Suplementação Protéica em Atletas: Quando Utilizar?
A necessidade de reposição protéica para atletas visando a melhora do desempenho vem de longa data. A lenda sobre Milo de Crotona, um grande lutador grego que viveu em meados de 500 a.c., confirma a preocupação com a dieta rica em proteínas já na antiguidade. Segundo a mitologia, tal lutador tinha sua força atribuída ao consumo elevado de carne - 8,5 kg em um único dia (UCHIDA et al, 2008).
Hoje em dia, a idéia de que atletas precisam de uma dieta rica em proteína para construir e reparar os músculos é muito bem aceita, e também há evidências de que as necessidades protéicas sejam aumentadas entre praticantes de atividade física (SBME, 2009, ADA, 2009). Os músculos são constituídos basicamente de proteínas e seu envolvimento é fundamental para o desempenho em todos os esportes. Constatou-se também o fato de que o exercício regular acarreta numerosos efeitos específicos no metabolismo protéico do organismo (ADA, 2009).
A recomendação da ingestão de proteína da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, para indivíduos atletas que visam o aumento de massa muscular é de 1,6 a 1,7 g/kg de peso por dia. Já para os esportes em que o predomínio é a resistência, o indicado seria 1,2 a 1,6g/kg de peso por dia.
No entanto, alguns fatores são importantes para otimizar o crescimento muscular, dentre eles: assegurar que a ingestão energética na dieta seja suficiente, que, pelo menos, uma quantidade pequena de proteínas e/ou de carboidratos seja consumida imediatamente após cada sessão de treinamento e que o indivíduo descanse bastante entre as sessões de treinamento (HAWLEY; TIPTON; MILLARD-STAFFORD, 2006).
Uma série de estudos indica que a ingestão de proteína com carboidrato durante o período imediato pós-exercício pode beneficiar o atleta por ajudar na síntese de proteínas musculares e na reposição do glicogênio muscular (LEVENHAGEN, 2002; BURKE, 2004; RENNIE, 2004).
Estudos recentes vêm demonstrando efeitos benéficos da suplementação protéica durante o exercício. Recentemente dois estudos sugeriram que o acréscimo de uma pequena quantia de proteína (~2% de proteína de soro de leite) a uma bebida com eletrólitos melhorava a capacidade de endurance comparado à ingestão isolada de uma bebida esportiva (SAUNDERS; KANE; TODD, 2004; IVY et al, 2003).
Sendo assim, alguns estudos sugerem que o consumo de proteínas com carboidrato durante o exercício melhora o desempenho no endurance. Mais estudos devem ser realizados para definir essa discussão, mas deve-se lembrar que não há nenhum mecanismo definido que mostre que a ingestão protéica durante o exercício melhora o desempenho.
O consumo de pequenas quantidades (10-20 g) de proteína de alta qualidade após o exercício promove a síntese de proteína muscular comparada aos carboidratos isoladamente e pode intensificar a resposta do organismo ao treinamento de longa duração (LEVENHAGEN, 2002; BURKE, 2004; RENNIE, 2004).
Referências bibliográficas
ADA - American Dietetic Association. Position of the american dietetic association dietitians of Canada, and the American College of Sports Medicine: Nutrition and Athletic Performance. J Am Diet Assoc. v1.09. p 509-527, 2009
BURKE, L.M., KEINS, B., IVY, J.L. Carbohydrates and fat for training and recovery. J. Sports Sci. 22:15-30, 2004.
HAWLEY, J.A., TIPTON, K.D., MILLARD-STAFFORD, M.L. Promoting training adaptations through nutritional manipulations. J Sports Sci. 24:1-13, 2006.
HERNANDEZ, A.J., NAHAS, R.M. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esporte, v 15, n 3, p 3-12, 2009.
IVY, J.L., RES, P.T., SPRAGUE, R.C., Widzer, M.O. Effect of a carbohydrate-protein supplement on endurance performance during exercise of varying intensity. Int. J. Sports Nutr. Exerc Metab. 13:382-395, 2003.
Levenhagen, D.K., et. al. Postexercise protein intake enhances whole-body and leg protein accretion in humans. Med Sci Sports Exerc. 24:828-837, 2002.
RENNIE, M.J., et. al. Control of the size of the human muscle mass. Annu Rev Physiol. 66:799-828, 2004.
SAUNDERS, M.J., KANE, M.D.,Todd, K.M. Effects of a carbohydrate-protein beverage on cycling endurance and muscle damage. Med. Sci. Sports Exerc. 36:1233-1238, 2004.
Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ações ergogências e potenciais riscos para a saúde. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. v. 9, n. 2, mar/abr 2003.
UCHIDA, M.C., BACURAU, A.V.N., AOKI, M.S., BACURAU, R.F.P. Consumo de aminoácidos de cadeia ramificada não afeta o desempenho de endurance. Rev Bras Med Esporte, v 14, n 1, p 42-45, 2008.
Fonte: RGNUTRI
Hoje em dia, a idéia de que atletas precisam de uma dieta rica em proteína para construir e reparar os músculos é muito bem aceita, e também há evidências de que as necessidades protéicas sejam aumentadas entre praticantes de atividade física (SBME, 2009, ADA, 2009). Os músculos são constituídos basicamente de proteínas e seu envolvimento é fundamental para o desempenho em todos os esportes. Constatou-se também o fato de que o exercício regular acarreta numerosos efeitos específicos no metabolismo protéico do organismo (ADA, 2009).

No entanto, alguns fatores são importantes para otimizar o crescimento muscular, dentre eles: assegurar que a ingestão energética na dieta seja suficiente, que, pelo menos, uma quantidade pequena de proteínas e/ou de carboidratos seja consumida imediatamente após cada sessão de treinamento e que o indivíduo descanse bastante entre as sessões de treinamento (HAWLEY; TIPTON; MILLARD-STAFFORD, 2006).
Uma série de estudos indica que a ingestão de proteína com carboidrato durante o período imediato pós-exercício pode beneficiar o atleta por ajudar na síntese de proteínas musculares e na reposição do glicogênio muscular (LEVENHAGEN, 2002; BURKE, 2004; RENNIE, 2004).
Estudos recentes vêm demonstrando efeitos benéficos da suplementação protéica durante o exercício. Recentemente dois estudos sugeriram que o acréscimo de uma pequena quantia de proteína (~2% de proteína de soro de leite) a uma bebida com eletrólitos melhorava a capacidade de endurance comparado à ingestão isolada de uma bebida esportiva (SAUNDERS; KANE; TODD, 2004; IVY et al, 2003).
Sendo assim, alguns estudos sugerem que o consumo de proteínas com carboidrato durante o exercício melhora o desempenho no endurance. Mais estudos devem ser realizados para definir essa discussão, mas deve-se lembrar que não há nenhum mecanismo definido que mostre que a ingestão protéica durante o exercício melhora o desempenho.
O consumo de pequenas quantidades (10-20 g) de proteína de alta qualidade após o exercício promove a síntese de proteína muscular comparada aos carboidratos isoladamente e pode intensificar a resposta do organismo ao treinamento de longa duração (LEVENHAGEN, 2002; BURKE, 2004; RENNIE, 2004).
Referências bibliográficas
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IVY, J.L., RES, P.T., SPRAGUE, R.C., Widzer, M.O. Effect of a carbohydrate-protein supplement on endurance performance during exercise of varying intensity. Int. J. Sports Nutr. Exerc Metab. 13:382-395, 2003.
Levenhagen, D.K., et. al. Postexercise protein intake enhances whole-body and leg protein accretion in humans. Med Sci Sports Exerc. 24:828-837, 2002.
RENNIE, M.J., et. al. Control of the size of the human muscle mass. Annu Rev Physiol. 66:799-828, 2004.
SAUNDERS, M.J., KANE, M.D.,Todd, K.M. Effects of a carbohydrate-protein beverage on cycling endurance and muscle damage. Med. Sci. Sports Exerc. 36:1233-1238, 2004.
Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ações ergogências e potenciais riscos para a saúde. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. v. 9, n. 2, mar/abr 2003.
UCHIDA, M.C., BACURAU, A.V.N., AOKI, M.S., BACURAU, R.F.P. Consumo de aminoácidos de cadeia ramificada não afeta o desempenho de endurance. Rev Bras Med Esporte, v 14, n 1, p 42-45, 2008.
Fonte: RGNUTRI
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