Quaresma pode criar habito alimentar mais saudável

Ainda faltam 17 dias para o fim da Quaresma, período de jejum e arrependimento tradicionalmente observado pelos católicos e algumas denominações protestantes, em preparação para a Páscoa. Neste período, os participantes comem muito pouco, ou simplesmente deixam de comer algum tipo de comida ou deixam de praticar alguma ação habitual.

Durante os 40 dias que vão da quarta-feira de Cinzas até a Páscoa, é possível observar o aumento do consumo de peixe. Cumprir promessa, manter a tradição religiosa ou simplesmente variar o cardápio. Seja qual for o motivo, o certo é que o consumo de peixe nesta época cresce em média 20%. Em nosso país, apesar da grande área costeira com o mar e a existência de vários rios, o consumo ainda é muito pequeno, o que, segundo o nutricionista Arnaldo Pinheiro, compromete nossa saúde, uma vez que a carne de peixe é mais nutritiva, menos gordurosa, rica em ômega 3, aminoácidos essenciais e vitaminas e minerais, como sadio, potássio, magnésio, cálcio, ferro, fósforo, iodo, flúor, setênio, manganês e cobalto. Além disso possui vitaminas hidrossolúveis como niacina e ácido pantotênico, importantes para o metabolismo energético e de macronutrientes, respectivamente.

Segundo o nutricionista, a maior vantagem do consumo de tal carne é o teor e a presença de ômega 3, um nutriente que reduz o risco de doenças cardiocirculatórias, tem ação antiinflamatória, auxilia na regeneração de neurônios e no desenvolvimento cerebral, tornando-se fundamental na infância. Pode também reduzir o Mal de Alzheimer, demência e cansaço mental, sendo essencial para os idosos, pode contribuir no tratamento da depressão, ansiedade e alterações do sono. É eficaz no tratamento da hipertensão arterial, atua na coagulação sanguínea, alivia dores na artrite reumatóide e protege a pele contra os raios Ultravioletas.

Por ser um produto de fácil digestão, o peixe pode ser consumido empanado, ao molho, assado, ensopado, cozido, grelhados, fritos e até cru, desde que se mantenham os cuidados sanitários e de conservação. No Brasil, o consumo deste tipo de carne tem crescido, apesar de ainda ter menos preferência que as de gordura saturada, como a bovina, suína e de frango. O nutricionista Arnaldo Pinheiro recomenda que não se espere pela Semana Santa e consuma peixe durante todo o ano, de preferência duas vezes por semana.

FALTA DIVULGAÇÃO

Em Francisco Beltrão e região não faltam opções para quem gosta de um bom pescado. Os mais comuns são Pacu, Carpa e Tilápia, preparados das mais diversas formas e encontrados em rios ou nos pesque e pagues, comuns na região. Pedro Cuba é proprietário de um desses pesque e pagues, o Anzol de Ouro, localizado na Linha São João, em Francisco Beltrão. Para ele a vende sempre é boa, aumentando consideravelmente no período da Quaresma, porém, poderia ser uma carne consumida com frequencia caso fosse mais divulgada. “Já é hábito da turma comprar na Quaresma, é uma tradição antiga, mas poderia ser melhor se fosse feita mais divulgação dos benefícios que traz essa carne de peixe”, afirma ele. Dos peixes criados nos tanques em sua propriedade, boa parte é comercializada congelada na feira livre de Francisco Beltrão, onde são cumpridas as exigências sanitárias do SIM/POA.

Fonte: http://www.aquisudoeste.com.br/
(créditos da imagem: Getty Images)
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