Potencial bioterapêutico dos probióticos - Parasitoses intestinais e Imunodeprimidos

ALAK et al. (1999) avaliaram o efeito da administração de L. acidophilus e de L. reuteri sobre a infecção por Cryptosporidium em camundongos isogênicos imunossuprimidos, usando como parâmetro de comparação a excreção de oocistos. Ambas as espécies de Lactobacillus promoveram a diminuição da excreção de oocistos pelos camundongos, sendo mais expressiva no caso de L. acidophilus. Os autores postularam que a diminuição na produção de oocistos poderia estar associada à presença de substâncias liberadas pelas bactérias probióticas no lume intestinal.

O fato de a infecção por Cryptosporium ser autolimitante em indivíduos imunocompetentes e os animais adultos serem refratários (HARP et al., 1992) limita as possibilidades da modelagem experimental nessa infecção. Por isso, os efeitos da administração de probióticos sobre as infecções por Cryptosporidium têm sido avaliados em animais imunossuprimidos artificialmente (ALAK et al., 1997), animais portadores de mutações genéticas (WATERS et al., 1999) ou animais recém-nascidos (GUITARD et al.,2006).

Camundongos imunossuprimidos pelo vírus da leucemia murina e infectados com C. parvum de origem bovina foram utilizados em ensaio com Lactobacillus reuteri (ALAK et al., 1997). Os autores constataram que os animais suplementados com o probiótico eliminaram o parasita do epitélio intestinal, enquanto os animais não-suplementados persistiam infectados e eliminando oocistos nas fezes. Verificaram também que à medida que se intensificava a colonização intestinal pelo lactobacilo, decrescia a eliminação de oocistos.
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