Halitose

Fonte: RgNutri
Saúde & Qualidade de Vida - Patologia & Nutrição

O termo halitose vem do latim halitus (ar expirado), acrescido do sufixo osis (alteração patológica)1, e um dos primeiros registros do mau hálito está em uma passagem do Antigo Testamento da Bíblia, onde Jó (19:17) lamenta-se: “O meu hálito é intolerável à minha mulher...” 2.

A halitose ou mau hálito, sintoma constrangedor com significativo impacto social, é uma condição do hálito na qual este se altera de forma desagradável tanto para o indivíduo como para as pessoas com as quais ele se relaciona, podendo ou não significar uma condição patológica2,3. Ela é, também, uma queixa comum em adultos de ambos os sexos, de ocorrência mundial e pode ser multifatorial, de origem oral ou não oral, decorrentes de alterações nas passagens nasais e pulmonares4,5.


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Em 90% dos casos, o agente causador da halitose encontra-se na boca e pode ser atribuído a cáries dentárias, doença periodontal, infecções orais e principalmente saburra lingual (camada esbranquiçada que reveste a língua, formada por microrganismos, saliva e células epiteliais descamadas, podendo variar de extensão, espessura e viscosidade)1,2,3,6.
A maior concentração de mucina (glicoproteína) na saliva faz com que haja aderência da mesma sobre o dorso lingual. Além da aderência da saliva, há a aderência também de células epiteliais descamadas provenientes da mucosa bucal e de microrganismos anaeróbios proteolíticos que aí encontram dois tipos de substratos: as proteínas da própria saliva e as proteínas das células epiteliais descamadas2.


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A halitose também pode ter origem nas estruturas constituintes das cavidades nasossinusais, da nasofaringe e orofaringe2. Muitas amostras de odor desagradável, raspadas da parte posterior do dorso da língua apresentam semelhança física à composição do muco nasal7. Os indivíduos com problemas otorrinolaringológicos geralmente têm dificuldade de respirar pelo nariz e, muitas vezes, acabam respirando pela boca, o que provoca um aumento da descamação da mucosa bucal, aumenta a viscosidade da saliva e se forma a saburra lingual8.
Com relação aos pulmões e brônquios, existem algumas doenças tais como bronquite crônica, carcinoma brônquico, bronquiectasias, que causam necroses teciduais e ulcerações, produzindo gases de mau cheiro2. Esses gases são liberados na respiração através do ar expirado, causando mau hálito 9,10.

Quanto às doenças gastrointestinais, as mais relacionadas à halitose são: doença do refluxo gastroesofágico, hérnia hiatal, divertículos e síndromes de má absorção2.
O odor e o poder de alcance do mau hálito são suscetíveis a adaptações; na primeira exposição ao cheiro forte, a sensação pode ser intensa, mas dificilmente é sentida passado um minuto, sendo assim, todos os indivíduos são incapazes de medir o próprio mau-hálito11.


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A halitose é um importante fator nas relações sociais e causa preocupação relacionada não apenas a aspectos de saúde, mas também em relação às mudanças psicológicas sofridas que acarretam em um isolamento social6. Os indivíduos que sofrem com o mau hálito criam uma barreira social entre eles e seus amigos, parentes, parceiros e colegas de trabalho12.
Concluindo, é fundamental que o tratamento da halitose envolva aspectos físicos e hábitos do individuo, para que a origem do problema seja inteiramente compreendida.

Referências Bibliográficas:

1. Hine KH. Halitosis. JADA 1957;55(7):37-46.

2. Dal Rio ACC, Nicola AMD, Teixeira ARF. Halitose: proposta de um protocolo de avaliação. Ver Bras Otorrinolaringol. 2007; 73(6):835-842.

3. Tárzia O. Halitose: um desafio que tem cura. 1ª ed. Rio de Janeiro: Ed. de Publicações Biomédicas Ltda; 2003.

4. Brening RH., Sulser GF, Fosdick LS. The determination of halitosis by the use of the osmoscope and the cryoscopic method, J. Dent. Res., 18, 127.

5. Sulser GF, Brening KH., Fosdick LS, Some conditions that affect the odor concentrations of the breath, J. Dent. Res., 18, 355.

6. Sanz M, Roldán S, Herrera D. Fundamentals of Breath Malodour. J Contemp Dent Pract 2001 November 15; 2(4):1-17.

7. Hoshi K, Yamano Y, Mitsunaga A, Shimizu J, Kagawa J, Ogiuchi H. Gastrointestinal
diseases and halitosis: association of gastro Helicobacter pylori infection. Int Dent J 2002;52:207-11.

8. van Steenberghe D. Breath Malodor a step-by-step approach. Quintessence Books 1st ed. Copenhagen; 2004.

9. Rosemberg M. Halitose: perspectivas em pesquisa. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan S.A.; 2003.

10. Tonzetich J. Production and origin of oral malodor: a review of mechanisms and methods of analysis. J Periodontol 1977;48:13-20.

11. Ayers KMS, Colquhoun ANK. Halitosis: causes, diagnosis, and treatment. N Z Dent J 1998 December; 94(418): 156-60. June; 29(3):195-203.

12. Bosy A. Oral malodor: philosophical and practical aspects. J Can Dent Assoc 1997 March; 63(3): 196- 201.

13. Elias MS, Ferriani MGC. Historical and social aspects of halitosis. Rev Latino-am Enfermagem.14(5):821-3, 2006.

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