Carne vermelha: consuma com moderação
A ingestão de carne vermelha está relacionada à maior prevalência de doenças cardiovasculares e de diversos tipos de cânceres. Consequentemente, também tem ligação com o aumento do risco de morte. As conclusões acima são do estudo Red and Processed Meat Intake Linked to Mortality, publicado recentemente na revista Archives of Internal Medicine. Após acompanhar 332.263 homens e 223.390 mulheres, o registro de mortalidade por todas as causas foi estatisticamente significativo nas pessoas com maior ingestão de carne: 31% maior entre os homens e 36% maior entre as mulheres. Na avaliação de mortalidade por câncer, percebeu-se um aumento de 20% nos indivíduos com elevada ingestão de carne vermelha. No caso das doenças cardiovasculares, o aumento foi de 27% para os homens e 50% para as mulheres.
Há diversas hipóteses para tal associação. O dr. Eric Slywitch, docente dos cursos de especialização do GANEP Nutrição Humana, explica que a própria composição da carne, por seu maior teor de gordura saturada e ferro heme; a formação de compostos durante o seu aquecimento (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, aminas heterocíclicas mutagênicas, mutagênicos N-nitroso); e os conservantes utilizados na preservação (nitritos) podem estar ligados ao aumento do risco de desenvolvimento dessas doenças. Segundo o nutrólogo, fatores como sedentarismo, tabagismo e obesidade, associados ao consumo de carne, aumentam a suscetibilidade. Também colaboram para isso a hipercolesteolemia, a hiperinsulinemia ou diabetes, atividade inflamatória elevada, níveis elevados de homocisteína e de ferro, antecedentes familiares para tais doenças, baixa ingestão de alimentos de origem vegetal (frutas, verduras, legumes, cereais integrais e feijões), entre outros. Os carnívoros inveterados não têm muitas alternativas para se prevenir dos problemas decorrentes. “Cozinhar a carne em água ou comê-la crua seriam as duas formas que não se associam ao crescimento do risco de câncer de intestino. Mas, considerando todos os riscos no geral, o ideal é consumir o mínimo possível (menos de 20 gramas por dia) de carnes processadas ou, se possível, não consumir. O mesmo serve para churrasco, grelhados e outras formas não cozidas ou cruas”, afirma o dr. Slywitch.
Dieta vegetariana
Ainda de acordo com o dr. Slywitch, a falta de carne na rotina alimentar não traz prejuízos nutricionais ao organismo. “Se a pessoa tem uma dieta diversificada, com alimentos vegetais em quantidade e qualidade adequadas, a redução ou retirada da carne não trará impacto negativo. Ao contrário: muitas vezes, essas pessoas relatam melhora na disposição e na digestão. A medida só tem impacto negativo se a alimentação não for equilibrada”, alerta. O aspecto psicológico também pode interferir no processo de retirada da carne. “Pessoas que acreditam que a carne é necessária à saúde ou que gostam de sentir o estômago pesado após a refeição podem se sentir fragilizadas. Mas é emocional, não orgânico”, finaliza.
Bibliografia(s): Medscape. Red and Processed Meat Intake Linked to Mortality - 26 de Março de 2009. Disponível em http://www.medscape.com/viewarticle/590211. Acessado em 04/06/2009. National Cancer Institute. Disponível em http://www.cancer.gov. Acessado em 04/06/2009. Fonte: NUTRITOTAL - http://www.nutritotal.com.br/
Há diversas hipóteses para tal associação. O dr. Eric Slywitch, docente dos cursos de especialização do GANEP Nutrição Humana, explica que a própria composição da carne, por seu maior teor de gordura saturada e ferro heme; a formação de compostos durante o seu aquecimento (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, aminas heterocíclicas mutagênicas, mutagênicos N-nitroso); e os conservantes utilizados na preservação (nitritos) podem estar ligados ao aumento do risco de desenvolvimento dessas doenças. Segundo o nutrólogo, fatores como sedentarismo, tabagismo e obesidade, associados ao consumo de carne, aumentam a suscetibilidade. Também colaboram para isso a hipercolesteolemia, a hiperinsulinemia ou diabetes, atividade inflamatória elevada, níveis elevados de homocisteína e de ferro, antecedentes familiares para tais doenças, baixa ingestão de alimentos de origem vegetal (frutas, verduras, legumes, cereais integrais e feijões), entre outros. Os carnívoros inveterados não têm muitas alternativas para se prevenir dos problemas decorrentes. “Cozinhar a carne em água ou comê-la crua seriam as duas formas que não se associam ao crescimento do risco de câncer de intestino. Mas, considerando todos os riscos no geral, o ideal é consumir o mínimo possível (menos de 20 gramas por dia) de carnes processadas ou, se possível, não consumir. O mesmo serve para churrasco, grelhados e outras formas não cozidas ou cruas”, afirma o dr. Slywitch.
Dieta vegetariana
Ainda de acordo com o dr. Slywitch, a falta de carne na rotina alimentar não traz prejuízos nutricionais ao organismo. “Se a pessoa tem uma dieta diversificada, com alimentos vegetais em quantidade e qualidade adequadas, a redução ou retirada da carne não trará impacto negativo. Ao contrário: muitas vezes, essas pessoas relatam melhora na disposição e na digestão. A medida só tem impacto negativo se a alimentação não for equilibrada”, alerta. O aspecto psicológico também pode interferir no processo de retirada da carne. “Pessoas que acreditam que a carne é necessária à saúde ou que gostam de sentir o estômago pesado após a refeição podem se sentir fragilizadas. Mas é emocional, não orgânico”, finaliza.
Bibliografia(s): Medscape. Red and Processed Meat Intake Linked to Mortality - 26 de Março de 2009. Disponível em http://www.medscape.com/viewarticle/590211. Acessado em 04/06/2009. National Cancer Institute. Disponível em http://www.cancer.gov. Acessado em 04/06/2009. Fonte: NUTRITOTAL - http://www.nutritotal.com.br/
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