Emagrecimento
O ser gordo ou magro na sociedade atual é veiculado pela mídia, na maior parte das vezes, sem relação com a saúde. O ideal é o corpo magro, sem que se levem em conta diferenças genéticas. O ser gordo pode também significar falta de controle de impulsos, preguiça ou ser relaxado. Com a transmissão desses conceitos é evidente que o sobrepeso pode ser um fator de sofrimento para aqueles que não alcançaram um corpo perfeito (ADES; KERBAUY, 2002 ).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, saúde é “o completo bem-estar e pleno desenvolvimento das potencialidades físicas, psico-emocionais e sociais e não a mera ausência de doenças ou enfermidade”. Dessa forma, o ser humano está saudável quando apresenta uma relação produtiva e harmônica com o seu meio ambiente, na sua cultura e na época vigente (WHO, 1998).
No Brasil, cinco em cada cem crianças de até 14 anos têm peso excessivo e estão sob o risco de desenvolver hipertensão arterial. Portanto, o problema não se restringe às mulheres ou à população adulta. Nos Estados Unidos, 25% das crianças já apresentam sobrepeso ou são obesas (WHO, 1998).
A maioria das pessoas já fizeram dietas sucessivas e obtiveram a recuperação do peso. O critério de 20% de sobrepeso é considerado como de risco de saúde, aumentado para doenças graves. Manson et al. (1990) sugerem que mesmo um sobrepeso pequeno de 5% aumenta o risco. Lissner et al. (1991), mostram que há relação entre a variabilidade de peso corporal e o risco de mortalidade por doença coronariana. Portanto apesar de haver controvérsia muitos dados salientam a importância da manutenção de peso.
Segundo Ades (2002), para efetuar as mudanças no controle de peso, é necessário:
(a) a decisão de agir
(b) a manipulação da necessidade de comer seguida da manipulação do comportamento alimentar em si ;
(c) a manipulação do período imediatamente anterior ao tratamento quando a não adesão é iminente;
(d) a manipulação do período após o tratamento, a médio e longo prazo, quando as dificuldades aparecem.
Dicas para emagrecer de uma maneira saudável:
1. Faça de 5 a 6 refeições todos os dias, sendo 3 principais ( café da manhã, almoço e jantar) e pequenos lanches. O fracionamento correto da dieta fará com que seu metabolismo aumente pelo menos 20%, com isso você pode perder gordura até mesmo sem restrição calórica;
2. Aumente o consumo de fibras. Prefira os alimentos integrais (arroz, pão, biscoitos, macarrão) no lugar dos tradicionais e consuma de 4 a 5 porções de verduras e legumes todos os dias. As fibras atrapalham a absorção da gordura e dos açúcares, favorecendo o metabolismo, sendo uma aliada ao emagrecimento;
3. Evite o consumo excessivo de carboidratos à noite, ou seja: massas , pães, frutas e doces. Durante a noite estamos mais próximos ao nosso metabolismo de repouso, necessitando assim, de uma menor quantidade de energia. A ingestão excessiva de carboidratos neste período proporciona um aumento das reservas de gordura, fato indesejável para as pessoas que querem perder ou manter o peso. É importante que o jantar sempre seja uma refeição menos farta que o almoço;
4. Mastigue bem os alimentos. Esse processo permite que a chegada do alimento ao estômago seja lenta, o que implica em maior tempo para o órgão enviar uma mensagem de saciedade para o cérebro diminuindo a vontade de comer mais, ou seja, muitas vezes o excesso;
5. Evite o consumo de calorias vazias (doces, balas, açúcar refinado). O corpo utiliza uma parte como fonte de energia e o restante é acumulado na forma de gordura;
6. Aumente o consumo de frutas para 4 porções todos os dias. As frutas além de fornecer vitaminas, minerais e fibras, possuem a frutose, açúcar que pode ajudar a diminuir a vontade de comer doces;
7. Evite o consumo de gordura animal. Retire a pele ou gordura aparente das carnes e diminua o consumo de manteiga e ovos;
8. Prefira as preparações mais saudáveis: carnes, frango ou peixe sempre assados, grelhados ou cozidos. Evite preparações fritas que aumentam muita a quantidade de calorias.
10. Fique atento as informações nos rótulos dos produtos. Na hora de escolher prefira com menor quantidade de calorias e gorduras.
Referências Bibliográficas:
ADES, L.,& KERBAUY, R. R. Obesity: Reality and Questions. Psicologia USP, 13 (1), 197-216
LISSNER, L.,et al.Variability of body weight and health outcomes in the Framingham population. New England Journal of Medicine, 324, 1839–1844, 1991.
MANSON, M. et al. A prospective study of obesity and risk of coronary hearth disease in women. New England Journal of Medicine, 322, 882–889. (1990).
WHO- Word Health Organization. Disponivel em <> . Acesso em 30 de março de 2009.
RGNUTRI
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