Promoções do tipo pague 2 leve 3 nem sempre são vantajosas

SÃO PAULO - Comuns em supermercados, drogarias, entre outros estabelecimentos, as promoções do tipo "leve 3 e pague 2" nem sempre são realmente vantajosas para o consumidor. O alerta é do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

Em uma pesquisa realizada pela entidade, o Instituto constatou, por exemplo, o caso de um papel higiênico que oferecia ao consumidor 200 metros pelo preço de 180 metros, sendo que o valor do metro era de R$ 0,036.

Contudo, o mesmo produto (quatro rolos de 50 metros cada) que não possuía o desconto tinha o metro vendido a R$ 0,037. Ou seja, na realidade, no produto em promoção, o consumidor estava pagando por 196,8 metros e não por 180 metros, como o que fora anunciado. Se a promoção fosse respeitada, diz o Idec, o valor do pacote promocional deveria ser 10% menor que o do comum, saindo a R$ 0,034 por metro.

O que fazer?

Em situações como estas, segundo o Idec, o vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), Martinho Paiva Moreira, orienta ao cliente que procure pela gerência para que o preço do produto seja corrigido.

"Se o consumidor encontrar uma promoção desse tipo sendo desrespeitada, deve avisar na hora o gerente do supermercado, para que o preço seja mudado."

Outra maneira de coibir propagandas enganosas como estas, na opinião do Idec, é a adoção, por parte dos estabelecimentos comerciais, da informação do preço por unidade de medida (quilograma, litro ou metro).

Além de proteger e facilitar a comparação de preços para o consumidor, avalia a entidade, a medida deve evitar a maquiagem de produtos, que ocorre, por exemplo, quando uma mercadoria diminui de tamanho sem aviso prévio e sem ter o prazo reduzido proporcionalmente.

"Muitas vezes o consumidor nem percebe a maquiagem. Um iogurte que passa de 200g para 180g, por exemplo, mal é percebido. O consumidor acha que está mais barato, mas não é isso, é porque vem menos quantidade de produto", disse o promotor de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro, Júlio Machado.
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