O que você consome?
Saiba interpretar as informações nutricionais dos rótulos de alimentos
Por Natália Dourado
Grande parte das pessoas que compram alimentos industrializados nos supermercados mal repara nas informações que estão contidas nos rótulos dos produtos. Os dados nutricionais são essenciais para sabermos se estamos consumindo, por exemplo, algo rico em proteínas ou um alimento que possa prejudicar nossa saúde.
Ana Ceregatti, nutricionista especializada em alimentação saudável e vegetariana, recomenda que o consumidor preste bastante atenção na lista de ingredientes para descobrir se o alimento possui muito açúcar, corante, gordura trans e sal. “Também é fundamental analisar o tamanho da porção porque quase todas as pessoas consomem mais do que está indicado”, ressalta ela. A porção que vem no rótulo é a quantidade média do alimento que deve ser consumida para se manter uma alimentação saudável.
A nutricionista explica que se um pacote de bolacha indica como porção duas unidades do biscoito e o consumidor come metade do pacote de uma só vez, ele está ingerindo maiores quantidades de ingredientes do que aquelas publicadas no rótulo, o que prejudica a saúde.
Informações não muito claras
Em outros casos, deve-se tomar cuidado com algumas informações que as empresas alimentícias podem omitir do rótulo. “Por exemplo, se numa porção de torradas o teor de gordura trans for menor do que 0,2 gramas, o fabricante não precisa declarar que seu produto tem essa gordura”, diz Ana Ceregatti. Portanto, é comum encontrar escrito em alguns rótulos de torradas 0% de gordura trans, mas mesmo assim algumas marcas do produto possuem a gordura.
A gordura trans é formada a partir da hidrogenação de óleos vegetais; é a gordura fabricada pelas indústrias alimentícias. Ela dá mais plástica, formato e crocância para os alimentos, no entanto, entope veias e eleva o colesterol ruim. Esse tipo de gordura pode ser identificada com as seguintes denominações: gordura vegetal, gordura hidrogenada ou gordura vegetal hidrogenada. Se um desses nomes estiver na lista de ingredientes, o produto possui gordura trans.
Além disso, alguns corantes, aditivos químicos e realçadores de sabor que causam alergias não são identificados no rótulo, é o que alerta Manuela Dias, nutricionista e pesquisadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Pro Teste. “O que aparece no rótulo é o nome e o número químico do aditivo. O consumidor não conhece essas denominações. Deveria estar escrito que o alimento possui aditivo químico, mas, às vezes, não encontramos esses dados”, afirma ela.
Light e diet
Manuela também destaca que muitas pessoas confundem o que é light e diet e acabam comprando alimentos errados: “Muita gente pensa que produtos diet não têm açúcar, associando esse tipo de alimento aos diabéticos. Porém, isso não é uma regra.”
Segundo ela, alimentos diet excluem um nutriente de sua composição como, por exemplo, gordura, sal ou açúcar; pode ser qualquer um deles e não necessariamente o açúcar. A nutricionista indica que nem sempre o diet é um produto mais saudável, já que “o chocolate diet não possui açúcar, mas tem mais gordura do que o comum”.
Por outro lado, produtos light apresentam 25% a menos de algum nutriente do alimento do que na versão tradicional. Na maioria dos casos, o nutriente que está em quantidade reduzida é a gordura e por isso o light é tido como um alimento menos calórico.
Produtos enriquecidos
É comum encontrarmos diversos produtos fortificados com ferro, vitaminas, cálcio e fibras, mas será que a embalagem diz a verdade ou é uma forma de atrair mais consumidores? Para a nutricionista da Pro Teste, a maioria desses produtos realmente são enriquecidos, apresentando sobredosagem de algum nutriente.
“A quantidade em excesso não causa problemas para a saúde, somente no caso dos suplementos alimentares. Mesmo assim, é melhor comer frutas do que bolachas vitaminadas”, aconselha Manuela.
Para ela, o marketing da indústria de alimentos é covarde porque tenta convencer que os produtos industrializados são melhores do que a alimentação natural. Já Ana Ceregatti afirma que as propagandas afetam principalmente as crianças, que acabam substituindo refeições por salgadinhos e doces.
Informação nutricional obrigatória no rótulo
- Nome do fabricante
- Lote
- Número do sac
- Validade
- Porção em medida caseira
- Quantidade por porção (% VD) - número em percentual que indica o quanto o produto apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta 2 mil calorias.
- Lista de ingredientes
- Tabela nutricional com a quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar, sódio e valor energético.
Fonte: http://eyoga.uol.com.br/
Por Natália Dourado
Grande parte das pessoas que compram alimentos industrializados nos supermercados mal repara nas informações que estão contidas nos rótulos dos produtos. Os dados nutricionais são essenciais para sabermos se estamos consumindo, por exemplo, algo rico em proteínas ou um alimento que possa prejudicar nossa saúde.
Ana Ceregatti, nutricionista especializada em alimentação saudável e vegetariana, recomenda que o consumidor preste bastante atenção na lista de ingredientes para descobrir se o alimento possui muito açúcar, corante, gordura trans e sal. “Também é fundamental analisar o tamanho da porção porque quase todas as pessoas consomem mais do que está indicado”, ressalta ela. A porção que vem no rótulo é a quantidade média do alimento que deve ser consumida para se manter uma alimentação saudável.
A nutricionista explica que se um pacote de bolacha indica como porção duas unidades do biscoito e o consumidor come metade do pacote de uma só vez, ele está ingerindo maiores quantidades de ingredientes do que aquelas publicadas no rótulo, o que prejudica a saúde.
Informações não muito claras
Em outros casos, deve-se tomar cuidado com algumas informações que as empresas alimentícias podem omitir do rótulo. “Por exemplo, se numa porção de torradas o teor de gordura trans for menor do que 0,2 gramas, o fabricante não precisa declarar que seu produto tem essa gordura”, diz Ana Ceregatti. Portanto, é comum encontrar escrito em alguns rótulos de torradas 0% de gordura trans, mas mesmo assim algumas marcas do produto possuem a gordura.
A gordura trans é formada a partir da hidrogenação de óleos vegetais; é a gordura fabricada pelas indústrias alimentícias. Ela dá mais plástica, formato e crocância para os alimentos, no entanto, entope veias e eleva o colesterol ruim. Esse tipo de gordura pode ser identificada com as seguintes denominações: gordura vegetal, gordura hidrogenada ou gordura vegetal hidrogenada. Se um desses nomes estiver na lista de ingredientes, o produto possui gordura trans.
Além disso, alguns corantes, aditivos químicos e realçadores de sabor que causam alergias não são identificados no rótulo, é o que alerta Manuela Dias, nutricionista e pesquisadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Pro Teste. “O que aparece no rótulo é o nome e o número químico do aditivo. O consumidor não conhece essas denominações. Deveria estar escrito que o alimento possui aditivo químico, mas, às vezes, não encontramos esses dados”, afirma ela.
Light e diet
Manuela também destaca que muitas pessoas confundem o que é light e diet e acabam comprando alimentos errados: “Muita gente pensa que produtos diet não têm açúcar, associando esse tipo de alimento aos diabéticos. Porém, isso não é uma regra.”
Segundo ela, alimentos diet excluem um nutriente de sua composição como, por exemplo, gordura, sal ou açúcar; pode ser qualquer um deles e não necessariamente o açúcar. A nutricionista indica que nem sempre o diet é um produto mais saudável, já que “o chocolate diet não possui açúcar, mas tem mais gordura do que o comum”.
Por outro lado, produtos light apresentam 25% a menos de algum nutriente do alimento do que na versão tradicional. Na maioria dos casos, o nutriente que está em quantidade reduzida é a gordura e por isso o light é tido como um alimento menos calórico.
Produtos enriquecidos
É comum encontrarmos diversos produtos fortificados com ferro, vitaminas, cálcio e fibras, mas será que a embalagem diz a verdade ou é uma forma de atrair mais consumidores? Para a nutricionista da Pro Teste, a maioria desses produtos realmente são enriquecidos, apresentando sobredosagem de algum nutriente.
“A quantidade em excesso não causa problemas para a saúde, somente no caso dos suplementos alimentares. Mesmo assim, é melhor comer frutas do que bolachas vitaminadas”, aconselha Manuela.
Para ela, o marketing da indústria de alimentos é covarde porque tenta convencer que os produtos industrializados são melhores do que a alimentação natural. Já Ana Ceregatti afirma que as propagandas afetam principalmente as crianças, que acabam substituindo refeições por salgadinhos e doces.
Informação nutricional obrigatória no rótulo
- Nome do fabricante
- Lote
- Número do sac
- Validade
- Porção em medida caseira
- Quantidade por porção (% VD) - número em percentual que indica o quanto o produto apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta 2 mil calorias.
- Lista de ingredientes
- Tabela nutricional com a quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar, sódio e valor energético.
Fonte: http://eyoga.uol.com.br/
Post a Comment