Síndrome metabólica está associada à disfunção sexual, revela estudo
Essa Síndrome é constituída de pelo menos três dentre os cinco fatores de risco cardiovasculares abaixo:
• Circunferência da cintura maior que 94cm nos homens e maior que 80cm nas mulheres
• Triglicérides maior que 150 mg/dl
• Níveis de HDL-colesterol ("bom colesterol") menor que 40 mg/dl nos homens ou menor que 50 mg/dl nas mulheres
• Pressão arterial maior que 130/80 mm Hg
• Glicose em jejum elevada, maior que 100 mg/dL (5.6 mmol/L), ou diabetes tipo 2 previamente diagnosticado
As pessoas com síndrome metabólica têm pelo menos duas vezes maior risco de doença cardiovascular e cinco vezes mais chances de desenvolver diabetes, em comparação com aquelas sem a condição. E a síndrome também está fortemente associada com a disfunção erétil, hipogonadismo e disfunção sexual feminina. Porém, segundo especialistas, poucos estudos abordam o tratamento dessas disfunções no contexto da síndrome metabólica, limitando-se a observar os efeitos na função sexual após correção dos fatores de risco individuais. Este padrão poderia ser resultado da falta de compreensão de sua patogenia.
Nesse sentido, pesquisadores portugueses realizaram uma revisão na literatura com o objetivo de atualizar as evidências clínicas e experimentais a respeito da função sexual em pacientes com síndrome metabólica de ambos os sexos. Através da base de pesquisas MEDLINE, foram buscados os termos "síndrome metabólica", "obesidade", "disfunção sexual feminina", "disfunção erétil", "deficiência androgênica", "perda de peso" e "cirurgia bariátrica".
As análises mostraram que a perda de peso não-cirúrgica resultou em melhora da função sexual, ao passo que a eficácia da cirurgia bariátrica para redução do estômago (bypass gástrico) ainda necessita de confirmação através de estudos clínicos adequados. Com isso, os pesquisadores concluíram que, em vista do aumento global da incidência de síndrome metabólica, mais indivíduos podem vir a experimentar algum tipo de disfunção sexual, e uma avaliação sistemática deveria ser realizada nesta população a fim de identificar aqueles que necessitem de intervenção. Além disso, observou-se que a perda de peso por métodos que não envolvam cirurgia leva a melhora da função sexual.
Fonte: Journal of Sexual Medicine. Volume 6, Issue 11, Oct 2009. Pages 2958 – 2975
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