Crises de rinite alérgica são reduzidas com consumo de probiótico
Estudo clínico, prospectivo, randomizado e duplo-cego mostrou que crianças que consumiram leite fermentado contendo o probiótico Lactobacillus casei, durante um ano, tiveram redução em 33% nos episódios de crise de rinite alérgica quando comparadas com crianças que consumiram leite não fermentado.
Participaram da pesquisa 187 crianças entre dois a cinco anos de idade com rinite alérgica e também com asma alérgica. Após serem randomizados, um grupo consumiu 100 ml de leite fermentado contendo 108 unidades formadoras de colônica/ml do Lactobacillus casei (n=92) e o outro grupo, considerado controle, consumiu leite não fermentado (n = 95).
A coleta de dados foi realizada com o auxílio dos pais em relação ao registro dos episódios de asma ou rinite, assim como na ocorrência de sintomas abdominais ou febre. As crianças visitaram os centros de estudos após três, seis, nove e doze meses do início da intervenção. Durante o estudo, foi proibido o consumo de outros produtos com probióticos. Todos os participantes receberam medicação conforme sua condição clínica.
Os resultados mostraram que a redução dos episódios de crise de rinite foi maior após seis meses da ingestão do produto em estudo. “Isso sugere que a melhora no balanço, no perfil metabólico da microflora intestinal e na modulação da resposta imune não são imediatas”, explicam os pesquisadores. Além disso, os sintomas abdominais nas crianças com rinite também tiveram melhora com a ingestão do produto contendo o probiótico, com menor duração dos episódios de diarréia, comparados aos do grupo controle (diferença de 1,0 versus 1,7 dias). Nenhum efeito foi observado com o consumo do leite fermentado contendo probiótico nas crianças com asma.
“Decidimos trabalhar com o Lactobacillus casei por ser uma cepa que sobrevive à passagem pelo trato gastrintestinal, é metabolicamente ativa durante o trânsito intestinal, promove a recuperação da diarréia em crianças e favorece a maturação correta do sistema imune”, argumentam os autores. “Acreditamos que a intervenção a partir da infância pode ser benéfica para a melhora das doenças alérgicas por estimular adequadamente o sistema imune”, concluem.
Referência(s)
Giovannini M, Agostoni C, Riva E, Salvini F, Ruscitto A, Zuccotti GV, et al. A randomized prospective double blind controlled trial on effects of long-term consumption of fermented milk containing Lactobacillus casei in pre-school children with allergic asthma and/or rhinitis. Pediatr Res. 2007;62(2):215-20.
Data: 25/07/2008
Autor(a): Thiago Manzoni Jacintho
Fotógrafo: Camila G. Marques
Participaram da pesquisa 187 crianças entre dois a cinco anos de idade com rinite alérgica e também com asma alérgica. Após serem randomizados, um grupo consumiu 100 ml de leite fermentado contendo 108 unidades formadoras de colônica/ml do Lactobacillus casei (n=92) e o outro grupo, considerado controle, consumiu leite não fermentado (n = 95).
A coleta de dados foi realizada com o auxílio dos pais em relação ao registro dos episódios de asma ou rinite, assim como na ocorrência de sintomas abdominais ou febre. As crianças visitaram os centros de estudos após três, seis, nove e doze meses do início da intervenção. Durante o estudo, foi proibido o consumo de outros produtos com probióticos. Todos os participantes receberam medicação conforme sua condição clínica.
Os resultados mostraram que a redução dos episódios de crise de rinite foi maior após seis meses da ingestão do produto em estudo. “Isso sugere que a melhora no balanço, no perfil metabólico da microflora intestinal e na modulação da resposta imune não são imediatas”, explicam os pesquisadores. Além disso, os sintomas abdominais nas crianças com rinite também tiveram melhora com a ingestão do produto contendo o probiótico, com menor duração dos episódios de diarréia, comparados aos do grupo controle (diferença de 1,0 versus 1,7 dias). Nenhum efeito foi observado com o consumo do leite fermentado contendo probiótico nas crianças com asma.
“Decidimos trabalhar com o Lactobacillus casei por ser uma cepa que sobrevive à passagem pelo trato gastrintestinal, é metabolicamente ativa durante o trânsito intestinal, promove a recuperação da diarréia em crianças e favorece a maturação correta do sistema imune”, argumentam os autores. “Acreditamos que a intervenção a partir da infância pode ser benéfica para a melhora das doenças alérgicas por estimular adequadamente o sistema imune”, concluem.
Referência(s)
Giovannini M, Agostoni C, Riva E, Salvini F, Ruscitto A, Zuccotti GV, et al. A randomized prospective double blind controlled trial on effects of long-term consumption of fermented milk containing Lactobacillus casei in pre-school children with allergic asthma and/or rhinitis. Pediatr Res. 2007;62(2):215-20.
Data: 25/07/2008
Autor(a): Thiago Manzoni Jacintho
Fotógrafo: Camila G. Marques
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