Dia da Independência do Brasil, Um País de Muitos Sabores
"Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!".
Frase histórica de D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822, às 16:30h.
Em junho de 1822, Dom Pedro recusa fidelidade à Constituição portuguesa e convoca a Primeira Assembléia Constituinte Brasileira. Em 1º de agosto deste mesmo ano baixa um decreto considerando inimigas tropas portuguesas que desembarquem no país. Cinco dias depois, assina o Manifesto às Nações Amigas, redigido por José Bonifácio. Nele, Dom Pedro justifica o rompimento com as Cortes Constituintes de Lisboa e assegura "a independência do Brasil, mas como reino irmão de Portugal".
Em protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembléia Constituinte Brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem o retorno imediato do príncipe regente. No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebe as exigências das Cortes. Irritado, reage proclamando a Independência do Brasil às margens do Rio Ipiranga. Em 12 de outubro de 1822, é aclamado imperador pelos pares do Reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I.
O país estava livre e poderia seguir, dali pra frente, seu próprio caminho. Desde então, o Brasil cresce em meio a diferentes realidades sociais e econômicas, com a instalação de culturas que até então eram determinadas pela influência européia.
No que diz respeito ao estabelecimento da cultura alimentar no país, muitos hábitos incorporados à culinária brasileira surgiram muito antes da independência: nas senzalas do Brasil colonial, os escravos já aproveitavam as sobras de carnes da casa-grande, e com alimentos indígenas, como verduras e mandioca e temperos africanos, como pimenta e dendê, preparavam pratos até hoje incorporados aos hábitos brasileiros: feijoada, farofa, vatapá, quibebe.
A imigração estrangeira agregou novos alimentos e culturas aos hábitos locais que hoje fazem parte do dia-a-dia do brasileiro. Um exemplo disso é São Paulo, uma cidade onde se consome mais pizzas do que na Itália. Considerada a "capital brasileira da pizza", São Paulo tem pizzas de todos os tipos, gostos e combinações, e é ainda forte na cidade o consumo de comida japonesa, chinesa, árabe, indiana, entre outras, bem como em todas as partes do país.
Utilizar-se do excelente clima para cultivo e da diversidade natural dos alimentos que aqui existem é uma cultura instalada por nossos antepassados indígenas. As embarcações portuguesas comandadas por Pedro Álvares Cabral, ao descobrirem o litoral do Brasil em 1500, precisavam contar à El Rei Dom Manuel o que tinham encontrado. Na carta redigida pelo escrivão Pero Vaz de Caminha nossa cultura alimentar já chamava a atenção: "Eles não lavram nem criam. Nem há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao viver do homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos”.
Nos dias atuais, a globalização e aumento da competitividade na área industrial trouxeram maior variedade de produtos alimentícios para a população. São diversos tipos de biscoitos, leite, queijos, pães, iogurtes, pratos prontos e até saladas e legumes prontos para o consumo. Tal variedade trouxe praticidade à vida da população, que hoje consegue fazer uma refeição completa dispondo de menos tempo para o preparo. Em contra partida, aumentou nas últimas décadas a ingestão de junk foods e alimentos ricos em açúcares, gorduras e sal, sendo esses atualmente muito mais disponíveis. Essa modificação no padrão alimentar, associada ao declínio progressivo nos níveis de atividade física da população, aumentou de forma alarmante a prevalência da obesidade, hipertensão arterial, diabetes, câncer e doenças cardiovasculares no Brasil.
De qualquer forma, podemos sempre lembrar do Brasil como um país de muitos sabores: grande disponibilidade e variedade de alimentos, clima tropical que possibilita o cultivo de diversas frutas, verduras e legumes, em todas as estações do ano, local onde o cultivo de leguminosas, como feijão e soja, e cereais como o arroz é um dos maiores do mundo. Com todas essas possibilidades, podemos desfrutar da diversidade dos pratos típicos e da qualidade que nossa terra proporciona resultando em uma dieta rica, gostosa e equilibrada.
Fonte desta matéria: RGNutri
http://www.rgnutri.com.br/
Frase histórica de D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822, às 16:30h.
Em junho de 1822, Dom Pedro recusa fidelidade à Constituição portuguesa e convoca a Primeira Assembléia Constituinte Brasileira. Em 1º de agosto deste mesmo ano baixa um decreto considerando inimigas tropas portuguesas que desembarquem no país. Cinco dias depois, assina o Manifesto às Nações Amigas, redigido por José Bonifácio. Nele, Dom Pedro justifica o rompimento com as Cortes Constituintes de Lisboa e assegura "a independência do Brasil, mas como reino irmão de Portugal".
Em protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembléia Constituinte Brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem o retorno imediato do príncipe regente. No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebe as exigências das Cortes. Irritado, reage proclamando a Independência do Brasil às margens do Rio Ipiranga. Em 12 de outubro de 1822, é aclamado imperador pelos pares do Reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I.
O país estava livre e poderia seguir, dali pra frente, seu próprio caminho. Desde então, o Brasil cresce em meio a diferentes realidades sociais e econômicas, com a instalação de culturas que até então eram determinadas pela influência européia.
No que diz respeito ao estabelecimento da cultura alimentar no país, muitos hábitos incorporados à culinária brasileira surgiram muito antes da independência: nas senzalas do Brasil colonial, os escravos já aproveitavam as sobras de carnes da casa-grande, e com alimentos indígenas, como verduras e mandioca e temperos africanos, como pimenta e dendê, preparavam pratos até hoje incorporados aos hábitos brasileiros: feijoada, farofa, vatapá, quibebe.
A imigração estrangeira agregou novos alimentos e culturas aos hábitos locais que hoje fazem parte do dia-a-dia do brasileiro. Um exemplo disso é São Paulo, uma cidade onde se consome mais pizzas do que na Itália. Considerada a "capital brasileira da pizza", São Paulo tem pizzas de todos os tipos, gostos e combinações, e é ainda forte na cidade o consumo de comida japonesa, chinesa, árabe, indiana, entre outras, bem como em todas as partes do país.
Utilizar-se do excelente clima para cultivo e da diversidade natural dos alimentos que aqui existem é uma cultura instalada por nossos antepassados indígenas. As embarcações portuguesas comandadas por Pedro Álvares Cabral, ao descobrirem o litoral do Brasil em 1500, precisavam contar à El Rei Dom Manuel o que tinham encontrado. Na carta redigida pelo escrivão Pero Vaz de Caminha nossa cultura alimentar já chamava a atenção: "Eles não lavram nem criam. Nem há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao viver do homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos”.
Nos dias atuais, a globalização e aumento da competitividade na área industrial trouxeram maior variedade de produtos alimentícios para a população. São diversos tipos de biscoitos, leite, queijos, pães, iogurtes, pratos prontos e até saladas e legumes prontos para o consumo. Tal variedade trouxe praticidade à vida da população, que hoje consegue fazer uma refeição completa dispondo de menos tempo para o preparo. Em contra partida, aumentou nas últimas décadas a ingestão de junk foods e alimentos ricos em açúcares, gorduras e sal, sendo esses atualmente muito mais disponíveis. Essa modificação no padrão alimentar, associada ao declínio progressivo nos níveis de atividade física da população, aumentou de forma alarmante a prevalência da obesidade, hipertensão arterial, diabetes, câncer e doenças cardiovasculares no Brasil.
De qualquer forma, podemos sempre lembrar do Brasil como um país de muitos sabores: grande disponibilidade e variedade de alimentos, clima tropical que possibilita o cultivo de diversas frutas, verduras e legumes, em todas as estações do ano, local onde o cultivo de leguminosas, como feijão e soja, e cereais como o arroz é um dos maiores do mundo. Com todas essas possibilidades, podemos desfrutar da diversidade dos pratos típicos e da qualidade que nossa terra proporciona resultando em uma dieta rica, gostosa e equilibrada.
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Região | Prato |
Brasília | Arroz com Piqui |
Goiás | Galinhada |
Mato Grosso | Mojica de Pintado |
Mato Grosso do Sul | Caribéu |
Paraná | O Barreado |
Santa Catarina | Polenta à Brasileira |
Espírito Santo | Moqueca capixaba |
Minas Gerais | Vaca atolada |
São Paulo | Feijoada |
Amazonas | Caldeirada de Tucunaré |
Pará | Pato no tucupi |
Bahia | Acarajé |
Paraíba | Buchada |
Piauí | Bolo de puba |
Rio Grande do Norte | Boião-de-dois |
Fonte: Fisberg, Wehba & Cozzolino, 2002. Um , dois, feijão com arroz.
Fonte desta matéria: RGNutri
http://www.rgnutri.com.br/
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