Horta Orgânica - Veja como fazer em sua própria casa
Horta Caseira Orgânica
1) LOCALIZAÇÃO DA HORTA
Escolha do Local
As hortaliças para produzirem bem precisam de fatores adequados para o seu desenvolvimento e produção. Por este motivo, nem todos os terrenos permitem o bom desenvolvimento das hortaliças, pois as condições químicas poderão ser melhoradas, porém as características físicas nem sempre são viáveis de transformação.
Ao avaliar um terreno para a instalação de uma horta, devemos levar em consideração os seguintes fatores:
Local cercado: para evitar a entrada de aves e animais. A área para horta deve ficar afastada no mínimo 5 metros de fossas, chiqueiros ou esgotos.
Tipo de terreno: deve ser plano ou com uma inclinação suave. O ideal é que tenha uma declividade de 0,5 a 1,0% para uma boa drenagem das águas de chuva e irrigação.
Tenha boa insolação: deve ser ensolarado, dispensando área embaixo de muros ou copas de árvores, que não são adequadas para a maioria das hortaliças. As hortaliças sendo plantas de crescimento rápido precisam de 8 a 10 horas de sol por dia, para crescerem e serem sadias.
Água: procure um método de baixo custo, ou seja, forneça 4 litros de água por metro quadrado todos os dias. A água deve estar próxima da área de instalação dos canteiros.
Local drenado: avaliar a drenagem da água das chuvas e irrigação. Os terrenos facilmente encharcados não devem ser utilizados, pois as raízes das plantas respiram e não suportam excesso de umidade no sistema radicular. Quando falta ar no solo, devido à elevada presença de água nos espaços, atrasa o crescimento e surgem doenças nas raízes.
Proteção de ventos frios e fortes: o vento estraga os frutos e folhas, desidratando a planta. Desta forma, afetam o crescimento da planta e aumentam o consumo de água. Recomenda-se a instalação de quebra-ventos, com árvores de crescimento rápido ou o plantio de linhas de napier, cameron ou leucena.
Exposição do vento: evitar a face sul, devido à freqüência de ventos frios que procedem deste quadrante. No caso de não haver outra escolha, proteger a área com o plantio de renque de quebra-vento.
Condições ideais: os melhores terrenos são aqueles de consistência média quanto à textura do solo (areno-argiloso), ricos em matéria orgânica, boa drenagem, acidez fraca (5,5 a 6,5) e boa fertilidade (soltos e permeáveis). Deve ser considerado que não podemos alterar a textura de um solo, por exemplo, se é muito arenoso, mas poderemos melhora-lo mudando sua estrutura, com a adição de elevadas quantidades de matéria orgânica.
2) SEQUÊNCIA DA CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO
Limpar o terreno, retirando a cobertura vegetal, pedras, vidros, madeira etc;
Afofar bem a terra na profundidade de 20 a 30 cm e quebrar os torrões;
Tirar os torrões, capins, gravetos e pedras com um rastelo;
Distribuir o calcário (em torno de 300 gramas de dolomítico por metro) e misturar bem com a terra;
Marcar com estacas as dimensões do canteiro (1,0 a 1,20 m de largura e espaçamento entre canteiros de 40 a 50 cm);
Levantar o canteiro com a enxada retirando terra das laterais e do meio do caminho;
Aplainar o canteiro e colocar o adubo orgânico;
Abrir sulcos no sentido longitudinal do canteiro, na profundidade de 2,0 a 3,0 cm e 20 a 30 cm de distância entre as linhas para fazer a semeadura;
Semeadura rasa no sulco, com a quantidade de sementes recomendada na embalagem. Para algumas hortaliças, 1,0 grama semeia-se 1 metro de sulco, caso do almeirão ou beterraba. Para a cenoura, salsa e rúcula 1,0 grama de sementes é suficiente para semear 3,0 metros.
Encobrir as sementes com a leve camada da terra;
Cobrir o canteiro com uma cobertura morta, como serragem, palha de arroz, capim seco ou outro vegetal seco picado e irrigar abundantemente sem encharcar;
Molhar diariamente. Caso haja pouca chuva no local, irrigar o canteiro duas vezes por dia, sem excesso;
Quando as mudinhas crescerem fazer o desbaste, retirando o excesso, deixando de 10 a 30 plantas por metro de sulco. No caso da beterraba e almeirão deixar 10 plantas por metro e para a cenoura e salsa, 30 plantas por metro.
OBSERVAÇÃO:
Existem hortaliças que não necessitam de canteiros para serem cultivadas. Por exemplo: Pimentão, jiló, berinjela etc. O plantio dessas espécies deve ser feito da seguinte forma:
Preparar as covas na profundidade e espaçamento corretos na área escolhida;
Adubar as covas utilizando adubo orgânico (estercos de aves ou de gado);
Molhar bem as covas já adubadas que receberão as mudinhas;
Colocar as mudinhas no prumo, comprimindo suas raízes com um pouco de terra molhada;
Deixar as covas bem cheias.
ONDE PRODUZIR ESSAS MUDAS?
SEMENTEIRAS - CANTEIRO ONDE SE PRODUZ MUDAS
A sementeira deve ser feita em um canto do terreno e exige bom preparo do canteiro e boa adubação.
Abra sulcos no canteiro distanciados 15 cm e com 1 cm de profundidade.
Umedeça levemente a sementeira.
Distribua uniformemente a semente nos sulcos, evitando o excesso.
Cubra as sementes com pouca terra e a sementeira com o capim seco até que as plantinhas comecem a germinar.
Nesse ponto, retire o capim.
Irrigue de manhã e de tarde, até que as plantinhas estejam prontas para o transplante no local definitivo, quando as mudinhas tiverem de 5 a 6 folhinhas e, portanto, prontas para o transplante no local definitivo.
Mudinhas muito frágeis ou danificadas não devem ser aproveitadas.
3) PLANEJAMENTO DA HORTA
Quanto semear?
Fazer uma previsão de quantidade de alimentos a serem colhidos por m2, por exemplo, a alface produz doze unidades por m2 e o repolho seis unidades por m2. O tamanho da horta depende do número de pessoas consumidoras das hortaliças.
É necessário um terreno de 10 m2 para satisfazer as necessidades de verduras e legumes de uma pessoa e mais 2 m2 de sementeira. Para uma família de 5 pessoas serão necessários pelos menos 50 m2 de canteiro.
Quando semear?
Em primeiro lugar deve ser considerada a época adequada para cada espécie e cultivar, segundo a recomendação técnica. Geralmente na embalagem da semente vem a indicação do período mais favorável de semeadura.
Em segundo lugar, a horta precisa ter uma seqüência de colheita para algumas hortaliças, de consumo diário, como a alface. Para que haja colheita diária, Você deve planejar novo cultivo, levando em conta o tempo de crescimento da planta, somando ao tempo de duração da colheita.
As hortaliças de consumo constante e que produzem o ano todo, como alface, cenoura, almeirão, beterraba, entre outras, deverão ser plantadas em áreas parceladas, todos os meses ou a cada 15 dias.
No caso de hortaliças que produzem melhor no verão (ex.: pimentão ou berinjela) ou no inverno (ex.: morango), também será importante o parcelamento em três ou quatro parcelas, desse modo estendendo-se o período de produção. Marque sempre as datas do plantio e da colheita!
Observação!
Diversidade de cultivos: o sistema orgânico recomenda a diversidade de cultivos como fator para manter a população de inimigos naturais na área.
Desta forma, devem ser implantados no mínimo 3 a 4 cultivos simultâneos. Quanto maior a presença de flores ou faixas de plantas como girassol, camomila, sorgo, entre outras, são importantes para manter a presença desses inimigos naturais.
Diversidade biológica: plantios consorciados, rotação de culturas, adubações verde, abrigos para insetos polinizadores e inimigos naturais.
Associação ou consorciação de cultivos:
Visando o melhor aproveitamento dos canteiros domésticos pode ser feita a consorciação de cultivos. Para isso, poderá ser plantada uma hortaliça de ciclo mais curto entre as linhas daquela que vai levar mais tempo para ser colhida. Também as bordas dos canteiros podem ser aproveitadas, com plantas que vão bem nos dois sistemas, caso da alface e rabanete.
DICA!
Rotação de culturas
Na área ou no canteiro deve haver a rotação de cultivos, com uma seqüência de hortaliças de famílias diferentes. Essa alternância de culturas permitirá melhor aproveitamento dos nutrientes do solo, quebra do ciclo de pragas e doenças, assim como a maior incorporação de matéria orgânica no solo. Por exemplo, após o cultivo de uma folhosa como alface, colocar no lugar uma hortaliça de raiz, como a cenoura.
Formas de associação das hortaliças
Cenoura consorciada com crotalária spectabilis, para o controle de nematóides;
Consorciar quiabo, tomate com feijão-de-porco ou mucuna-anã ou cravo-de-defunto ou guandu-anão para o combate de nematóides e pragas em geral;
Cultivos de hortaliças em geral consorciadas com tefrósia, crotalária juncea, mucuna-anã ou girassol;
Batata-doce ou mandioca consorciadas com crotalárias;
Berinjela, pimentão ou inhame consorciados com caupi ou crotalárias;
Quiabo consorciado com crotalárias;
Couve de folha consorciada com mucuna-anã ou crotalária spectabilis.
CONVERSE COM UM AGRÔNOMO!
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS PRINCIPAIS
- Enxadão
- Enxada
- Pá
- Foice
- Rastelo
- Carrinho de pedreiro
- Estaquinhas
- Barbante
- Marreta Pequena
- Enxadinhas de carpir
- Régua de sulcar
- Regador ou mangueira
USO DO COMPOSTO ORGÂNICO
É um ótimo adubo, obtido à partir da decomposição de variados restos vegetais, quando misturados com terra, umedecidos e revirado a cada dez dias.
Faça seu próprio adubo orgânico empilhando 40 cm de vegetais finos e 01 cm de terra, ou esterco de animais, em camadas superpostas até 1,5m de altura.
É rico em nitrogênio, elemento necessário ao perfeito desenvolvimento da parte foliar das culturas. Estará pronto quando cessar a fermentação e o calor no interior do monte.
Fontes consultadas:
PENTEADO, SILVIO ROBERTO
Horta Doméstica e Comunitária Sem Veneno
Silvio Roberto Penteado - Campinas-SP
Janeiro 2006 - p. 148
SOUZA, JACIMAR LUIZ
Cultivo Orgânico de Hortaliças - Sistema de Produção
Viçosa-MG, CPT, 1999
154 p.
TESSARIOLI NETO, JOÃO & ROSSI, FABRÍCIO
Horta Caseira - Adubação e Controle de Pragas e Doenças
Viçosa-MG, CPT, 2002
114 p.
SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
http://www.agroportal.sp.gov.br/
Categoria: Horta orgânica
Fonte: Gustavo Libardi - Graduando em Engenharia Agronômica - Esalq/USP / Supervisão: Ricardo Cerveira
1) LOCALIZAÇÃO DA HORTA
Escolha do Local
As hortaliças para produzirem bem precisam de fatores adequados para o seu desenvolvimento e produção. Por este motivo, nem todos os terrenos permitem o bom desenvolvimento das hortaliças, pois as condições químicas poderão ser melhoradas, porém as características físicas nem sempre são viáveis de transformação.
Ao avaliar um terreno para a instalação de uma horta, devemos levar em consideração os seguintes fatores:
Local cercado: para evitar a entrada de aves e animais. A área para horta deve ficar afastada no mínimo 5 metros de fossas, chiqueiros ou esgotos.
Tipo de terreno: deve ser plano ou com uma inclinação suave. O ideal é que tenha uma declividade de 0,5 a 1,0% para uma boa drenagem das águas de chuva e irrigação.
Tenha boa insolação: deve ser ensolarado, dispensando área embaixo de muros ou copas de árvores, que não são adequadas para a maioria das hortaliças. As hortaliças sendo plantas de crescimento rápido precisam de 8 a 10 horas de sol por dia, para crescerem e serem sadias.
Água: procure um método de baixo custo, ou seja, forneça 4 litros de água por metro quadrado todos os dias. A água deve estar próxima da área de instalação dos canteiros.
Local drenado: avaliar a drenagem da água das chuvas e irrigação. Os terrenos facilmente encharcados não devem ser utilizados, pois as raízes das plantas respiram e não suportam excesso de umidade no sistema radicular. Quando falta ar no solo, devido à elevada presença de água nos espaços, atrasa o crescimento e surgem doenças nas raízes.
Proteção de ventos frios e fortes: o vento estraga os frutos e folhas, desidratando a planta. Desta forma, afetam o crescimento da planta e aumentam o consumo de água. Recomenda-se a instalação de quebra-ventos, com árvores de crescimento rápido ou o plantio de linhas de napier, cameron ou leucena.
Exposição do vento: evitar a face sul, devido à freqüência de ventos frios que procedem deste quadrante. No caso de não haver outra escolha, proteger a área com o plantio de renque de quebra-vento.
Condições ideais: os melhores terrenos são aqueles de consistência média quanto à textura do solo (areno-argiloso), ricos em matéria orgânica, boa drenagem, acidez fraca (5,5 a 6,5) e boa fertilidade (soltos e permeáveis). Deve ser considerado que não podemos alterar a textura de um solo, por exemplo, se é muito arenoso, mas poderemos melhora-lo mudando sua estrutura, com a adição de elevadas quantidades de matéria orgânica.
2) SEQUÊNCIA DA CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO
Limpar o terreno, retirando a cobertura vegetal, pedras, vidros, madeira etc;
Afofar bem a terra na profundidade de 20 a 30 cm e quebrar os torrões;
Tirar os torrões, capins, gravetos e pedras com um rastelo;
Distribuir o calcário (em torno de 300 gramas de dolomítico por metro) e misturar bem com a terra;
Marcar com estacas as dimensões do canteiro (1,0 a 1,20 m de largura e espaçamento entre canteiros de 40 a 50 cm);
Levantar o canteiro com a enxada retirando terra das laterais e do meio do caminho;
Aplainar o canteiro e colocar o adubo orgânico;
Abrir sulcos no sentido longitudinal do canteiro, na profundidade de 2,0 a 3,0 cm e 20 a 30 cm de distância entre as linhas para fazer a semeadura;
Semeadura rasa no sulco, com a quantidade de sementes recomendada na embalagem. Para algumas hortaliças, 1,0 grama semeia-se 1 metro de sulco, caso do almeirão ou beterraba. Para a cenoura, salsa e rúcula 1,0 grama de sementes é suficiente para semear 3,0 metros.
Encobrir as sementes com a leve camada da terra;
Cobrir o canteiro com uma cobertura morta, como serragem, palha de arroz, capim seco ou outro vegetal seco picado e irrigar abundantemente sem encharcar;
Molhar diariamente. Caso haja pouca chuva no local, irrigar o canteiro duas vezes por dia, sem excesso;
Quando as mudinhas crescerem fazer o desbaste, retirando o excesso, deixando de 10 a 30 plantas por metro de sulco. No caso da beterraba e almeirão deixar 10 plantas por metro e para a cenoura e salsa, 30 plantas por metro.
OBSERVAÇÃO:
Existem hortaliças que não necessitam de canteiros para serem cultivadas. Por exemplo: Pimentão, jiló, berinjela etc. O plantio dessas espécies deve ser feito da seguinte forma:
Preparar as covas na profundidade e espaçamento corretos na área escolhida;
Adubar as covas utilizando adubo orgânico (estercos de aves ou de gado);
Molhar bem as covas já adubadas que receberão as mudinhas;
Colocar as mudinhas no prumo, comprimindo suas raízes com um pouco de terra molhada;
Deixar as covas bem cheias.
ONDE PRODUZIR ESSAS MUDAS?
SEMENTEIRAS - CANTEIRO ONDE SE PRODUZ MUDAS
A sementeira deve ser feita em um canto do terreno e exige bom preparo do canteiro e boa adubação.
Abra sulcos no canteiro distanciados 15 cm e com 1 cm de profundidade.
Umedeça levemente a sementeira.
Distribua uniformemente a semente nos sulcos, evitando o excesso.
Cubra as sementes com pouca terra e a sementeira com o capim seco até que as plantinhas comecem a germinar.
Nesse ponto, retire o capim.
Irrigue de manhã e de tarde, até que as plantinhas estejam prontas para o transplante no local definitivo, quando as mudinhas tiverem de 5 a 6 folhinhas e, portanto, prontas para o transplante no local definitivo.
Mudinhas muito frágeis ou danificadas não devem ser aproveitadas.
3) PLANEJAMENTO DA HORTA
Quanto semear?
Fazer uma previsão de quantidade de alimentos a serem colhidos por m2, por exemplo, a alface produz doze unidades por m2 e o repolho seis unidades por m2. O tamanho da horta depende do número de pessoas consumidoras das hortaliças.
É necessário um terreno de 10 m2 para satisfazer as necessidades de verduras e legumes de uma pessoa e mais 2 m2 de sementeira. Para uma família de 5 pessoas serão necessários pelos menos 50 m2 de canteiro.
Quando semear?
Em primeiro lugar deve ser considerada a época adequada para cada espécie e cultivar, segundo a recomendação técnica. Geralmente na embalagem da semente vem a indicação do período mais favorável de semeadura.
Em segundo lugar, a horta precisa ter uma seqüência de colheita para algumas hortaliças, de consumo diário, como a alface. Para que haja colheita diária, Você deve planejar novo cultivo, levando em conta o tempo de crescimento da planta, somando ao tempo de duração da colheita.
As hortaliças de consumo constante e que produzem o ano todo, como alface, cenoura, almeirão, beterraba, entre outras, deverão ser plantadas em áreas parceladas, todos os meses ou a cada 15 dias.
No caso de hortaliças que produzem melhor no verão (ex.: pimentão ou berinjela) ou no inverno (ex.: morango), também será importante o parcelamento em três ou quatro parcelas, desse modo estendendo-se o período de produção. Marque sempre as datas do plantio e da colheita!
Observação!
Diversidade de cultivos: o sistema orgânico recomenda a diversidade de cultivos como fator para manter a população de inimigos naturais na área.
Desta forma, devem ser implantados no mínimo 3 a 4 cultivos simultâneos. Quanto maior a presença de flores ou faixas de plantas como girassol, camomila, sorgo, entre outras, são importantes para manter a presença desses inimigos naturais.
Diversidade biológica: plantios consorciados, rotação de culturas, adubações verde, abrigos para insetos polinizadores e inimigos naturais.
Associação ou consorciação de cultivos:
Visando o melhor aproveitamento dos canteiros domésticos pode ser feita a consorciação de cultivos. Para isso, poderá ser plantada uma hortaliça de ciclo mais curto entre as linhas daquela que vai levar mais tempo para ser colhida. Também as bordas dos canteiros podem ser aproveitadas, com plantas que vão bem nos dois sistemas, caso da alface e rabanete.
DICA!
Rotação de culturas
Na área ou no canteiro deve haver a rotação de cultivos, com uma seqüência de hortaliças de famílias diferentes. Essa alternância de culturas permitirá melhor aproveitamento dos nutrientes do solo, quebra do ciclo de pragas e doenças, assim como a maior incorporação de matéria orgânica no solo. Por exemplo, após o cultivo de uma folhosa como alface, colocar no lugar uma hortaliça de raiz, como a cenoura.
Formas de associação das hortaliças
Cenoura consorciada com crotalária spectabilis, para o controle de nematóides;
Consorciar quiabo, tomate com feijão-de-porco ou mucuna-anã ou cravo-de-defunto ou guandu-anão para o combate de nematóides e pragas em geral;
Cultivos de hortaliças em geral consorciadas com tefrósia, crotalária juncea, mucuna-anã ou girassol;
Batata-doce ou mandioca consorciadas com crotalárias;
Berinjela, pimentão ou inhame consorciados com caupi ou crotalárias;
Quiabo consorciado com crotalárias;
Couve de folha consorciada com mucuna-anã ou crotalária spectabilis.
CONVERSE COM UM AGRÔNOMO!
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS PRINCIPAIS
- Enxadão
- Enxada
- Pá
- Foice
- Rastelo
- Carrinho de pedreiro
- Estaquinhas
- Barbante
- Marreta Pequena
- Enxadinhas de carpir
- Régua de sulcar
- Regador ou mangueira
USO DO COMPOSTO ORGÂNICO
É um ótimo adubo, obtido à partir da decomposição de variados restos vegetais, quando misturados com terra, umedecidos e revirado a cada dez dias.
Faça seu próprio adubo orgânico empilhando 40 cm de vegetais finos e 01 cm de terra, ou esterco de animais, em camadas superpostas até 1,5m de altura.
É rico em nitrogênio, elemento necessário ao perfeito desenvolvimento da parte foliar das culturas. Estará pronto quando cessar a fermentação e o calor no interior do monte.
Fontes consultadas:
PENTEADO, SILVIO ROBERTO
Horta Doméstica e Comunitária Sem Veneno
Silvio Roberto Penteado - Campinas-SP
Janeiro 2006 - p. 148
SOUZA, JACIMAR LUIZ
Cultivo Orgânico de Hortaliças - Sistema de Produção
Viçosa-MG, CPT, 1999
154 p.
TESSARIOLI NETO, JOÃO & ROSSI, FABRÍCIO
Horta Caseira - Adubação e Controle de Pragas e Doenças
Viçosa-MG, CPT, 2002
114 p.
SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
http://www.agroportal.sp.gov.br/
Categoria: Horta orgânica
Fonte: Gustavo Libardi - Graduando em Engenharia Agronômica - Esalq/USP / Supervisão: Ricardo Cerveira
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