65% do mercado de biscoitos é zero trans

SÃO PAULO, 15 de setembro de 2008 - Um levantamento feito pela Associação Nacional da Indústria de Biscoitos (ANIB) e pelo Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de São Paulo - (Simabesp) mostra que 65% dos biscoitos disponíveis no mercado brasileiro estão livres da gordura trans depois de dois anos de pesquisas e trabalho junto aos fornecedores especializados. "Os fabricantes reagiram imediatamente após terem conhecimento de que a gordura trans pode prejudicar a saúde do consumidor", assegura José dos Santos dos Reis, presidente do Simabesp e vice-presidente da ANIB.

Ele acredita que o uso de gordura trans no setor de biscoitos será extinto num período de dois a três anos, pois os empresários dependem dos fornecedores de matérias primas alternativas, que precisam aumentar a produção de forma a atender toda a indústria de alimentação. "Não são só os biscoitos que precisam de outras opções. Vários setores do mercado de alimentos no País também estão buscando esta substituição", diz.

Este trabalho de adaptação a outras matérias-primas implica, por parte das indústrias, na implantação de novos padrões de tecnologia. "Isso tem causado novos impactos nos custos do processo de produção", alerta Reis. "É muito difícil retirar a gordura trans dos alimentos em curto prazo, pois isso gera a necessidade de uma oferta mais ampla e o aparecimento de novos players no mercado e uma conseqüente estabilização de preços. Isso leva tempo."

Equilíbrio, porém, é a palavra de ordem das duas entidades. O Grupo Técnico de Orientação da ANIB e do Simabesp alerta que só tirar a gordura trans não resolve nenhum problema, pois essa substituição pode aumentar o índice de gorduras saturadas, tão prejudiciais quanto. A preocupação dos fabricantes de biscoitos é encontrar outra alternativa sem interferência na qualidade, no sabor ou na textura dos produtos.

Fonte: JB Online
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