Estudo relaciona alimento transgênico a perda de fertilidade

Um estudo publicado esta semana pelo governo da Áustria identificou sérios riscos para a saúde em alimentos transgênicos. Em um dos raros estudos sobre efeitos de longo prazo, a fertilidade de ratos alimentados com milho transgênico mostrou-se severamente debilitada, com menos descendentes sendo gerados do que ratos alimentados com plantas naturais.

O estudo foi financiado pelos ministérios austríacos de Agricultura e Saúde e foi apresentado no dia 11 em um seminário científico em Viena. Os pesquisadores austríacos conduziram diversos experimentos de longo prazo com ratos de laboratório por um período de 20 semanas. Um dos estudos foi para a avaliação reprodutiva pela procriação contínua, em que a mesma geração de ratos parentais produzem diversas ninhadas de filhotes. Os pais foram alimentados com uma dieta contendo 33% de uma variedade de milho transgênico (NK 603 x MON 810), ou com uma variedade similar de milho não transgênico. Foi encontrado um decréscimo estatisticamente significativo na terceira e quarta ninhadas dos ratos alimentados com milho transgênico, em comparação com o grupo controle. As duas variedades transgênicas testadas estão liberadas no Brasil.

A variedade transgênica usada no estudo, pertencente à Monsanto, é tolerante a herbicida e tóxica a insetos-praga. Ela foi aprovada para o plantio e o consumo em diversos países, incluindo os EUA, Argentina, Japão, Filipinas e África do Sul. No México e na União Européia ela não é aprovada para o plantio, mas é aprovada para o consumo.

Para o Dr. Jan van Aken, especialista em transgênicos do Greenpeace Internacional, "Este estudo é mais um exemplo de que a segurança dos transgênicos para a alimentação humana e animal não está garantida. A toxicidade reprodutiva deste milho transgênico foi um resultado totalmente inesperado, entretanto as autoridades ao redor do mundo consideraram este milho transgênico uma variedade segura [a CTNBio entre elas] - um erro potencialmente devastador."

Fonte: Greenpeace International
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