Pesquisa revela como fibrina estica para formar coágulos

Polímero tanto estanca hemorragia quanto constrói coágulos nocivos.
Extensibilidade torna substância base de desenvolvimento de biomateriais.


Imagem colorizada de trombo em artéria coronária de paciente que teve ataque cardíaco. As fibras de fibrina são marrons; plaquetas estão em cinza; eritrócitos (hemácias) em vermelho e leucócitos, verde. (Foto: John Weisel/Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia)

Fibrina, o principal "ingrediente" da coagulação sanguínea, é um polímero notavelmente versátil. De um lado, forma o tecido fibroso que estanca hemorragias. De outro, serve como “andaime” para trombos, os coágulos que bloqueiam vasos sanguíneos, causam danos aos tecidos e resultam em enfarte do miocárdio, derrame isquêmico e outras doenças cardiovasculares. Essa força e versatilidade foram objeto de pesquisa publicada nesta quinta-feira (6) na “Science”. Cientistas da Universidade da Pensilvânia se debruçaram sobre o “desdobramento” que permite à fibrina manter suas notáveis e contraditórias características.

Dominar a mecânica molecular dos coágulos vai ajudar na concepção de novos tratamentos não apenas para preveni-los ou removê-los, nos casos em que podem acabar em ataque cardíaco ou derrame cerebral, mas também para estimular a coagulação em pessoas com desordens hemorrágicas. As características incomuns da fibrina também podem ser aproveitadas no desenvolvimento de materiais sintéticos baseados em sua biologia.

Os pesquisadores descobriram que, à medida que a fibrina estica, seu volume diminui. Para um estiramento de 3 vezes o tamanho inicial, seu volume reduz a um décimo. Essa extensibilidade permite que a fibrina estique durante a cura de uma ferida ao mesmo tempo em que permanece suficientemente permeável para permitir sua destruição por enzimas quando não é mais necessária.
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