Anvisa anuncia nova tabela de fenilalanina para 2009
Data: 06/11/2008
Autor(a): Chico Damaso
Fotógrafo: Camila G. Marques
A nova Tabela de Fenilalanina indicará a quantidade dessa substância presente em diversos alimentos. O objetivo é orientar a dieta dos portadores de fenilcetonúria, uma doença que compromete o metabolismo de proteínas e requer alimentação controlada.
Dentro de um ano esta tabela estará disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e também em versões impressas que serão distribuídas em centros que fazem o acompanhamento destes pacientes.
De acordo com os coordenadores deste trabalho, como a tolerância à fenilalanina é muito variável entre os pacientes, e em alguns deles é muito pequena, para evitar os riscos aos pacientes mais graves, a tabela será desenvolvida sempre com um fator de segurança. Ao invés de usar a média das análises realizadas, serão usados, sempre, os maiores valores encontrados.
Além de se basear pela nova tabela, médicos alertam que é imprescindível receber orientação profissional sobre o consumo dos alimentos para controlar corretamente sua dieta diferenciada.
A tabela é uma alternativa proposta pela Anvisa frente à ação civil pública do Ministério Público Federal que exigia a indicação da quantidade de fenilalanina nos rótulos de alimentos. Segundo a Anvisa, a medida é inviável pelo número de fenilcetonúricos no país ser relativamente baixo. Hoje é estimado um portador a cada 10 mil recém-nascidos.
Fenilcetonúria
A fenilalanina é um composto natural encontrado em proteínas, sejam elas vegetais ou animais, como no aspartame, peixes, frango, arroz e feijão. A substância é essencial para o funcionamento correto do organismo, mas é muito perigosa para quem sofre com a fenilcetonúria.
Nestes casos, por uma anomalia congênita caracterizada pela falta de uma enzima, o organismo é incapaz de metabolizar o aminoácido fenilalanina. A substância, presente em todas as proteínas vegetais ou animais, vai se acumulando e torna-se tóxica quando em excesso, atacando principalmente o cérebro.
Por este motivo, qualquer alimento que tenha mais do que 5% de proteína é contra-indicado para fenilcetonúricos.
O diagnóstico da fenilcetonúria pode ser feito no recém-nascido por meio de triagem neonatal, mais conhecido como "teste do pezinho", ainda na maternidade. O diagnóstico precoce permite que os cuidados necessários sejam tomados desde o princípio, evitando uma série de efeitos indesejados.
Sem ter a confirmação da doença, e os cuidados com a alimentação, já no primeiro ano de vida os pais começam a perceber atraso no desenvolvimento psicomotor, hiperatividade, convulsões, tremores e microcefalia. Sem o diagnóstico e orientações médicas seguidas corretamente, a fenilcetonúria leva a convulsões, problemas de pele e cabelo, deficiência mental e até mesmo invalidez permanente.
Referência(s)
Conselho Regional de Medicina, Canal Cidadão. Disponível em
http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=CanalCidadaofull&id=472. Acessado em 30/10/2008.
Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Fenilcetonúria. Disponível em http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/PORT2002/PT-847.htm
Acessado em 30/10/2008.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informes Técnicos: Procedimentos para enquadramento dos alimentos para dietas com restrição de fenilalanina e alimentos com baixo teor de fenilalanina. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/ALIMENTOS/informes/14_080405.htm. Acessado em 30/10/2008.
Fonte: NUTRITOTAL
www.nutritotal.com.br
Autor(a): Chico Damaso
Fotógrafo: Camila G. Marques
A nova Tabela de Fenilalanina indicará a quantidade dessa substância presente em diversos alimentos. O objetivo é orientar a dieta dos portadores de fenilcetonúria, uma doença que compromete o metabolismo de proteínas e requer alimentação controlada.
Dentro de um ano esta tabela estará disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e também em versões impressas que serão distribuídas em centros que fazem o acompanhamento destes pacientes.
De acordo com os coordenadores deste trabalho, como a tolerância à fenilalanina é muito variável entre os pacientes, e em alguns deles é muito pequena, para evitar os riscos aos pacientes mais graves, a tabela será desenvolvida sempre com um fator de segurança. Ao invés de usar a média das análises realizadas, serão usados, sempre, os maiores valores encontrados.
Além de se basear pela nova tabela, médicos alertam que é imprescindível receber orientação profissional sobre o consumo dos alimentos para controlar corretamente sua dieta diferenciada.
A tabela é uma alternativa proposta pela Anvisa frente à ação civil pública do Ministério Público Federal que exigia a indicação da quantidade de fenilalanina nos rótulos de alimentos. Segundo a Anvisa, a medida é inviável pelo número de fenilcetonúricos no país ser relativamente baixo. Hoje é estimado um portador a cada 10 mil recém-nascidos.
Fenilcetonúria
A fenilalanina é um composto natural encontrado em proteínas, sejam elas vegetais ou animais, como no aspartame, peixes, frango, arroz e feijão. A substância é essencial para o funcionamento correto do organismo, mas é muito perigosa para quem sofre com a fenilcetonúria.
Nestes casos, por uma anomalia congênita caracterizada pela falta de uma enzima, o organismo é incapaz de metabolizar o aminoácido fenilalanina. A substância, presente em todas as proteínas vegetais ou animais, vai se acumulando e torna-se tóxica quando em excesso, atacando principalmente o cérebro.
Por este motivo, qualquer alimento que tenha mais do que 5% de proteína é contra-indicado para fenilcetonúricos.
O diagnóstico da fenilcetonúria pode ser feito no recém-nascido por meio de triagem neonatal, mais conhecido como "teste do pezinho", ainda na maternidade. O diagnóstico precoce permite que os cuidados necessários sejam tomados desde o princípio, evitando uma série de efeitos indesejados.
Sem ter a confirmação da doença, e os cuidados com a alimentação, já no primeiro ano de vida os pais começam a perceber atraso no desenvolvimento psicomotor, hiperatividade, convulsões, tremores e microcefalia. Sem o diagnóstico e orientações médicas seguidas corretamente, a fenilcetonúria leva a convulsões, problemas de pele e cabelo, deficiência mental e até mesmo invalidez permanente.
Referência(s)
Conselho Regional de Medicina, Canal Cidadão. Disponível em
http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=CanalCidadaofull&id=472. Acessado em 30/10/2008.
Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Fenilcetonúria. Disponível em http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/PORT2002/PT-847.htm
Acessado em 30/10/2008.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informes Técnicos: Procedimentos para enquadramento dos alimentos para dietas com restrição de fenilalanina e alimentos com baixo teor de fenilalanina. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/ALIMENTOS/informes/14_080405.htm. Acessado em 30/10/2008.
Fonte: NUTRITOTAL
www.nutritotal.com.br
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