da CoQ10 de melhorar o estado de energia das células e aumentar a eficiência da utilização do oxigênio. Estudos demonstraram que o conteúdo de CoQ10 diminui com o avançar da idade, especialmente nos tecidos cardíaco e hepático. Protegendo as células contra a peroxidação, a CoQ10 aumenta a tolerância de idosos e sedentários ao exercício físico e pode corrigir falhas do sistema imunológico.

- O declínio dos níveis de CoQ10 pode ser uma possível explicação para uma série de condições associadas ao envelhecimento, como uma maior vulnerabilidade às infecções bacterianas e virais ou uma maior prevalência de doenças periodontais. Estudos efetuados em ratos com CoQ10 demonstraram parciais de declínios na função imunológica relacionados com a idade. Além disso, constatou-se que a CoQ10 tem a capacidade de aliviar possíveis efeitos tóxicos das drogas comumente usadas para tratar doenças mais prevalentes em idosos, como neoplasias e hipertensão arterial.

- Estudos de longevidade em ratos demonstraram que a suplementação semanal de CoQ10 (em forma de emulsão) aumentou significativamente a duração da vida quando o tratamento foi iniciado no ponto médio da expectativa de vida. As doses usadas nos ratos foram mais ou menos equivalentes a dose de 30 miligramas por dia de CoQ10 utilizada em seres humanos.Este é um resumo do artigo escrito pelo Dr. Roger V. Kendall, publicado na Revista de Oxidologia de dezembro de 1994.

Indicações:

- Fortalecer o sistema imunológico;
- Ajudar as células do coração a funcionarem com mais eficiência;
- Aumentar a capacidade de bombeamento do coração;
- Aumentar a absorção de oxigênio pelas células do músculo do coração;
- Ajudar a reciclar a Vitamina E no organismo, além de intensificar sua potência;
- Tratar a falência renal;
- Eliminar efeitos colaterais de drogas para insuficiência cardíaca;
- Prevenir as lesões oxidativas dos radicais livres;
- Combater o estresse; Ser o principal combustível da mitocôndria (responsável pela produção de energia na célula);
- Proteger a mitocôndria, evitando doenças degenerativas do cérebro, como: perda gradual da memória, doença de Alzheimer e de Lou Gehrig e;
- Atuar como oxidante dentro da mitocôndria, destruindo os radicais peróxido, após sua formação.

Administração: Estudos têm mostrado que a CoQ10 chega ao seu nível máximo no sangue após uma única dose de 100 mg. Segundo o Dr. Langsjoen, não há qualquer problema em tomar de 100 a 200 mg de uma só vez, no lugar de dividir doses. Quanto mais as pesquisas avançam, mais os médicos aprendem que quanto mais alta a dose, maiores são os benefícios. Dr. Atkins recomenda de 50 a 100 mg diários, como dosagem preventiva e de 200 a 300 mg/dia se você tiver algum problema de saúde relacionado ao coração, hipertensão, metabolismo ou nível de energia.

Contra-indicações: Pacientes portadores de deficiência renal grave. Pode ocorrer palpitação e
sudorese.

Referências: Literatura Técnica Insumo Nutracêutico - Opção Fênix.
Créditos: NutriçãoSadia. Tecnologia do Blogger.