O maior consumo de doses de vitamina D e o risco de parto prematuro

Tradução e adaptção: dr. Vinícius Graton - nutricionista

Todas as mulheres grávidas devem tomar 4.000 unidades internacionais de vitamina D por dia - 10 a 20 vezes superior foi a dose recomendada pelos líderes especialistas do Canadá para gestantes. Com o objetivo de reduzir o risco de parto prematuro, nascimento prematuro e infecções, segundo o primeiro estudo a investigar a segurança de altas doses de vitamina D durante a gravidez.

O estudo descobriu que mulheres que consumiram 4.000 UI por dia apresentaram metade do risco de parto prematuro do que as mulheres que tomaram apenas 400 UI de vitamina D diariamente.

O nascimento prematuro é a causa principal de mortes de recém-nascido no Canadá.

"Nunca imaginei que altas doses de vitamina D teriam efeitos de longo alcance como o que vimos" afirmou o autor Dr. Carol Wagner, um investigador pediátrico da Universidade Médica da Carolina do Sul. A mensagem que o investigador deixou foi de que todas as mulheres grávidas passem a consumirem a dose completa de 4.000 UI por dia de vitamina D.

A Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Canadá recomenda atualmente que as mulheres grávidas consumam 200 UI/dia - e até 400 UI em seu último trimestre.

A preocupação em se ofertar muita vitamina D no passado foi baseado em estudos errados, afirmou Gagnon, que também é diretor da medicina materno-fetal e obstetrícia da Universidade McGill, e da McGill University Health Centre, em Montreal.


Olhando a vitamina D com outros olhos...


Durante décadas, a vitamina D foi vista como um grande teratogen - um agente que causa defeitos de nascimento - após os relatórios do Reino Unido na década de 1960 surgiram bebês nascidos com defeitos cardíacos, deficiência mental. Foram encontrados nestes bebês níveis altos de cálcio, que os médicos atribuíram ao excesso de vitamina D, uma vez que esta auxilia na absorção do cálcio.

O que eles descobriram anos depois, por meio da tecnologia genética, que crianças que tinham a síndrome de Williams - uma desordem rara causada por genes suprimidos a metabolizarem a vitamina D, levando a níveis mais elevados - concluiram que as condições não eram sintomas de excesso de vitamina D, mas sim uma síndrome genética.

"Por mais de 30 anos, foi um dogma acreditar que a vitamina D na gravidez fosse perigoso, que as mulheres não precisassem de muito e que pequenas exposições à luz solar casualmente ja seriam suficientes para o organismo", disse Wagner. O que sabemos agora, de uma década de pesquisa intensa, é que esse não é bem o caso."

A vitamina D - que no corpo age como um hormônio - é importante não só para a saúde fetal-esqueléticas, mas também para o desenvolvimento dos ossos na infância, vindo de uma década depois.


Pré-Eclâmpsia

Deficiências graves têm sido relacionados a crises. Outros ligaram baixo nível de vitamina D durante a gravidez, ao maior o risco de pré-eclâmpsia - um aumento súbito da pressão arterial e proteína na urina, podendo ameaçar a vida de mães e bebês.


O Estudo

Para seu estudo, Wagner e colegas analizaram 494 gestantes de 12 a 16 semanas de gestação em três grupos de tratamento: um grupo recebeu 400 UI de vitamina D3 por dia até o parto, outro recebeu 2.000 UI, e a terceira, 4.000 UI. (Vitamina D3 é melhor absorvido do que D2).

Quanto maior a dose de vitamina D suplementada para a mãe, maior foi a dose encontrada nos exames posteriormente, não apenas nos exames da mãe mas também nos do bebê após o nascimento, mostrando assim que o suplemento atravessaria a placenta para atingir a criança.

Os níveis sanguíneos de circulação mais elevados de vitamina D foram associados a menores taxas de parto prematuro, nascimento prematuro e infecção - os efeitos mais predominantes foram observadas no grupo que recebeu 4.000 UI por dia.

Todas as mulheres que participantes do estudo estavam vivendo em Charleston - Carolina do Sul, na ensolarada. Globalmente, 85 por cento eram insuficientes, ou "francamente deficiente em vitamina D, quando o estudo começou.

"Isto é ainda mais importante para os canadenses. Estando eles em uma latitude muito maior. O melhor que você pode ter é, provavelmente, seis meses de exposição ao sol, em sua menor latitude, onde você pode realmente sintetizar a vitamina D", disse ele. "Então você é dependente de suas lojas."

Mesmo assim, quando sintetizamos vitamina D fora de casa, nós tendemos de usar protetor solar, que bloqueia a síntese de vitamina D.

Ainda não está claro o modo como a vitamina D podem reduzir o risco de parto prematuro. Mas Gagnon disse que a vitamina parece aumentar a quantidade de sangue fluindo para a placenta, trazendo mais oxigênio e nutrientes para o bebê, e promovendo o crescimento saudável.


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Esta matéria foi traduzida por dr. Vinícius Graton - nutricionista.

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