Nutricionistas alertam para os cuidados no consumo de aminoácidos
Ainda alvo de estudos em todo o mundo, os efeitos e a necessidade de suplementação de aminoácidos são temas de grandes discussões entre especialistas. As propriedades desses nutrientes variam: alguns agem em vias metabólicas específicas e promovem, por exemplo, o aumento na transcrição de determinados genes; uns atuam no sistema imunológico de forma mais relevante; outros previnem a desidratação, e assim por diante.
“As fontes de aminoácido são os alimentos protéicos, de origem animal ou vegetal. Se o indivíduo tem uma necessidade calórica protéica maior, sua primeira alternativa é obtê-los por meio da alimentação. Caso não consiga atingir a necessidade nutricional, utilizará suplementos. Ao indicar a suplementação, precisamos ficar atentos ao nível máximo de ingestão tolerável a fim de evitar efeitos adversos à saúde. Alguns nutrientes não possuem ainda tal recomendação”, afirma a dra. Sueli Longo, professora associada da UMESP (Universidade Metodista de São Paulo).
Segundo ela, é fundamental que o nutricionista entenda a duração, a intensidade e a frequência dos exercícios físicos praticados para determinar a necessidade de energia e nutrientes na alimentação, verificando a real necessidade de suplementação.
“A suplementação só se justifica se houver um treinamento com uma demanda elevada de energia e proteína. Já para aquele indivíduo com desgaste físico moderado, a alimentação pode ser suficiente, sem necessidade de suplementação”, alerta a dra. Sueli. As necessidades variam de acordo com o tipo de treinamento e com as características de cada atleta, por isso a indicação deve ser individualizada.
Apesar de não haver comprovação dos efeitos da suplementação com aminoácidos, a dra. Marília Cerqueira Leite Seelaender, professora associada da USP (Universidade de São Paulo), ressalta que carnosina, beta-alanina e a creatina têm comprovado efeito no desempenho esportivo em atletas de alto nível. As pessoas fisicamente ativas, que estão envolvidas em competições apenas de forma recreativa, pouco se beneficiam do consumo destes suplementos.
“No entanto, se o atleta tiver uma dieta muito rica em proteína e ela for interrompida bruscamente, haverá proteólise e diminuição de massa magra. Outro perigo possível da suplementação crônica de aminoácidos em altas doses é o aumento do risco de resistência periférica à ação do hormônio insulina”, alerta.
Além de procurar um profissional confiável e não utilizar os suplementos por conta própria, é fundamental avaliar as características do produto. “Alguns contêm cerca de 150 vezes mais nutrientes que o informado no rótulo e fatores contaminantes diversos. Os suplementos podem ser prejudiciais se consumidos de forma inadequada, tanto em quantidade como em qualidade”, alerta a dra. Marília.
Data: 10/09/2009
Autor(a): Chico Damaso
Fotógrafo: Camila G. Marques
Fonte: NUTRITOTAL
www.nutritotal.com.br
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“As fontes de aminoácido são os alimentos protéicos, de origem animal ou vegetal. Se o indivíduo tem uma necessidade calórica protéica maior, sua primeira alternativa é obtê-los por meio da alimentação. Caso não consiga atingir a necessidade nutricional, utilizará suplementos. Ao indicar a suplementação, precisamos ficar atentos ao nível máximo de ingestão tolerável a fim de evitar efeitos adversos à saúde. Alguns nutrientes não possuem ainda tal recomendação”, afirma a dra. Sueli Longo, professora associada da UMESP (Universidade Metodista de São Paulo).
Segundo ela, é fundamental que o nutricionista entenda a duração, a intensidade e a frequência dos exercícios físicos praticados para determinar a necessidade de energia e nutrientes na alimentação, verificando a real necessidade de suplementação.
“A suplementação só se justifica se houver um treinamento com uma demanda elevada de energia e proteína. Já para aquele indivíduo com desgaste físico moderado, a alimentação pode ser suficiente, sem necessidade de suplementação”, alerta a dra. Sueli. As necessidades variam de acordo com o tipo de treinamento e com as características de cada atleta, por isso a indicação deve ser individualizada.
Apesar de não haver comprovação dos efeitos da suplementação com aminoácidos, a dra. Marília Cerqueira Leite Seelaender, professora associada da USP (Universidade de São Paulo), ressalta que carnosina, beta-alanina e a creatina têm comprovado efeito no desempenho esportivo em atletas de alto nível. As pessoas fisicamente ativas, que estão envolvidas em competições apenas de forma recreativa, pouco se beneficiam do consumo destes suplementos.
“No entanto, se o atleta tiver uma dieta muito rica em proteína e ela for interrompida bruscamente, haverá proteólise e diminuição de massa magra. Outro perigo possível da suplementação crônica de aminoácidos em altas doses é o aumento do risco de resistência periférica à ação do hormônio insulina”, alerta.
Além de procurar um profissional confiável e não utilizar os suplementos por conta própria, é fundamental avaliar as características do produto. “Alguns contêm cerca de 150 vezes mais nutrientes que o informado no rótulo e fatores contaminantes diversos. Os suplementos podem ser prejudiciais se consumidos de forma inadequada, tanto em quantidade como em qualidade”, alerta a dra. Marília.
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