Existe diferença entre obstipação e constipação intestinal?

A CI é mais prevalente entre mulheres, idosos e crianças. Nas mulheres, algumas das hipóteses causais são danos causados aos músculos pélvicos e suas inervações, decorrentes de partos e cirurgias ginecológicas, e os prolapsos genitais, mais freqüentes após a menopausa. Para os idosos, a CI pode ser devida a menor ingestão alimentar, perda da mobilidade, fraqueza das musculaturas abdominal e pélvica e medicações. Finalmente, as crianças também podem sofrer de CI por reterem a evacuação, por susceptibilidade genética para desenvolver problemas gastrointestinais, por fatores ambientais, como estresse, dentre outros.
Diversos fatores podem levar à constipação, como doenças metabólicas, endócrinas e neurológicas, condições psicológicas (estresse, depressão e ansiedade), anormalidades estruturais (fístula anal, hemorróidas, doenças inflamatórias intestinais, dentre outras), inadequada ingestão alimentar e estilo de vida. Essas situações clínicas estão associadas, de uma forma ou de outra, à falta de resíduos dentro do cólon, perda de sensibilidade dos órgãos que desencadeiam os mecanismos da defecação, perda das contrações dos músculos envolvidos com a defecação e obstrução mecânica.
Dessa forma, é importante o conhecimento das circunstâncias ligadas ao início do sintoma, a história alimentar, quanto ao volume e tipos de alimentos ingeridos, a ingestão de fibras, e o volume de água consumido por dia. A comparação entre o hábito intestinal atual e o remoto e o uso atual de drogas também são informações indispensáveis.
Portanto, algumas formas de tratar a constipação são orientar o consumo alimentar de frutas, vegetais, cereais integrais, que aumentam a ingestão das fibras, indicar a suplementação de fibras, probióticos e prebióticos, a ingestão adequada de água, os exercícios físicos e a medicação laxativa via oral ou retal, quando necessário.
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Fonte: NUTRITOTAL
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