Como diagnosticar a bulimia nervosa?

Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), a bulimia é uma síndrome caracterizada por uma grande ingestão alimentar associada, como na anorexia nervosa, a uma preocupação excessiva com o controle do peso corporal. Essa preocupação exagerada com a imagem corporal leva o paciente a realizar métodos compensatórios para seu controle do peso, como vômitos, exercícios físicos, uso de diuréticos, inibidores do apetite, laxantes, dietas restritivas, entre outros. Não ocorre perda de apetite e podem haver episódios de comer compulsivo.

Para diagnosticar a bulimia nervosa, utilizam-se os critérios abaixo do Manual de Estatística e Diagnóstico de Doenças Mentais (DSM-IV), da Associação Psiquiátrica Americana (APA, de 1994).

* Episódios recorrentes de consumo alimentar compulsivo, chamados episódios bulímicos, com as seguintes características: ingestão alimentar em pequeno intervalo de tempo (cerca de 2 horas) com uma quantidade de comida claramente maior do que a maioria das pessoas comeria no mesmo tempo e nas mesmas circunstâncias, a chamada hiperfagia; sensação de perda de controle sobre o comportamento alimentar durante os episódios (como a sensação de não conseguir parar de comer ou controlar o que e quanto come).

* Comportamentos compensatórios inapropriados para prevenir o ganho de peso, como vômito auto-induzido, abuso de laxantes, diuréticos ou outras drogas, dieta
restrita ou jejum ou, ainda, exercícios vigorosos.

* Os episódios bulímicos e os comportamentos compensatórios ocorrem, em média, duas vezes por semana, por pelo menos três meses.

* A auto-avaliação é indevidamente influenciada pela forma e peso corporais.

Os tipos de bulimia nervosa podem ser com ou sem purgação. O tipo purgativo se caracteriza pela auto-indução de vômitos, uso indevido de laxantes e diuréticos, enema. O tipo sem purgação refere-se aqueles que não realizam práticas purgativas, práticas de exercícios excessivos ou jejuns.

Fonte da matéria: NUTRITOTAL.
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