Mulher - Em busca do corpo perfeito

De acordo com a nutricionista Rida Sabbagh, os suplementos só devem ser usados quando há acompanhamento de um médico.
Sabbagh explica que os suplementos podem ser usados como complementação alimentar e que o ideal é não usar as substâncias e sim ter uma alimentação adequada. "É claro que com a correria do dia-a-dia muita gente não tem tempo de comer corretamente, então um médico pode avaliar que determinado paciente precisa de suplementos", contou. Sobre os efeitos colaterais por uso indevido, a nutricionista alerta para o risco de tumores no rim, fígado, útero, ovários e mama. Além de poder sobrecarregar o rim.
A jornalista Fabiana Teixeira, 34 anos, faz uso de suplementos com acompanhamento de um nutricionista. "Como eu não tenho uma alimentação adequada para o meu treinamento, meu médico me indicou o uso de suplementos", afirmou. Ela costuma ir à academia todos os dias, quando não consegue fazer seus exercícios não usa os suplementos.
As substâncias mais usadas por mulheres são as proteínas, as que dão massa muscular e o BCA, que é indicado para atletas de alta performance. Segundo o personal trainer Jeorge Silva Araújo, antes elas tinham medo de engordar ao consumir algum suplemento. "Com a chegada de produtos específicos para mulheres, aumentou muito o número de usuárias", disse. O medo da celulite, estria e pele flácida também é um dos motivos para o uso dos suplementos.
O ex-atleta e proprietário de academia André Ibrahim Issa Halah, acredita que é possível ter um bom condicionamento físico sem o uso de suplementos e que o esporte pode passar de aliado a inimigo da saúde em certos casos. "O meu conceito de saúde é encontrar um equilíbrio entre a vida social, o trabalho e o esporte. O exagero sempre faz mal", disse.
Anvisa faz alerta para consumidores
Nos Eua, o órgão responsável por regulamentar o consumo divide as substâncias em três classes, alimentos, suplementos e medicamentos. Já no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) usa somente duas classes, alimentos e medicamentos. "Os suplementos estão em alimentos, por isso são vendidos livremente no mercado, o que é um erro", afirmou a nutricionista Rida Sabbagh. Mesmo substâncias não aprovadas pela Anvisa podem ser facilmente importadas por meio de vendas pela internet, como é o caso da creatina.
A nutricionista alerta para o uso desses produtos não aprovados pela Anvisa, pois muitos contêm anabolizantes e componentes químicos que causam dependência.
O ex-atleta Halah se preocupa com essa prática. "Esse é um mercado que rola muito dinheiro. Suplementos parecidos são usados irregularmente na engorda de bois, só que isso está acontecendo com os nossos filhos", disse.
Fonte: http://www.gazetaderibeirao.com.br/
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