Qual a interação imunológica entre probióticos e barreira intestinal?
Os probióticos são microorganismos vivos que apresentam efeitos benéficos ao hospedeiro. Quando ingeridos em determinadas quantidades, equilibram a microflora intestinal, melhorando o balanço microbiano intestinal e contribuindo para a saúde humana (1,2).
Estudos científicos têm ressaltado a importância da ação dos probióticos no organismo humano. São consideráveis as evidências de seu desempenho na prevenção e/ou como coadjuvante no tratamento de patologias; no antagonismo aos agentes patogênicos presentes; na proteção contra infecções, por bloquear a colonização de microorganismos patogênicos; no efeito de barreira microbiana da defesa (3-5); e melhorando os parâmetros de defesa do sistema imunológico intestinal.
Na microflora intestinal existem diferentes tipos de microorganismos (mais de 500 espécies) que interagem entre si. O balanço adequado destes microorganismos é necessário para equilibrar as funções gastrintestinais, sendo constituinte fundamental da barreira intestinal de defesa por facilitar a digestão e a absorção de certos nutrientes, garantindo a eliminação de determinados resíduos tóxicos (por meio do trânsito intestinal regular) e proporcionando o funcionamento adequado do intestino (6).
Estudos científicos demonstram influência no consumo de alimentos contendo probióticos (Lactobacillus acidophillus, bulgárico e casei) com o aumento da resposta imune – devido o aumento da atividade fagocitária, a síntese de imunoglobulina (IgA), e pela ativação dos linfócitos T e B (6,7).
Os probióticos interagem diretamente no sistema imunológico intestinal, que permite a comunicação dos linfócitos T e B com as células de outros tecidos. A mucosa intestinal contém agregados linfóides organizados com as placas de Peyer e folículos isolados, que se estendem através da mucosa e submucosa do intestino delgado, formando o tecido linfóide associado ao intestino (GALT) e o tecido linfóide associado à mucosa (MALT). Uma reposta imunológica iniciada no MALT pode promover o bom funcionamento da função gastrintestinal, regularizando a resposta imune e aumentando a produção de IgA secretora (7,8).
Nesse sentido, pesquisadores avaliaram produtos lácteos e as funções das cepas de bactérias com uma cultura específica: Bifidobacterium animalis DN-173 010. Estes alimentos demonstraram ter efeitos benéficos na interação da produção de ácidos orgânicos com a redução do pH, que parecem contribuir, entre outros fatores, para a regularização do trânsito intestinal devido à correlação entre a melhora dos movimentos do cólon e a elevação simultânea da quantidade de bifidobactérias presentes nas fezes, além de estimular a produção de citoquinas (indução de interleucina 10) nas células sanguíneas (8-10).
Portanto, os probióticos contribuem para a melhora da atividade imunológica intestinal, atuando também na barreira intestinal. Vale ressaltar que nem todos os probióticos possuem a mesma eficácia, pois dependem das cepas envolvidas, cada qual com efeitos específicos distintos.
Thais Verdi Nabholz
Nutricionista. Especialista em Bioquímica, Fisiologia, Treinamento e Nutrição Desportiva. Nutricionista Responsável pelo departamento de Check Up Esportivo, Cardíaco e Clínico da Terapia Nutricional. Diretora da T N - Consultoria e Assessoria em Nutrição Completa e da Clínica Nutricional Thais Nabholz. Autora do livro Nutrição Esportiva, editora Sarvier.
Referências:
1. Fuller R. Probiotics in man and animals. J. Appl. Bacterio. 1989;66:365- 378.
2. Penna F.J, Filho L.A.P, Calçado A.C, Junior H.R, Nicoli J.R. Bases experimentais e clínicas atuais para o emprego dos probióticos. J Pediatr (RJ). 2000;( 2):209S-217S.
3. Rolfe R.D. The role of probiotic cultures in the control of gastrointestinal health. J Nutr. 2000;130 (2S):396S-402S.
4. Brady L.J, Gallaher D.D, Busta F.F. The role of probiotic cultures in the prevention of colon cancer. J Nutr. 2000;130(2):410S-414S.
5. Phuapradit P, Varavithya W, Vathanophas K, Sanghai R, Podhipak A, Suthutyoravut U, et al. Reduction of rotavirus Infection in children receiving bifidobacteria-supplemented formula. J Med Assoc Thai. 1999;82(1S):43S-438S.
6. Rolfe R.D. The role of probiotic cultures in the control of gastrointestinal health. J Nutr. 2000;130(2S):396S-402S.
7. Matsuzaki T, Chin J. Modulating immune responses with probiotic bacteria. Immunol Cell Biol. 2000;78:67-73.
8. Isolauri E, Sütas Y, Kankaanpää P, Arvilommi H et al. Probiotics: effects on immunity. Am J Clin Nutr. 2001;73(suppl):444S50S.
9. Salminen S, Bouley C, BoutronRuault MC, Cummings JH, et al. Funtional food science and gastrointestinal physiology and function. Brit J Nut. 1998;80(suppl.1):147S171S.
10. Vanderhoof JA. Probiotcs: future directions. Am J Clin Nutr. 2001;73(suppl):1152S5S.
Estudos científicos têm ressaltado a importância da ação dos probióticos no organismo humano. São consideráveis as evidências de seu desempenho na prevenção e/ou como coadjuvante no tratamento de patologias; no antagonismo aos agentes patogênicos presentes; na proteção contra infecções, por bloquear a colonização de microorganismos patogênicos; no efeito de barreira microbiana da defesa (3-5); e melhorando os parâmetros de defesa do sistema imunológico intestinal.
Na microflora intestinal existem diferentes tipos de microorganismos (mais de 500 espécies) que interagem entre si. O balanço adequado destes microorganismos é necessário para equilibrar as funções gastrintestinais, sendo constituinte fundamental da barreira intestinal de defesa por facilitar a digestão e a absorção de certos nutrientes, garantindo a eliminação de determinados resíduos tóxicos (por meio do trânsito intestinal regular) e proporcionando o funcionamento adequado do intestino (6).
Estudos científicos demonstram influência no consumo de alimentos contendo probióticos (Lactobacillus acidophillus, bulgárico e casei) com o aumento da resposta imune – devido o aumento da atividade fagocitária, a síntese de imunoglobulina (IgA), e pela ativação dos linfócitos T e B (6,7).
Os probióticos interagem diretamente no sistema imunológico intestinal, que permite a comunicação dos linfócitos T e B com as células de outros tecidos. A mucosa intestinal contém agregados linfóides organizados com as placas de Peyer e folículos isolados, que se estendem através da mucosa e submucosa do intestino delgado, formando o tecido linfóide associado ao intestino (GALT) e o tecido linfóide associado à mucosa (MALT). Uma reposta imunológica iniciada no MALT pode promover o bom funcionamento da função gastrintestinal, regularizando a resposta imune e aumentando a produção de IgA secretora (7,8).
Nesse sentido, pesquisadores avaliaram produtos lácteos e as funções das cepas de bactérias com uma cultura específica: Bifidobacterium animalis DN-173 010. Estes alimentos demonstraram ter efeitos benéficos na interação da produção de ácidos orgânicos com a redução do pH, que parecem contribuir, entre outros fatores, para a regularização do trânsito intestinal devido à correlação entre a melhora dos movimentos do cólon e a elevação simultânea da quantidade de bifidobactérias presentes nas fezes, além de estimular a produção de citoquinas (indução de interleucina 10) nas células sanguíneas (8-10).
Portanto, os probióticos contribuem para a melhora da atividade imunológica intestinal, atuando também na barreira intestinal. Vale ressaltar que nem todos os probióticos possuem a mesma eficácia, pois dependem das cepas envolvidas, cada qual com efeitos específicos distintos.
Thais Verdi Nabholz
Nutricionista. Especialista em Bioquímica, Fisiologia, Treinamento e Nutrição Desportiva. Nutricionista Responsável pelo departamento de Check Up Esportivo, Cardíaco e Clínico da Terapia Nutricional. Diretora da T N - Consultoria e Assessoria em Nutrição Completa e da Clínica Nutricional Thais Nabholz. Autora do livro Nutrição Esportiva, editora Sarvier.
Referências:
1. Fuller R. Probiotics in man and animals. J. Appl. Bacterio. 1989;66:365- 378.
2. Penna F.J, Filho L.A.P, Calçado A.C, Junior H.R, Nicoli J.R. Bases experimentais e clínicas atuais para o emprego dos probióticos. J Pediatr (RJ). 2000;( 2):209S-217S.
3. Rolfe R.D. The role of probiotic cultures in the control of gastrointestinal health. J Nutr. 2000;130 (2S):396S-402S.
4. Brady L.J, Gallaher D.D, Busta F.F. The role of probiotic cultures in the prevention of colon cancer. J Nutr. 2000;130(2):410S-414S.
5. Phuapradit P, Varavithya W, Vathanophas K, Sanghai R, Podhipak A, Suthutyoravut U, et al. Reduction of rotavirus Infection in children receiving bifidobacteria-supplemented formula. J Med Assoc Thai. 1999;82(1S):43S-438S.
6. Rolfe R.D. The role of probiotic cultures in the control of gastrointestinal health. J Nutr. 2000;130(2S):396S-402S.
7. Matsuzaki T, Chin J. Modulating immune responses with probiotic bacteria. Immunol Cell Biol. 2000;78:67-73.
8. Isolauri E, Sütas Y, Kankaanpää P, Arvilommi H et al. Probiotics: effects on immunity. Am J Clin Nutr. 2001;73(suppl):444S50S.
9. Salminen S, Bouley C, BoutronRuault MC, Cummings JH, et al. Funtional food science and gastrointestinal physiology and function. Brit J Nut. 1998;80(suppl.1):147S171S.
10. Vanderhoof JA. Probiotcs: future directions. Am J Clin Nutr. 2001;73(suppl):1152S5S.
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