Hipertensão Portal - Qual a definição?

A hipertensão portal é uma condição fisiopatológica resultante da dificuldade do sangue transitar pelo fígado, quando este se apresenta com cirrose. A veia porta recebe as veias mesentéricas, a veia esplênica (figura). No interior do fígado ocorre a resistência aumentada ao fluxo portal o nível dos sinusóides, e compressão das veias hepáticas terminais pela fibrose perivascular e nódulos parenquimatosos expansivos.

As quatro principais conseqüências clínicas da hipertensão portal são: esplenomegalia congestiva, formação de shunts venosos portossistêmicos, ascite, e encefalopatia hepática.

Em medicina, hipertensão portal é definida pela presença de pressão sanguínea na veia porta e suas tributarias acima dos níveis normais (5-10 mmHg).

Muitas condições podem resultar em hipertensão portal sendo a cirrose a principal causa desta patologia na América do Norte e Europa. Porém em países em desenvolvimento a maior causa ainda é a esquistossomose


Sinais e sintomas
O aumento da resistência na veia porta causa uma parada do sangue obrigando-o a retornar por vias colaterais,as conhecidas anastomose porto-cava,que são num total de 4. Essas regiões não foram feitas para suportar a quantidade de sangue aumentado devido a esse retorno e ficam engurgitadas (veias varicosas).A anastomose ano-retal eh chamada de hemorróidas.No umbigo forma-se a "cabeça-de-medusa".E na anastomose esôfago-gástrica forma-se a principal área de hemorragia esofágica, principal consequência da hipertensão portal.


Consequências da HP:

  • Ascite
  • Encefalopatia hepática
  • Aumento do risco de peritonite bacteriana espontânea
  • Aumento do risco de síndrome hépato-renal
  • Esplenomegalia
  • Anastomose portalcaval





O acúmulo de líquido na cavidade peritoneal dos portadores de cirrose hepática decorre da ávida retenção renal de sódio, em consequência de hipertensão portal. Enquanto, para alguns, essa retenção de sódio decorreria da diminuição do volume plasmático efetivo em decorrência da transudação de líquidos para a cavidade abdominal (teoria underfilling) ou pela vasodilatação arterial periférica (teoria da vasodilatação), outros sugerem que a retenção salina preceda a formação da ascite (teoria do overflow).
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