Estudos apontam que doença aterosclerótica tem início ainda na infância
A Doença Arterial Coronariana (DAC) é caracterizada pelo estreitamento dos vasos sangüíneos que levam o oxigênio ao coração. Isso acontece por conta da aterosclerose, que é o desenvolvimento de placas de gordura nas artérias, que levam os vasos à completa obstrução se não diagnosticada e tratada a tempo. O grande agravante desta doença é que ela é silenciosa, e somente quando a obstrução se torna grave os sintomas começam a aparecer, tais como dores no peito e até mesmo um ataque cardíaco.
Embora estas manifestações clínicas surjam, em geral, na idade adulta, diversos estudos têm demonstrado que a doença aterosclerótica têm começado cada vez mais precocemente, muitas vezes ainda na infância, progredindo significativamente a partir da terceira década de vida.
Isso porque, muitos dos principais fatores de risco, que são colesterol elevado, hipertensão arterial diabetes, sedentarismo, obesidade e estresse, têm sido diagnosticados entre crianças e adolescentes. Aliado à isso, o péssimo hábito do tabagismo, outro grande vilão da doença, também popular entre os jovens.
Em face desta realidade, a dra. Eliana Cotta de Faria, professora-associada do Departamento de Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp), juntamente com os drs. Fabio Bernardi Dalpino e Raquel Takata, respectivamente doutor e mestre em Ciências Médicas na área de Patologia Clínica pela FCM-Unicamp, realizaram estudo denominado Lípides e lipoproteínas séricos em crianças e adolescentes ambulatoriais de um hospital universitário público, publicado na Revista Paulista de Pediatria.
Entre os motivos que incentivaram a realização do trabalho está a carência de estudos realizados no nosso país para estabelecer o perfil lipídico de crianças e adolescentes. “Os que existem demonstraram grande proporção de indivíduos com níveis de colesterol acima do recomendado. Assim, o objetivo deste estudo foi estabelecer a prevalência de dislipidemias em uma amostra populacional ambulatorial de crianças e adolescentes“, afirmam os autores.
Além de alertar para a necessidade do desenvolvimento de outras pesquisas na faixa etária inferior a 20 anos em outros grupos populacionais, para o diagnóstico e o tratamento das dislipidemias, os autores alertam para a necessidade da adoção urgente de medidas preventivas com relação às doenças cardiovasculares, como programas educacionais nas escolas para as crianças e suas famílias. Segundo eles, o exemplo dos pais e familiares deve enfatizar a importância de hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividades físicas regulares.
O Estudo
O estudo foi realizado entre 2000 e 2007 e envolveu 1.937 crianças e adolescentes de dois a 19 anos de idade (sendo 858 do sexo masculino, 1.079 do sexo feminino; sendo 578 entre dois a nove anos e 1.359 de dez a 19 anos), de diferentes classes socioeconômicas, atendidas nos ambulatórios do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (HC-Unicamp), na cidade de Campinas, e em São Paulo (é isso?).
Foram avaliados, na ocasião, colesterol total (CT), HDL-colesterol (lipoproteína de alta densidade), LDL-colesterol (lipoproteína de baixa densidade) e triglicérides (TG). Os pesquisadores encontraram valores alterados de 44, 36 e 56%, respectivamente, nas crianças de dois a nove anos, e 44, 36 e 50%, entre os adolescentes de dez a dezenove anos.
Também observaram redução de HDL-colesterol em 44% das crianças e 49% dos adolescentes, hipercolesterolemia combinada com hipertrigliceridemia em 34% das crianças e dos adolescentes; hipercolesterolemia e hipoalfalipoproteinemia (baixos níveis sanguíneos de HDL-c) em 15% das crianças e 20% dos adolescentes; e hipertrigliceridemia e hipoalfalipoproteinemia em 33% das crianças e 30% dos adolescentes. Os níveis de CT e LDL-C não variaram por sexo, nem o HDL-C com a idade. Os demais parâmetros analisados apresentaram redução significativa na faixa etária de dez a 19 anos.
Com relação às dislipidemias, 44% dos indivíduos apresentaram hipercolesterolemia, 48% hipoalfalipoproteinemia, 36% hiperbetalipoproteinemia (elevados níveis de colesterol contido somente nas LDL-c e nas lipoproteínas de muito baixa densidade) e 52% hipertrigliceridemia. Também foi notada alta freqüência de dislipidemias mistas nas crianças e adolescentes avaliados. As concentrações médias de CT e TG estavam acima dos valores recomendados, assim como o LDL-C na faixa etária de dois a nove anos.
Referência(s)
Lípides e lipoproteínas séricos em crianças e adolescentes ambulatoriais de um hospital universitário público. Revista Paulista de Pediatria. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822008000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt#end. Acessado em 8/07/08.
Agência FAPESP. Risco Precoce. Disponível em:
http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data%5Bid_materia_boletim%5D=8938. Acessado em 8/07/08.
IDEC. Doenças de adultos crescem entre crianças e adolescentes. Disponível em:
http://www.idec.org.br/noticia.asp?id=10441. Acessado em 8/07/08.
Fonte: NUTRITOTAL
www.nutritotal.com.br
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Embora estas manifestações clínicas surjam, em geral, na idade adulta, diversos estudos têm demonstrado que a doença aterosclerótica têm começado cada vez mais precocemente, muitas vezes ainda na infância, progredindo significativamente a partir da terceira década de vida.
Isso porque, muitos dos principais fatores de risco, que são colesterol elevado, hipertensão arterial diabetes, sedentarismo, obesidade e estresse, têm sido diagnosticados entre crianças e adolescentes. Aliado à isso, o péssimo hábito do tabagismo, outro grande vilão da doença, também popular entre os jovens.
Em face desta realidade, a dra. Eliana Cotta de Faria, professora-associada do Departamento de Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp), juntamente com os drs. Fabio Bernardi Dalpino e Raquel Takata, respectivamente doutor e mestre em Ciências Médicas na área de Patologia Clínica pela FCM-Unicamp, realizaram estudo denominado Lípides e lipoproteínas séricos em crianças e adolescentes ambulatoriais de um hospital universitário público, publicado na Revista Paulista de Pediatria.
Entre os motivos que incentivaram a realização do trabalho está a carência de estudos realizados no nosso país para estabelecer o perfil lipídico de crianças e adolescentes. “Os que existem demonstraram grande proporção de indivíduos com níveis de colesterol acima do recomendado. Assim, o objetivo deste estudo foi estabelecer a prevalência de dislipidemias em uma amostra populacional ambulatorial de crianças e adolescentes“, afirmam os autores.
Além de alertar para a necessidade do desenvolvimento de outras pesquisas na faixa etária inferior a 20 anos em outros grupos populacionais, para o diagnóstico e o tratamento das dislipidemias, os autores alertam para a necessidade da adoção urgente de medidas preventivas com relação às doenças cardiovasculares, como programas educacionais nas escolas para as crianças e suas famílias. Segundo eles, o exemplo dos pais e familiares deve enfatizar a importância de hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividades físicas regulares.
O Estudo
O estudo foi realizado entre 2000 e 2007 e envolveu 1.937 crianças e adolescentes de dois a 19 anos de idade (sendo 858 do sexo masculino, 1.079 do sexo feminino; sendo 578 entre dois a nove anos e 1.359 de dez a 19 anos), de diferentes classes socioeconômicas, atendidas nos ambulatórios do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (HC-Unicamp), na cidade de Campinas, e em São Paulo (é isso?).
Foram avaliados, na ocasião, colesterol total (CT), HDL-colesterol (lipoproteína de alta densidade), LDL-colesterol (lipoproteína de baixa densidade) e triglicérides (TG). Os pesquisadores encontraram valores alterados de 44, 36 e 56%, respectivamente, nas crianças de dois a nove anos, e 44, 36 e 50%, entre os adolescentes de dez a dezenove anos.
Também observaram redução de HDL-colesterol em 44% das crianças e 49% dos adolescentes, hipercolesterolemia combinada com hipertrigliceridemia em 34% das crianças e dos adolescentes; hipercolesterolemia e hipoalfalipoproteinemia (baixos níveis sanguíneos de HDL-c) em 15% das crianças e 20% dos adolescentes; e hipertrigliceridemia e hipoalfalipoproteinemia em 33% das crianças e 30% dos adolescentes. Os níveis de CT e LDL-C não variaram por sexo, nem o HDL-C com a idade. Os demais parâmetros analisados apresentaram redução significativa na faixa etária de dez a 19 anos.
Com relação às dislipidemias, 44% dos indivíduos apresentaram hipercolesterolemia, 48% hipoalfalipoproteinemia, 36% hiperbetalipoproteinemia (elevados níveis de colesterol contido somente nas LDL-c e nas lipoproteínas de muito baixa densidade) e 52% hipertrigliceridemia. Também foi notada alta freqüência de dislipidemias mistas nas crianças e adolescentes avaliados. As concentrações médias de CT e TG estavam acima dos valores recomendados, assim como o LDL-C na faixa etária de dois a nove anos.
Referência(s)
Lípides e lipoproteínas séricos em crianças e adolescentes ambulatoriais de um hospital universitário público. Revista Paulista de Pediatria. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822008000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt#end. Acessado em 8/07/08.
Agência FAPESP. Risco Precoce. Disponível em:
http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data%5Bid_materia_boletim%5D=8938. Acessado em 8/07/08.
IDEC. Doenças de adultos crescem entre crianças e adolescentes. Disponível em:
http://www.idec.org.br/noticia.asp?id=10441. Acessado em 8/07/08.
Fonte: NUTRITOTAL
www.nutritotal.com.br
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