Glicosúria Renal

A glicosúria é um distúrbio no qual a glicose é excretada na urina, apesar da concentração normal ou baixa da mesma no sangue.

Por: Fernando Bio Info
Glicosúria

A urina contém quantidades muito pequenas de glicose, já que o túbulo contornado proximal reabsorve praticamente toda a glicose, mas se o paciente tem hiperglicemia que ultrapassa o limiar renal de reabsorção (160 a 180 mg/dl), haverá glicosúria.
Os rins atuam como um filtro do sangue.

Quando o sangue é filtrado através dos rins, a glicose é removida juntamente com muitas outras substâncias e retornam à corrente sangüínea; as substâncias desnecessárias são excretadas na urina. Na maioria dos indivíduos saudáveis, a glicose é totalmente reabsorvida e reenviada ao sangue.

Normalmente, o organismo excreta glicose na urina apenas quando existe um excesso da mesma no sangue, mas na glicosúria renal, a glicose pode ser excretada na urina, apesar da concentração normal de glicose no sangue. Isto ocorre devido a uma disfunção dos túbulos renais onde o paciente perde ou diminui a capacidade de reabsorção renal (limiar renal <100mg/dl).

Na gravidez pode ocorrer um diabetes latente, onde a paciente apresenta glicemia normal, mas devido ao estresse da própria gravidez e à compressão da artéria renal, o sangue acaba passando mais rápido pelo glomérulo, aumentando a pressão nele, e ocorre o escape de glicose na urina.

Outras causas de glicosúria sem hiperglicemia ocorrem devido a lesões no Sistema Nervoso Central e no hipertiroidismo.Nos diabéticos, a hiperglicemia resultante excede o limiar renal de reabsorção de glicose, resultando em glicosúria. A glicosúria causa uma diurese osmótica e, conseqüentemente, a poliúria, levando a uma perda profunda de água e eletrólitos. A perda de água pelos rins aliada a hiperosmolaridade causada pelos altos níveis de glicose no sangue, leva à redução da água intravascular, estimulando os receptores osmóticos do centro da sede no cérebro. Dessa forma, aparece a sede intensa (polidipsia).

Técnica:
Tiras reativas (“fitas de urina”)
- Mergulhar a tira na urina após centrifugação sem encostar no sedimento;
- Remover o excesso
- Aguardar o tempo necessário para leitura (1 a 2 minutos)
- Comparar as cores com o padrão fornecido

Glicose Oxidase: Falsos positivos - recipientes contaminados com peróxidos ou detergentes oxidantes.

Falsos Negativos - ácido ascórbico, ácido acetil salicílico, levodopa, ácido homogentísico;
Antigamente na urina de 24h monitorava-se se havia glicosúria; é melhor que na tipo I porque pode não ter glicose naquela determinada urina.

Glicosúria fracionada: melhor para monitorar o horário de perda de glicose e assim administrar insulina nos horários de pico de glicemia. É coletada 6/6h; Resultado: Glicosúria 1(6 às 12h),2(12 às 18h),3(18 às 24h) e 4(24 às 6h) em mg/6h;

Caso receber 3 frascos de urina 24h ver o volume de cada frasco separadamente, homogeneizar e aliquotar em outro frasco; proceder da mesma maneira com os outros dois frascos. Após, centrifugar, e só depois dosar a glicose (dar quantificação).

- Na urina de 24h consegue-se monitorar se há perda de glicose na urina; melhor que tipo I porque pode não haver perda naquela urina; útil para controle de diabéticos para verificar a eficácia da insulina.

- Glicosúria fracionada: melhor para monitorar o horário de perda de glicose; período de 6/6h; resultado: em mg/ 6h; descobre-se o pico de hiperglicemia e o melhor horário para administração de insulina.

- Se receber 3 frascos da urina 24h ver o volume separadamente de cada um, homogeneizar e aliquotar em outro frasco; preceder da mesma maneira com os outros dois frascos; após centrifugar e só depois dosar glicose (igual dosagem no sangue).


Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/

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