Consumo Seguro de Aspartame

Segundo o órgão internacional americano Food and Drug Administration (FDA), o uso do adoçante aspartame é seguro dentro da recomendação da ingestão diária aceitável (IDA) equivalente a, no máximo, 50 mg/kg de peso/dia. No Brasil, o Ministério da Saúde adota a concentração de até 40 mg/kg de peso/dia.

Mesmo com a aprovação desse adoçante, o FDA continua realizando investigações científicas para saber se há efeitos adversos para a saúde humana, porém, nenhuma evidência foi comprovada até o momento da redação deste texto. O FDA afirma, ainda, que entre a população norte-americana o consumo de aspartame está abaixo do recomendado.

A discussão em relação aos possíveis efeitos adversos do uso do aspartame permanece em aberto. Existem evidências de que produtos resultantes do metabolismo do aspartame, como o metanol, o formaldeído (na concentração de 1-3 mmol/litro) podem prejudicar a viabilidade de timócitos (células do timo) de ratos. Em estudos realizados em humanos, pesquisadores norte-americanos avaliaram a ingestão de aspartame em casos de relatos de dores de cabeça, ataques do pânico, derrames, carcinogênese e reações alérgicas em indivíduos sensíveis a este adoçante. Porém, os autores não encontraram nenhum efeito tóxico associado ao consumo desse adoçante.

Tanto o Ministério da Saúde brasileiro quanto o FDA alertam que é obrigatório informar nos rótulos de produtos contendo aspartame a presença de fenilalanina. Indivíduos com fenicetonúria possuem deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase, resultando no acúmulo de fenilalanina no sangue, podendo causar danos cerebrais irreversíveis. Portanto, até o momento, apenas para essas pessoas o aspartame está contra-indicado.



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Fonte: NUTRITOTAL
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