Quais os carotenóides precursores de vitamina A?
Carotenóides são pigmentos naturais amplamente encontrados na natureza, responsáveis pela coloração que vai do amarelo ao vermelho. Estão presentes em algumas espécies vegetais (flores, frutas, verduras, raízes), na corrente sanguínea e em tecidos de humanos, vacas, aves, peixes e de alguns crustáceos. Entre suas funções estão a absorção de luz (auxiliando na fotossíntese), atividade antioxidante, diminuição do risco de doenças degenerativas e câncer, entre outras. Entretanto, o que mais chama a atenção dos cientistas é a capacidade que alguns carotenóides apresentam de converter-se em vitamina A no organismo.
Existem aproximadamente 600 tipos de carotenóides, porém menos de 10% deles são precursores da vitamina A. Os principais carotenóides com atividade de provitamina A nos mamíferos são o alfa-caroteno, beta-criptoxantina e beta-caroteno, embora o gama-caroteno e outros 50 carotenóides também apresentem alguma atividade nutricional.
O beta-caroteno é o carotenóide mais ativo e de maior bioconversibilidade no organismo humano, abrangendo 15 a 30% de todos os carotenóides séricos. Em indivíduos bem nutridos, os carotenóides também estão presentes no tecido adiposo (80 a 85%), no fígado (8 a 12%), nos músculos (2 a 3%) e em menores proporções nos outros tecidos. A concentração sérica de carotenóides séricos é de aproximadamente 1%, sendo altamente dependente da ingestão diária destes pigmentos.
A vitamina A (ou retinol) é formada pela clivagem do beta-caroteno e dos demais carotenóides citados acima. A cascata de reações começa no intestino delgado, com a enzima beta-caroteno-15,15′-dioxigenase, que transforma o beta-caroteno em retinal. Esta enzima atua principalmente no epitélio intestinal e no fígado. Sua atividade é muito importante, pois determina quais carotenóides serão transformados em vitamina A e quais permanecerão intactos no sangue.
O retinal sofre ação das enzimas retinal-redutase e lecitina-retinol-aciltransferase e é então convertido a ésteres de retinil que, ao atingirem o lúmen do intestino delgado, são hidrolisados pela enzima retinil-éster-hidrolase, resultando no retinol. A partir deste momento, o retinol penetra no interior da célula, sofre reesterificação com ácidos graxos de cadeia longa e é incorporado aos quilomícrons, por onde são transportados até os órgãos-alvo.
Estas enzimas estão localizadas nas células intestinais, portanto são diretamente expostas a vários nutrientes que podem afetar a biodisponibilidade dos carotenóides (cuja absorção é otimizada na presença de alimentos fonte de gordura).
Outros fatores que interferem na biodisponibilidade dos carotenóides e em sua conversão a retinol são: espécie e quantidade de carotenóides consumidos, ligações e interações moleculares, estado nutricional do indivíduo (pessoas desnutridas tem dificuldade para converter os carotenóides em retinol) e genética.
Como não é sintetizada pelo nosso organismo, a vitamina A deve ser fornecida pela dieta. Os alimentos de origem vegetal de cor amarelo-alaranjada, como a nectarina, o pêssego, o maracujá, o pimentão amarelo, a cenoura, a abóbora e o milho, e vegetais verdes folhosos (menor contribuição) contribuem menos para o aumento dos níveis de vitamina A em relação aos alimentos de origem animal, que já contem a vitamina em forma de ésteres (palmitato).
Bibliografia (s)
Bianchini R, Penteado MVC. Caroteóides de pimentões amarelos (Capscicim annuum, L.). Caracterização e verificação de mudanças com cozimento. Ciênc Tecnol Aliment. 1998;18(3):283-8. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010120611998000300006&script=sci_arttext&tlng=pt. Acessado em: 27/04/2009.
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Fonte: Nutritotal
Existem aproximadamente 600 tipos de carotenóides, porém menos de 10% deles são precursores da vitamina A. Os principais carotenóides com atividade de provitamina A nos mamíferos são o alfa-caroteno, beta-criptoxantina e beta-caroteno, embora o gama-caroteno e outros 50 carotenóides também apresentem alguma atividade nutricional.
O beta-caroteno é o carotenóide mais ativo e de maior bioconversibilidade no organismo humano, abrangendo 15 a 30% de todos os carotenóides séricos. Em indivíduos bem nutridos, os carotenóides também estão presentes no tecido adiposo (80 a 85%), no fígado (8 a 12%), nos músculos (2 a 3%) e em menores proporções nos outros tecidos. A concentração sérica de carotenóides séricos é de aproximadamente 1%, sendo altamente dependente da ingestão diária destes pigmentos.
A vitamina A (ou retinol) é formada pela clivagem do beta-caroteno e dos demais carotenóides citados acima. A cascata de reações começa no intestino delgado, com a enzima beta-caroteno-15,15′-dioxigenase, que transforma o beta-caroteno em retinal. Esta enzima atua principalmente no epitélio intestinal e no fígado. Sua atividade é muito importante, pois determina quais carotenóides serão transformados em vitamina A e quais permanecerão intactos no sangue.
O retinal sofre ação das enzimas retinal-redutase e lecitina-retinol-aciltransferase e é então convertido a ésteres de retinil que, ao atingirem o lúmen do intestino delgado, são hidrolisados pela enzima retinil-éster-hidrolase, resultando no retinol. A partir deste momento, o retinol penetra no interior da célula, sofre reesterificação com ácidos graxos de cadeia longa e é incorporado aos quilomícrons, por onde são transportados até os órgãos-alvo.
Estas enzimas estão localizadas nas células intestinais, portanto são diretamente expostas a vários nutrientes que podem afetar a biodisponibilidade dos carotenóides (cuja absorção é otimizada na presença de alimentos fonte de gordura).
Outros fatores que interferem na biodisponibilidade dos carotenóides e em sua conversão a retinol são: espécie e quantidade de carotenóides consumidos, ligações e interações moleculares, estado nutricional do indivíduo (pessoas desnutridas tem dificuldade para converter os carotenóides em retinol) e genética.
Como não é sintetizada pelo nosso organismo, a vitamina A deve ser fornecida pela dieta. Os alimentos de origem vegetal de cor amarelo-alaranjada, como a nectarina, o pêssego, o maracujá, o pimentão amarelo, a cenoura, a abóbora e o milho, e vegetais verdes folhosos (menor contribuição) contribuem menos para o aumento dos níveis de vitamina A em relação aos alimentos de origem animal, que já contem a vitamina em forma de ésteres (palmitato).
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Fonte: Nutritotal
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